1) O conservador nominal de hoje costuma ser muito anti-Estado,
pendendo fortemente ao libertarismo econômico - isso chega a ser engraçado. Se você ler os evangelhos com atenção, verá que Cristo, apesar de não
ser um defensor entusiasta do Estado, disse claramente que era para dar o
que era de Deus a Deus, e a César o que era de César. Em contrapartida,
o único momento nos evangelhos em que Ele fica furioso e sai descendo o
cacete foi quando encontrou os tais "vendilhões" do Templo, os quais, na verdade, eram cambistas ou credores particulares.
2) Os templos, antigamente, eram, além de centros de culto religioso, o
mercado financeiro que fazia empréstimos sem juros. Na época de
Cristo essa prática havia acabado, e os religiosos - principalmente os
fariseus - se tornaram os exploradores do povo. Essa a razão pela qual
eles aceitavam de bom grado tudo que Cristo dizia, mas abominavam, a ponto de quererem matá-Lo, a partir do momento em que Ele falava em perdão dos
pecados - o que também significa perdão das dívidas, tal como aparece na oração do
Pai-Nosso.
3) O perdão das dívidas tem duas dimensões na Bíblia:
A) A dívida contraída com Deus é aquela em que você endivida com os
poderosos do mundo, a ponto de se tornar escravos dele (banqueiros e financistas estrangeiros) e
B) Essa
dívida propriamente dita, que era crescente e levava o povo à escravidão, Cristo veio para relevar e revelar -
para além de muitas outras coisas - esses dois segredos esquecidos, além restaurar o instituto do PERDÃO da divida dando um claro recado aos poderosos (banqueiros e financistas, que se
encontravam no templo): "Deus perdoará vocês, poderosos do
mundo, se vocês perdoarem as dividas dos pequeninos, que vocês
escravizam financeiramente, freqüentemente em conluio com César, que
vocês corrompem".
Roberto Santos (
https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214884814417326)
Facebook, 10 de novembro de 2017.