1) Ao ver um esporte na televisão, não se preocupe em torcer, pois os erros de arbitragem são frustrantes, angustiantes e estressantes. Seu dia não será bom se você abraçar a realidade do jogo, ao confundir isso como se fosse a própria realidade. Pois esse reducionismo nos leva ao absurdo, que nos afasta de Deus.
2) Veja o esporte como uma atividade contemplativa - olhe com olhares de cronista. Case mão, mente e olhos - essa trindade será necessária de modo a inculcar uma imaginação de tal maneira a que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo.
3) Se o país do futebol nasceu de uma cultura de nacionidade, então ela ficou muito bem eternizada por todos os que viram no futebol uma atividade contemplativa.
4) O esporte como atividade contemplativa te leva a ver a beleza da vida e é dali que você vai encontrar elementos, de modo a estar em conformidade com o todo de Deus.
5) Se você vê o esporte do ponto de vista de um torcedor, de um fanático que toma o seu time como se fosse religião, então você não verá o invisível, a beleza da vida - na verdade, você direcionará suas energias para o nada e nada de bom será edificado. Enfim o time de futebol é e será apenas um microcosmos, um termômetro pelo qual se mede a cultura de se tomar o país como se fosse religião, a tal ponto em que futebol e a nefasta política republicana se misturam, quase que promiscuamente, gerando efeitos maléficos.
6) Quando se vê o esporte como uma atividade contemplativa, você curte o esporte tal como beber uma cerveja. Se a cerveja te leva à alegria, é porque você bebeu sem precisar disso, sem a necessidade de descontar suas frustrações na bebida.
7) Quando se vê o esporte como uma descarga para as frustrações do cotidiano, aí ele é tão nefasto como o alcoolismo. O hooligan é um alcóolatra esportivo - pois ele é viciado no time. O time para ele é uma droga. Ele perdeu tudo exceto a razão - e a única razão para ele estar vivo é o time. É um louco, no sentido chestertoniano do termo.
8) E a melhor maneira de se combater esse tipo de droga é combatendo a cultura de modernidade, aquela que dá causa a que qualquer objeto seja adorado ou tomado como se fosse um Deus, nos afastando da conformidade com o todo que decorre do Deus verdadeiro. É preciso que se combata à idolatria, pois Deus deve ser o centro de tudo. E nem mesmo o clube deve ser tomado como se fosse um deus, pois outro deus não há.