Pesquisar este blog

segunda-feira, 26 de abril de 2021

Por que o fenômeno da nacionidade é complexo? Cito o caso do meu amigo Vito Pascaretta

1) Dentre os brasileiros que são descendentes de italianos, há os que são paulistas, os que são cariocas, os que mineiros, os que são gaúchos e até mesmo os que são pernambucanos, dentre outros que esqueci de citar. Cada estado da federação tem uma cultura diferente, a ponto de ser uma escola de nacionidade - o que é vital para se tomar o pais como um Todo como um lar em Cristo. E isso precisa ser conjugado junto com a herança italiana que uma pessoa carrega em razão de herança de família.

2) Em relação aos imigrantes italianos que vieram para o Brasil, alguns vieram do sul, outros vieram do norte. Alguns vieram do Piemonte, outros do Vêneto, outros da Sicília, outros da Lombardia, de Nápoles, da Sardenha ou mesmo Roma. A Itália é um país multifacetado regionalmente falando, já que cada região foi um país no passado. Por essa razão essas diferentes Itálias em combinação com os diferentes Brasis produzirão múltiplas maneiras de se tomar os dois países como um mesmo lar em Cristo, criando um mosaico cultural que só ganha sentido como comunidade viva se as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se uma pessoa de ascendência italiana e de origem pernambucana tem um descendente no Paraná, então ele deverá conjugar a herança de Pernambuco, da região da Itália da qual sua família é originária e do Paraná, a terra da sua esposa, como um mesmo lar em Cristo dentro da própria família. É complexo? É desafiador? Sim, mas é um universo fascinante, que só pode ser entendido dentro do ambiente do espírito. Eis aí porque Cristo quis criar um império de cultura.

4.1) Para se combater a homogeneidade cultural, a cultura de massas e a mediocridade que edifica liberdade como fins vazios, devemos promover o senso de tomar os diferentes lugares como um mesmo lar em Cristo, pois a relação A em união com B deve ser sempre levada em conta. A família deve ser o centro dessa liberdade, pois o amor revelou uma nova verdade que deve ser conhecida e observada. 

4.2) Como o liberalismo e a indústria cultural de massa tendem a simplificar tudo, ela acaba produzindo um verdadeiro horror metafísico, ao invés de beleza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Como a herança espiritual polonesa estimulou em mim uma forma de articular as experiências que acumulei de modo a fazer uma releitura da Alemanha enquanto parte do Sacro Império Romano-Germânico - notas sobre esta troca que se deu dentro de mim, em Cristo fundada, que é um dos muitos frutos da eucaristia

1) Antes de eu tomar posse da herança espiritual polonesa - que recebi quando fui crismado, ao receber meu pároco como meu pai espiritual em Cristo, a ponto de ser meu diretor espiritual em uma escala muito mais profunda -, eu havia me afastado um pouco da herança germânica, pois sou descendente de alemães pelo lado do meu pai.

2) A julgar pela herança maldita que a Alemanha produziu - como Kant, Marx, Hegel, a Escola de Frankfurt, além do próprio Lutero -, ser alemão já me seria motivo de vergonha. Mas o fato de ser um polonês espiritual e o exemplo de São João Paulo II me estimularam a fazer uma releitura da História Alemã sem levar em consideração aquela herança maldita - dessa forma, posso tomá-la como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo usando as experiências que conheço do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e da Polônia Católica como substitutos culturais dessa herança maldita.

3.1) É dessa forma que um nacionista pode ser um ser técnico - ele troca a herança maldita de um povo pela herança boa de outro povo, a ponto de ambos serem tomados como um mesmo lar em Cristo, ainda que ambos estejam em terras muito distantes. 

