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segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Diferença entre patriotismo e nacionismo


01) Há quem me pergunte a diferença entre a patriotismo e nacionismo. Eles são sinônimos?

02) O patriotismo é um jeito de ser já formado, consolidado. É uma coisa tão edificada que tomamos o fato como coisa - enfim, ela se torna norte sociológico.

03) Mas quais são as causas do patriotismo tal qual ele o é? Aí que entra o estudo da nacionidade, ou seja, a ciência de se tomar o país como um lar e não como religião. Aí teremos que ver as circunstâncias da nossa fundação enquanto pátria e a experiência dos primeiros colonizadores, ao colonizar esta terra, e como isso foi se passando para as gerações seguintes, por meio do ensino e da tradição. 

04) Quando Portugal se formou, já se conheciam verdades de antemão quando este país foi fundado. E essas verdades, que se fundam em Cristo, precisam ser conservadas e distribuídas pelo mundo afora. E foi assim, em Cristo Jesus, que nasceu a vocação de Portugal de desbravar os mares.

05) Quando nosso país foi fundado, nós nos tornamos herdeiros desta tradição. Nós somos produtos da relação triangular envolvendo Europa, África e América. Aquilo que se estabeleceu em 1139 e os fatos culturais decorrentes da relação de comércio triangular é que dão causa para o Brasil ser Brasil.

06) Somando tudo isso, além da aparição de Nossa Senhora em Aparecida, nós temos toda uma gama de informações que dão causa para que possamos seguir nosso caminho, seja como um país independente, ou como parte de um Reino Unido a Portugal.

07) A grande tragédia desta nação foi jogar fora tudo o que se conhecia de antemão e abraçar a cultura liberal do século XIX, que deu causa a tragédia republicana do século XX e à dominação nazi-petista do século XXI

08) Quando se visa a estudar o modo como devemos tomar o país como um lar, a teoria deve radicar-se no Brasil. E não adianta povo nenhum imitar a gente: cada povo deve buscar estudar as razões e circunstâncias pelas quais o país deve ser tomado como um lar e corrigir aquilo que é errado e que leva ao esfarelamento da pátria, em face da ação comunista ou liberal.

09) Todo patriotismo deriva de causas e circunstâncias pelas quais o país é tomado como um lar e não como religião. Sem o estudo da nacionidade, não há verdadeiro patriotismo.

Saber narrar implica formar imagens

1) Saber narrar, descrever ou argumentar implica formar imagens

2) Essas imagens, para serem virtuosas, elas precisam servir de ícones, de exemplos para que possamos imitá-los melhor, de modo a estarmos em conformidade com o todo.

3) Essas imagens do bom exemplo permitem a construção da nossa memória, da nossa razão de ser enquanto povo. A boa literatura dá causa para que o país seja tomado como se fosse um lar.

4) Para se fazer boa literatura, além de saber dominar a linguagem, é preciso correr atrás de exemplos que dêem causa à edificação sistemática de virtudes humanas. Basta que se registre com precisão o comportamento de um que ele se distribui para todos os outros.

5) Não é à toa que todo o debate político é reflexo das imagens que são registradas e fomentadas por nossos escritores.

6) A literatura pobre é indício de que as fontes usadas para a construção de imagens é pobre. Muito disso se deve à forma errada de se interpretar o destino da pátria.

7) Onde o dinheiro fala mais alto que a vocação de servir Cristo, certamente os tipos mais detestáveis de ser humano servirão de modelo para se edificar o que há de pior entre nós, pois a imagem de um se distribui para vários ao passar do tempo, quando esse tipo é registrado por escrito. Eles se tornam então modelos satânicos, coisa que devemos evitar ser.

8) A causa dessa má consciência está numa interpretação economicista da história da Pátria ou num amor exagerado à sabedoria humana, a ponto de se afastar dos valores divinos. Ou no processo de se tomar a nação como se fosse religião, em vez de tomá-la como se fosse um lar, que é a causa de estarmos em conformidade com o todo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de agosto de 2014 (data da postagem original).

domingo, 17 de agosto de 2014

Do uso e do abuso do tempo

1) Santo Tomás de Aquino diferenciou empréstimo de investimento.

2) Quando você empresta um dinheiro a alguém sem participar do risco do negócio do outro, ele só vai devolver a quantia paga. E se houve deságio por conta da inflação, ele só vai te devolver o dinheiro corrigido.

