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domingo, 4 de janeiro de 2015

Da finalidade da lei


A finalidade da lei não é abolir ou conter, mas preservar e ampliar a liberdade. Em todas as situações de seres criados aptos à lei, onde não há lei não há liberdade. 
John Locke

Comentários:

1) A lei já existe e ela se dá na carne, pois decorre da verdade, que se dá em Cristo. 

2) Não existe liberdade sem a verdade que d'Ele decorre. 

3) A lei humana, para ser conforme o Todo, só dá os contornos práticos, de tal modo a que esses direitos, fundados na lei natural e em conformidade com o Todo, sejam buscados, tal como se exerce uma legítima defesa, quando esta legislação sagrada é violada ou profanada.

3) Nenhuma lei humana, fundada em sabedoria humana dissociada da divina, cria direito - o que a lei humana pode fazer é colocar um meio de modo a este direito seja exigido ou exercido de maneira regular, de modo a que estejamos em conformidade com o Todo que vem de Deus, garantindo assim a justiça entre nós. E é de uma ordem justa que se emana o senso de se tomar o país como um lar. 

4) O que o ser humano pode fazer é regular o exercício de um direito, e isto se dá através da criação de condições suspensivas ou resolutivas ou por meio de hipóteses prevendo a violação de um direito e a sua conseqüente pena. Mas, ainda assim, toda regulação deve ser fundar numa política de prudência. Há direitos concedidos por Deus desde a eternidade esperando a sua descoberta, a sua revelação ser conhecida entre nós,à medida que nós investigamos e passamos a compreender aquilo que Deus quer para nós. Uma vez entendido o plano de Deus, o exercício desse direito vai sendo concedido progressivamente à sociedade, através da promoção da Palavra de Deus e da verdade, que se dá em Cristo. A lei, a serviço da fé, só entra para consolidar, quando isto estiver definitivamente sedimentado na carne, entre nós.

5) Sem o estudo de Deus torna-se impossível o estudo da justiça, que é a verdade de Cristo que se dá no plano prático, nas ações humanas.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Cremoneze sobre imigração ilegal


Perdoem-me as aparentes insensibilidade e dureza de coração, mas não se pode chamar de imigrante quem tenta entrar ilegalmente num país. O conceito de imigrante exige um processo regular e legítimo. Por mais desafortunada que seja uma pessoa, por mais que ela sofra no seu país de origem, a verdade nua e crua é que ao aceitar um processo ilegal de entrada num país ela compactua com um crime. Reconheço que a situação é complexa, séria e grave, mas ela não pode ser tratada ao sabor das ideologias, dos discursos pauperistas e das bandeiras cinicamente humanitárias. Quem se sentir horrorizado com minha visão, peço que me poupem da parolagem social e do sentimentalismo pseudo-religioso. Acuse meu suposto erro com um gesto concreto: levem um desses clandestinos para viver em sua casa e aí sim sua oposição será imantada do irresistível argumento que nasce da harmonia entre o discurso e a conduta.

(Paulo Henrique Cremoneze)

Dos cinco fundamentos para uma cultura brasileira legítima


A verdadeira cultura brasileira se funda no seguinte norte:

1) Tomar este país como um lar, em Cristo.

2) Lealdade à Casa de Bragança, que rege este povo, tendo por Cristo fundamento.

3) Lealdade à esposa de Cristo, a Igreja

4) Crer na aliança entre o altar e o trono como a salvaguarda fundamental de que esse pais será tomado como um lar

5) Lembrar sempre do Cristo Crucificado de Ourique e da primeira missa que se celebrou aqui.

Sem estes cinco elementos não haverá cultura brasileira legítima. Sem nacionidade, sem o senso de se tomar o país como um lar, a falsa cultura fomentará liberdade para o nada - e isso levará ao feio, ao disforme e ao grotesco - enfim, a tudo o que o Diabo gosta.

A fixação permanente exige compromisso constitucional de tomar este país como um lar, nas suas verdadeiras fundações cristãs


1) O Estado laico, separado da Igreja, não exige do recém-chegado o compromisso de que tome este país como um lar e que aceite como verdade constitucional os fundamentos pelos quais este país é tomado como um lar, com base na pátria do Céu. 