3.2) Se o nacionismo fosse uma planta, tratar-se-ia de uma verdadeira enxertia, onde se substitui o que não presta, por ser revolucionário e fora de Cristo, pelo que é bom, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de assumir uma nova universalidade, formada a partir desse hibridismo virtuoso. Algo bom e frutificante pode vir a partir daí, pois o que é bom sempre produz bons frutos em todos os povos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.3) Foi por conta do meu conhecimento da experiência do Império Português como Império de Cultura e do que conheço da Polônia, que comecei a tomar o país como um lar em Cristo recentemente, que pude começar a fazer uma releitura do Sacro Império Romano-Germânico, o verdadeiro Reich criado para cristianizar a Europa Central e os povos eslavos, o que constitui a base da verdadeira cultura européia, pautada na trindade entre Atenas, Roma e Jerusalém (uma trindade Greco-Romana a serviço da Cristandade, nunca uma moral utilitarista judaico-cristã que edifica liberdade com fins vazios, pois esta é uma farsa revolucionária maçônica, de cunho puritano, que está enganando a todos). Graças a isso, comecei a compreender a Alemanha na sua verdadeira realidade, a ponto de perder a vergonha

3.4) Se fosse casado com uma descendente de alemães, ou mesmo com uma alemã, eu faria esse trabalho de base de reconstrução da cultura alemã a partir da experiência que conheço dentro da minha própria família. Eu aprenderia alemão, mas combateria a duras penas o esquerdismo na Alemanha seguindo o exemplo dos meus irmãos na fé, os católicos poloneses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Do exemplo do Beato Carlos I na vida São João Paulo II - como isso fez com que ele tomasse vários países como um mesmo lar em Cristo, a ponto de respirar a Igreja com dois pulmões

1) Houve um tempo em que a Polônia sumiu do mapa político por 200 anos e seu território foi dividido entre três potências: a Alemanha, o Império Austro-Húngaro e o Império Russo.

2.1) Os poloneses, no tempo dos pais de São João Paulo II, eram vassalos do Beato Carlos I, imperador da Áustria. Carlos I era um excelente imperador católico, o que agradava muito ao tenente Wojtyła, que deu ao seu filho o nome de seu senhor: Karol (Carlos, em polonês). 

2.2) Após a Primeira Guerra Mundial, o Império Austro-Húngaro foi dissolvido e a Polônia ressurgiu como país, como uma república (como não sou muito conhecedor da História Polonesa, esta república polonesa moderna deve ter muito o cheio das repúblicas maçônicas inspiradas na Revolução Francesa e o cheiro delas é bem ruim, pois isso lembra a cadáver em decomposição). 

2.3) Não muito tempo depois, veio a Segunda Guerra Mundial e a Alemanha e Rússia invadiram a Polônia e dividiram o país em dois. Os poloneses ajudaram os aliados, mas estes, por conservantismo e mornidão, não quiseram levar a guerra até à Rússia de modo que esta tivesse seu fim definitivo. E a conseqüência final disso foi que a Polônia terminou satélite da União Soviética por muito tempo. 

3.1) Se nome é destino, então o jovem Karol foi como o senhor de seu pai: agiu como o sinal de contradição no mundo, tal como Cristo faria. E isso o elevou à dignidade da cátedra de São Pedro como João Paulo II, libertando seu país do comunismo e conduzindo a Igreja e o mundo livre em Cristo por Cristo e para Cristo nestes tempos de Crise.

3.2) São João Paulo II não só tomou a Polônia como um lar em Cristo ou respirou a Igreja com dois pulmões, já que sua mãe era ucraniana e era de rito católico oriental, mas ele tomou o Império Austro-Húngaro como seu lar em Cristo, ainda que tivesse nascido dois anos depois da dissolução desse império. E desse império faziam parte os Bálcãs, a Áustria, a Hungria, a Romênia e a Ucrânia, além da sua Polônia - todos esses povos tinham por senhor o imperador da Áustria e juntos deviam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento para serem livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

3.3) Desde cedo ele compreendeu a universalidade do império em que seu pai serviu como oficial subalterno e que isso estava se perdendo por conta do avanço da mentalidade revolucionária no mundo. E por isso, em nome da paz de Cristo, promoveu uma verdadeira cruzada pessoal e espiritual contra o comunismo, que é o grande causador desse mal. Foi um grande guerreiro como foi seu pai, embora atuando numa guerra diferente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2021 (data da postagem original).