3) Quando você empresta dinheiro a um irmão, de modo a que ele organize uma atividade de modo a servir a outros irmãos, você está investindo na missão do outro. Se a missão frutificar, ela se dará no tempo de Deus, e remunerará os esforços coordenados. Quando o dinheiro for devolvido, ele será acrescido de juros, pois deu causa a algo bom, fundado em Cristo, Nosso Senhor.

4) Se formos ver o ponto 2, o banqueiro não vê o tomador do empréstimo como um irmão. Se o tempo for usado só para chamar mais dinheiro, então ele não teve uma finalidade produtiva, justa, conforme o todo, pois o interesse foi apenas ganhar mais dinheiro.

5) O investimento no irmão dá a liberdade de ele servir sistematicamente a outros irmãos. Ele servirá observando as circunstâncias de cada um, dando a cada um o que é seu.

Escolha a ordem fundada em Cristo a ordem fundada pelos magnatas da indústria

1) Há quem diga que, para ser um bom católico, você precisa ler pelo menos 20 hagiografias.

2) No entanto, alguns deles não querem ter o trabalho de ler a biografia dos magnatas americanos e ingleses. E mesmo assim, defendem a ordem de coisas que esses magnatas construíram.

3) Se formos olhar a biografia de pelo menos um desses magnatas, Rockfeller, os métodos dele foram sujos, fora da conformidade com o todo edificante de Deus. Se juntar a de todos os outros, fica transparente que defender tal ordem fundada na falta de ética nos negócios ofende a nosso senhor Jesus Cristo.

4) Enfim, não dá para se defender duas ordens: a ordem fundada por Cristo, cujo retrato perfeito são os santos, e a ordem do dinheiro, cujo retrato são os magnatas, os barões da indústria.

5) O próprio Cristo disse que não devemos servir a dois senhores: a Deus e ao dinheiro. Um deles será amado em detrimento do outro. Por isso, é preferível amar a Deus ao dinheiro, de modo a se estar em plena conformidade com o todo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de agosto de 2014 (data da postagem original).

Dar a cada um o que é seu implica dar conforme as circunstâncias do pedido


1) Quando você serve bem a um, você servirá a todos os que necessitarem de você, não importa o tempo e o lugar.

2) Isso implica dar a cada um o que é seu sistematicamente.

3) Ao se dar a cada um que é seu, é bom e necessário observar as circunstâncias pessoais de cada demanda. Pois cada ser humano é único na sua razão de ser.

4) O uso de padrões visa a não se respeitar essas circunstâncias pessoais. E isso é uma injustiça à conformidade com o todo de Deus.

5) Todo padrão técnico se funda em sabedoria humana dissociada da divina. E esses padrões passam a ser regulados por lei, substituindo a vontade das partes.

6) Se o capitalismo visa à massificação, então ele desumaniza a demanda, moldando-a à sua imagem e semelhança, tal qual um Deus.

7) Se ele desumaniza a demanda, então ele distribui injustiça, lesão sistemática.

8) Se ele cria lesão sistemática, ele provoca a crise de confiança, a crise contratual. E os contratos se tornam contratos de adesão, gerando uma assimetria fundada no poder econômico. E isso clama mais Estado.

A moeda de ouro tem seu curso por força da Lei Natural

1) Se a moeda de ouro é compromisso com os seus semelhantes em toda a sua extensão universal, então ela é um espelho de justiça, de conformidade com o todo de Deus.

2) Logo, o curso da moeda de ouro é natural por força da Lei Natural de se dizer a verdade - e a melhor forma de se dizer a verdade é servindo aos seus irmãos naquilo que eles tanto necessitam e ser remunerado por conta da gratidão pelo serviço prestado.

3) Faz todo sentido, quando se falta com a verdade, dizer o seguinte: "contra o perjúrio, coloque uma moeda na boca".

4) Quem presta o desserviço de atentar contra Deus comete falso testemunho à verdade de Jesus Cristo. E contra o perjúrio, é bom que se ponha uma moeda de ouro na boca.

A moeda é símbolo de compromisso

1) A moeda é símbolo de compromisso.

2) O ouro, por sua escassez, é padrão universal de valor.

3) A moeda de ouro é simbolo de compromisso para com os seus semelhantes, não importa onde eles se encontrem.

4) Como a verdade em Cristo se destina a todos os povos e lugares, não importando o tempo e o lugar, então servir a seus semelhantes implica ser recompensado com moedas de ouro.

5) Quando você serve a seu irmão com presteza, isso significa que você fez por ele aquilo que ele realmente precisava. Se você faz algo bom para um, o exemplo se arrasta a todos os demais semelhantes, não importando o tempo e o lugar.

6) Um bom serviço é servir sempre a Deus, todos os dias.