2) É por não exigir esse compromisso constitucional que o recém-chegado muçulmano finca sua comunidade e começa a corroer lentamente as fundações da pátria, já que o Estado está sendo tomado como se fosse religião e está de costas para aquilo que deve ser tomado como um lar, coisa que gravita em torno de Cristo Jesus. 

3) Um Estado em constante aliança com o Altar sempre exigirá esse compromisso de todos aqueles que são recém-chegados e que não estão em conformidade com o Todo, seja se for muçulmano, seja se for casado no casamento civil (pois nossa verdadeira lei dá valor ao casamento e ao registro dos nascidos no batistério, tal como era no Império).

4) Para ser aceito como brasileiro, é preciso internalizar na carne as fundações desta pátria, com base em Ourique. E esta internalização deve ser sincera. Se a pessoa veio espontaneamente, que jure lealdade a Cristo e a sua esposa, a Igreja, além de lealdade ao Imperador, que serve a este povo regendo-o, tendo por Cristo fundamento. Só assim terá a legítima proteção do Estado brasileiro, como sendo seu nacional.

É possível conceber a brasilidade de um não-católico?


Baseado nestas observações da amiga Sara Rozante:

Perguntam-me: É possível conceber a brasilidade de um não-católico? 

Resposta: Sim, desde que esta pessoa reconheça a verdadeira cultura brasileira e sua importância, sem causar distúrbios. 

1) O primeiro passo para o verdadeiro ecumenismo é verdadeiramente isso. Quem quiser tomar este país como um lar precisa conhecer os fundamentos sob os quais este país foi fundado, de modo a que seja chamado de brasileiro. E estes fundamentos chamam à sincera conversão.

2) Optar pelo conservantismo levará à apatria. E sendo o conservantismo um caminho para a heresia, a pessoa não tem direito de ficar no país, já que isso é causa de desordem pública. E quem causa desordem pública tem mais é de ser expulso, pois isso não é conforme o Todo que vem de Deus.

3) Quando uma leva de imigrantes muçulmanos opta por fincar raízes no Brasil, eles devem se comprometer a não impor a sua lei da sharia. E para serem brasileiros, precisam aceitar os fundamentos sob os quais este país foi fundado, de modo a que possam tomar este país como um lar - e isto é um compromisso constitucional que os levará à conversão. Optar por conservar o conveniente, ainda que dissociado da verdade, a lei da sharia, os levará a serem caçados, tal como devem ser feitos com os apátridas.

Não desista do Brasil de verdade


1) Há quem diga: "Eu estou desistindo do Brasil".

2) Desse espectro de país, impropriamente chamado de Brasil, eu já desisti faz tempo, pois não tomo este fato como coisa, já que ele não decorre da verdade em Cristo. Eu não sou apátrida, nem conservantista e nem salvacionista.

3) Do Brasil fundado em Ourique e confirmado na Primeira Missa, desse eu não desisti. E por não desistir, eu sou brasileiro. Tomo este país como um lar - e por mais que insistam que ele está "morto", eu persevero, pois como católico eu creio na ressurreição dos mortos. 

4) Eis aí a grande diferença.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Não há direito de solo se não houver Cristandade


1) Para haver um jus solli conforme o todo, é preciso duas coisas:

1.1) No âmbito interno, aliança entre o altar e o trono, de tal modo a que um país seja tomado como um lar, na sua singularidade.

1.2) No âmbito externo, vários países fundados nessa aliança e a serviço da Cristandade. 

2) A Cristandade é, pois, o conjunto dos países que são tomados como se fossem um lar, tendo por referência Jesus Cristo. Dentro dessa cristandade, nenhum cristão é apátrida - ainda que os pais não sejam da terra, eles são cristãos e estão em conformidade com o todo que se dá em Cristo.

3) Se um filho de poloneses nascer no Brasil, dentro do contexto da cristandade, ele será brasileiro, por ter nascido nestas terras, e polonês, por ser filho de poloneses.

4) Se um filho de muçulmanos ou filho de conservantistas nascer nestas terras, ele será apátrida. É preciso que se diga não ao não, de modo a que possa tomar este país como um lar. É impossível ser brasileiro, se não tiver por referência Cristo e a sua esposa, a Santa Madre Igreja.