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/07/notas-sobre-nacionalidade-enquanto.html

domingo, 25 de abril de 2021

Ainda mais sobre a estúpida idéia do príncipe D. Luiz Philippe de transferir o feriado do dia 21 para o 22 ou sobre trocar feriados na mesma proporção em que se troca de roupa ou mesmo banana por maçã.

1) Max Cardoso, do Canal Terça Livre, fala que os feriados são comemorados nas datas em que são comemorados porque há uma razão para isso. Ele dizia essa crítica no contexto da pandemia, onde os comunistas estavam antecipando a Páscoa em datas muito antes da sua devida época. Em Minas, chegou-se a comemorar o pseudoferiado de Tiradentes em data antecipada, por decisão do governador Zema, que resolveu aderir à nova política dos governadores, a ponto de correr o risco de ver sua cabeça rolar na guilhotina em 2022.

2.1) A crítica do Max aponta para uma importante questão: símbolos não podem ser migrados a ponto de sua ordem ser servida com fins vazios, como vemos nestes tempos de pandemia. Muito menos se pode ficar trocando banana por maçã, pois a disposição espiritual para o dia 21 de abril, Dia de Tiradentes, não é a mesma para o dia 22, dia do Descobrimento do Brasil. Você precisa de uma preparação espiritual do povo de tal maneira que essa data seja comemorada como fundamental, crucial para se tomar o país como um lar em Cristo., a ponto de trocar o falso pelo verdadeiro.

2.2) O marco do dia 22 é a carta de Caminha, que é um monumento cartorial, mas o verdadeiro monumento que deve ser levado em conta é a celebração da primeira missa, que se deu no dia 26 de abril de 1500. Isso marcou a fundação espiritual do Brasil, enquanto base para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo - e estes atos do espírito contam mais que o papel, que pode ser perdido ou destruído. E ele, como maçom, certamente não leva isso em conta, já que o príncipe D. Luiz Philippe age como agem como os inimigos da Santa Madre Igreja. 

3.1) Como todo bom maçom, ele se pauta no materialismo e na violência simbólica, a ponto de criar uma espécie de reengenharia social de tal maneira a agradar o maior número de pessoas possível, já que para ele a ordem espiritual, que edifica a verdadeira cultura, não tem importância. 

3.2.1) E neste ponto, ele está sendo um revolucionário de sinal contrário, pois ele está nos privando do verdadeiro combate espiritual que deve ser feito, marcado pela resistência ao falso símbolo - e isso se dá através da santificação através do trabalho, o que demanda uma autoridade que estimule a liberdade de muitos a ponto de gerar diária dobrada para todos os dias de feriados fakes, que não devem ser comemorados. 

3.2.2) Essa cultura de resistência, por sua vez, gerará um reexame do direito do trabalho enquanto um dado cultural e jurídico, pois uma remuneração liberal deve ser dada nos dia em que devemos estimular o povo a lutar contra os falsos feriados, marcadamente revolucionários, já que eles têm o mesmo múnus - quando trabalham, ajudam a construir o país, pois são também autoridade, quando naquilo que sabem fazer de bom. 

3.2.3) Essa classe de feriados de remuneração liberal decorrentes da cultura de resistência vai fazer com que as datas ganhem uma verdadeira ressignificação, a ponto de contribuírem para a cultura da pátria. 

4) É por isso que mantenho a minha crítica com relação a tudo isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2021 (data da postagem original).

Postagens relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/01/efeitos-do-conservantismo-na-pregacao.html

Quando o tempo cura toda as feridas - notas sobre a importância do período sabático como fundamental para se recuperar o propósito das coisas em Cristo, momentaneamente perdido por conta de um acidente ou de um conservantismo político, como vemos nestes tempos de pandemia

1) Quando meu quarto passou por reformas radicais em janeiro deste ano, tudo o que fazia no campo da digitalização havia perdido o seu completo sentido, somado ao fato de que a pandemia de peste chinesa inviabilizou o encontro entre mim e Felipe Lamoglia, a ponto de não ser mais possível vender mais livros a ele. 

2) Por conta disso, resolvi tirar um período sabático - precisava me refazer espiritualmente da depressão que estava começando a se instalar em mim, por conta de o quarto não estar mais do jeito que era e que favorecia muito o meu trabalho de digitalizador, o que me deixava muito feliz. 

3) Para resolver esta crise, passei bastante tempo jogando Old World, The Sims 4, Patrician II e The Guild 3. Colhi o maior número de experiências possíveis desses jogos, a ponto de muitas delas serem usadas nos meus artigos. 

4) O período sabático, que deveria durar um ano, durou três meses - hoje, no dia 25 de abril de 2021, eu voltei a trabalhar na digitalização do livro do Escambo à Escravidão. Parece que encontrei um sentido para digitalizar nestes tempos difíceis - se não posso conseguir dinheiro com o meu trabalho, ao menos eu posso digitalizar pra mim, pois eu aprecio muito meu próprio trabalho, já que eu gosto muito do que eu faço. Quando esta crise for superada, poderei vender os livros digitais que faço e esvaziar a biblioteca física rapidamente.

5) Uma coisa que pude aprender dessa crise que a reforma aqui em casa provocou no meu quarto foi que o tempo cura as feridas, a ponto de restaurar o sentido momentaneamente perdido das coisas. Afinal, a digitalização que eu fazia me santificava através do trabalho, fora que me trazia um bom dinheiro, que era usado na compra de jogos e de livros. Mas, como muitas pessoas perderam seus empregos, o propósito do meu trabalho precisava ser reformatado - por isso, fui colher experiências até ser capaz de digitalizar os livros para mim mesmo, o que pede uma pegada espiritual diferente. E essa mudança leva tempo, pois isso não se dá da noite pro dia.

6.1) Para se vencer o conservantismo político - ou mesmo os inconvenientes indesejados de uma reforma doméstica, que mudam até mesmo aquilo que você não gostaria que fosse mudado, como a condição da luz com a qual você já está acostumado, o que é vital para um fotógrafo -, você precisa ajustar o seu ser tal qual o navegador ajusta a vela ao vento, pois o Espírito Santo é como o vento - ele sopra onde quer e você precisa estar pronto para dizer sim a cada instante.

6.2) Se você não está pronto, tire um tempo sabático e se prepare espiritualmente - e aí você volta a se santificar através do trabalho devidamente adaptado às necessidades dos novos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de abril de 2021 (data da postagem original).

Postagens relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/03/da-importancia-de-se-mortificar-o-eu.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/03/como-vai-ser-cultura-de-digitalizacao.html


Para eu tomar a Alemanha como um lar em Cristo, preciso destruir a pseudocivilização criada por Lutero, que deu origem à Alemanha moderna

1) Como sou também descendente de alemães, eu precisaria de uma boa razão para estudar e tomar a cultura alemã como um lar em Cristo, sem os vícios inerentes dessa cultura, como o protestantismo, o nazismo, o kantismo e o marxismo.

2.1) Por esta razão, eu deveria começar pelo começo, quando a Igreja começou a converter os bárbaros germânicos ao cristianismo a ponto de edificar um Sacro Império Romano-Germânico. 

2.2.1) Por conta do feudalismo, o poder dos nobres locais sempre prevaleceu sobre uma autoridade central. E esses nobres locais aperfeiçoavam a liberdade de muitos - no caso, os  seus vassalos, os servos, a ponto de isso ser passado de pai para filho como se fosse uma tradição de liberdade, um modo de vida fundado no fato de ser livre em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

2.2.2) Para que não houvesse uma ordem neopagã, onde césar se tornaria divo novamente a ponto de ter poder de vida e de morte sobre todos, era crucial que a Igreja dividisse o poder com os nobres - e os bárbaros germânicos constituíram a oportunidade perfeita para que a Igreja pudesse moldar a civilização dentro do cristianismo, sem os vícios do paganismo romano. Por isso, ela educou os filhos dos nobres e estes, filhos da Igreja, educavam a população inteira, a ponto de aperfeiçoar a liberdade de muitos, fazendo com que ela tenha terras e força militares que pudessem se contrapor ao interesses da realeza, ainda mais quando ela é ilegítima. 

2.2.3) Era dessa forma que a nobreza representava os interesses dos mais pobres, pois seus bens acabavam servindo ao bem comum de todos. Como muitos dependiam deles, eles precisavam ser o exemplo da comunidade inteira, o Cristo local. E como os nobres enxergavam os camponeses - seus servos, seus protegidos - como cristos necessitados, o espelho de seu próprio eu, eles acabavam aos mais pobres liberdades locais, instrução religiosa, além de incentivar a atvidiade organizada de família de padeiros, carpinteiros, pedreiros e outros tantos trabalhadores de modo a gerar uma uma sociedade organizada, a base de uma nação, a ponto de esses nobres terem com esses camponeses um destino em comum ao longo das gerações.  Foi por causa dessa cultura de confiança construída que camponeses acabavam moderando os maus senhores através dos únicos meios de ação que podiam dispor: de seus serviços e de seus serviços técnicos passados de pai para filho, se estes passassem por cima de seus direitos civis ou naturais. Assim, o topo ficava subordinado aos interesses da pirâmide, do bem comum.

2.2.4) Não foi à toa que os camponeses, a base da pirâmide, tinham muito poder na sociedade germânica medieval - e esta foi a época mais feliz e próspera que se teve na História da Alemanha. E não foi à toa também que Lutero acabou com o poder deles, a ponto de empoderar os príncipes que patrocinavam a sua heresia revolucionária, o que levou à fundação da Alemanha moderna no longo prazo, a ponto de fazer com que ela concentrasse muito poder em poucas mãos, a ponto de formar o embrião dos viriam a ser os junkers na época em que a Alemanha começou a ser unificada, através da força de seus exércitos. 

2.2.5) Por essa razão, a Alemanha moderna não passa de uma comunidade imaginada com base nesses moldes - em contraponto com a Áustria, que é a herdeira e sucessora do Sacro Império Romano-Germânico nesse aspecto. Se há um reino dividido contra si mesmo nesta história é o mundo germânico decorrente da heresia de Lutero - dele nunca mais se recuperou, fora que isso passou a ser problema para os povos eslavos também - como a Polônia, por exemplo.

3.1) A reunificação do mundo germânico pediria necessariamente a eliminação dessa pseudocivilização decorrente da heresia de Lutero e a restauração do Sacro Império Romano-Germânico, principalmente na forma de Império Austro-Húngaro. 

3.2.1) O fato de ser descendente alemães precisa estar muito bem conjugado com o fato de que sou um polonês espiritual, visto que faço da parte da mesma szlachta da qual São João Paulo II fez parte, visto que Karol Wojtyła - que ordenou Mons. Jan Kaleta padre, quando era arcebispo de Cracóvia - foi feito padre por Adam Sapieha, que era Cardeal e príncipe da Polônia. A Polônia era parte do Império Austro-Húngaro e eles eram vassalos dos Habsburgos, por conta da fé católica - a maior prova disso é que o pai de São João Paulo II serviu no exército do Imperador Beato Carlos I da Áustria. 

3.2.2) Um estudo da história da Europa Báltica (que abrange a Europa Central e o Leste Europeu) seria algo bem complexo e desafiador - e eu precisaria atuar em múltiplos países, fora que precisaria combater múltiplos inimigos. Na minha atual geração, só posso compreender a dimensão desse problema, já que não tenho condição de lutar num cenário assim, por falta de conhecimento e de preparo.

3.2.3) Trata-se de um cenário mais complexo do que aquele que conheço no Brasil, pois não é só nos Balcãs que há um barril de pólvora - os países do Báltico (outrora partes da Liga Hanseática) são uma verdadeira bomba-relógio, tanto pela Alemanha de um lado quanto pela Rússia de outro, sem falar da Turquia, mais ao sul. Jamais me esqueço do que houve no Grande Cerco de Viena de 1683 - se não fosse por Sobieski, a Europa estava frita. E este foi o maior legado de Lutero: ele enfraqueceu a todos a ponto de trazer os inimigos de Cristo para dentro da Europa. Por isso que é um grande filho de uma puta.

3.2.4) Para que minha família possa atuar num cenário desses, ela precisaria de vivência na Alemanha, na Polônia, na Áustria, em cada lugar parte do problema a ponto de tomar todos os lugares como um mesmo lar em Cristo, que é o denominador comum - o que pede um trabalho de gerações. E isso só pode começar a partir da entrada de um único homem consciente e virtuoso, que tenha dito sim a Cristo de modo a servir a Ele e ao bem comum destas terras, que não são muitos distantes entre si a ponto de criar uma concórdia entre os povos e classes produtivas, o que daria ensejo a uma nova unidade política e territorial, uma vez que Cristo quis para Si criar um império de cultura de modo que Seu Santo Nome fosse conhecido por todos os povos, coisa que não pode vir de um estudante de geopolítica que não seja capaz de ligar as coisas da Terra ao Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de abril de 2021 (data da postagem original).

Postagens Relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/04/como-heranca-espiritual-polonesa.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/08/da-reabsorcao-do-conhecimento-adquirido.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/04/da-importancia-da-nobreza-de-modo-se.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/07/notas-sobre-nacionalidade-enquanto.html

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/03/notas-sobre-as-definicoes-de-realeza-e.html

sábado, 24 de abril de 2021

Sobre minha situação educacional nos anos 90 e a questão do homeschooling - eu poderia me beneficiar do homeschooling naquela circunstância?

1) Se houvesse homeschooling nos anos 90 no Brasil, eu teria me dedicado com excelência ao estudo com muito mais fervor do que no tempo em que fui estudante e vesti a camisa de minhas duas melhores escolas: o Curumim e o Novo Mundo. Como sempre tive mais propensão para humanas, estudaria matérias humanas e entraria mais cedo na literatura clássica e na alta cultura. 

2.1) O único impeditivo seria a formação dos pais: a formação deles em humanas é bem fraquinha, perto da minha -  graças a Deus eu tive a sorte de ter tido bons professores de português e de ter estudado história por minha própria inciativa, pois minha mãe percebeu que gostava de História e me deu livros de História para eu estudar - por isso, eu sabia muita coisa, mais que os professores. Confesso não ter visto professores meus fazendo proselitismo político em sala de aula. Eles davam a matéria e olhe lá, exceto o professor de geografia, que era mais atirado ao esquerdismo, como sempre foi.

2.2.1) O aperfeiçoamento dos meus pais de modo que pudessem me aperfeiçoar seria impossível naquela circunstância porque minha mãe trabalhava muito e meu pai estava deixando de viajar para o Paraguai - foi nessa época em que minha mãe estava passando a ser a chefe da família em definitivo, mudando assim a estrutura da nossa economia doméstica. Não teria como minha mãe pagar por preceptores porque o material humano disponível não era fácil de encontrar - além de ser caro, ela encontraria muitos picaretas pelo caminho. 

2.2.2) Some-se a isto o fato de que importar produtos educacionais sempre foi caro e complicado - não havia as facilidades da internet que temos hoje. E mais do que isso: os produtos que você gasta com autoeducação não podiam ser deduzidos do imposto de renda, tal como ocorre na Inglaterra. E até hoje perdura este tipo de situação - no caso, a impossibilidade de deduzir suas despesas de autoeducação do imposto de renda, o que é um absurdo tremendo.

3) Ainda que houvesse homeschooling no Brasil, ele seria muito prejudicado em razão da economia fechada da época, da elevada inflação (que só foi sanada com o advento do plano real) e também com os muitos anos de práticas socialistas, que só pavimentaram o caminho para o autoritarismo político até aqui. Em outras palavras: fazer homeschooling nos anos 90 seria muito mais difícil do que hoje em dia. Se não fosse pela internet, que foi o único espaço livre que sobrou, e pelo despertar de consciências que o Olavo fez, além da constante queda de máscaras que começou a haver por conta da eleição de Bolsonaro, esta atitude de mudança em prol da nossa melhoria de nossa condição civilizacional jamais não teria sido possível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de abril de 2021 (data da postagem original).