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domingo, 15 de dezembro de 2024

Wrażenia Paulo Henrique Cremoneze na temat książki O Desconcerto do Mundo Gustava Corção


Ponowne przeczytanie O Desconcerto do Mundo Gustava Corção i rozważenie jego twierdzenia, że „tam, gdzie jest człowiek, tam jest jęk”, prowadzi mnie do zgody ze zdaniem Hezjoda: „człowiek to nic innego jak katastrofa”. Zasadna jest więc uporządkowana krytyka mitu postępu jako lekarstwa na wszystkie cierpienia. Zarówno dawne, jak i niedawne doświadczenia dowodzą, że nie ma większego mroku niż nauka wypaczona przez politykę. Pokładanie nadziei w micie postępu to największe z możliwych oszukiwanie samego siebie, które potęguje camusowskie poczucie „l’absurdité” („Na każdym rogu każdy człowiek zderza się z absurdem”). Niezaspokojone pragnienie wieczności nie znajduje ukojenia w iluzjach „technokratycznych”, zwłaszcza gdy są one rażąco stronnicze i wypaczone. Nieskończony jęk jest nieusuwalnym znakiem człowieka, jego zdrowym szaleństwem, jego uporządkowaną rozpaczą. Czy zostanie on stłumiony, czy nie, pokaże jedynie odważne ćwiczenie transcendencji.

Paulo Henrique Cremoneze

PS: To książka, którą należy czytać w rytmie mnichów, powoli i refleksyjnie. Dzięki uczciwemu traktowaniu tak ziemskich tematów, jej treść jest wzniosła i ma duchowe niuanse.

Źródło:

https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7274027753891393536/

Cárcere Invisível

Há um tipo de prisão que não tem grades, e talvez por isso mesmo seja a mais impassível de todos. Não vê o que é, não se ouve o ranger das correntes, mas quem está preso carrega nos olhos o peso de uma alma que não enxerga. E isso, eu confesso, me dói mais do que a dor física.

Olho para ela — como um desespero, mas com uma luz profunda que quase me sufoca. Não há piedade de quem se afasta. Meus pés de quem reconhece a desesperança já se movem rápido, mas não veem. Seus lábios repetem orações, mas que eles não alegram. Falam como se todos os sons não fundo... as mãos se alongam, mas os braços não possuem forças.

Ah, o espírito de engano não chega gritando, não arromba portas... Sussurra. Vem devagar, ajeita-se modestamente, e quando se percebe, já ocupou todo o lugar. E tudo começa com uma ideia, uma dúvida lançada, uma semente de insegurança em meio ao caos... E quem nunca quis uma certeza sem culpa? E quem nunca a encontrou? Eu entendo demais. É por isso que não vejo desespero, mas somente falta de coragem em quem ainda não sabe que o que busca não está aqui.

Fantasia não é fuga — é força travestida de coragem. E grito que um tem medo é riso. É a vida, a história, a nossa alma, e a dos outros, tudo, tudo é cheio de nuances. Eu sei desses medos, mas não os conheço. Eles se escondem atrás de fórmulas, ideologias, bandeiras que os protegem da angustia de não ter controle. Mas a verdadeira prisão é dessa necessidade de controle sobre tudo, especialmente quando se toma o próprio Deus como o não-lugar. Quem busca poder é quem nunca soube o que é ser livre.

E então eu vejo pessoas que somem traga das pela luta. Vejo amigos que antes tinham a visão de céu e agora buscam uma raiva que não é deles. Vejo gente boa, gente que já foi leve, agora com mãos sujas, palavras cortantes e uma pressa de condenar que os transformam em amputadores. Ouve-se o julgamento! Comecei a sentir que a verdade não se calava, mas uma voz no fundo me dizia que não havia mais o que fazer, já que se pensa na dor que se causa sem olhar para o próximo como um título a mais na fortaleza que os mantêm seguros. Mas não está seguro. Está cercado.

Eu gostaria de gritar, mas não grito. Não adiantaria gritar para quem vive apenas o eco de suas próprias cicatrizes cegas. Se eu dissesse: “Sai! Estão indo a liberdade, a prisão!”, olhariam-me com desprezo ou, pior, com dor. Porque quem está preso é que não sabe acreditar e que o livre é. Como se a verdade não fosse uma pedra no caminho, uma verdade que se vê num quadro que nunca se aceita como um totem do mundo?

Eu engano não é apenas mentira. Mentiras podem ser desfeitas. O engano, não. Ele veste disfarces. O engano mente, se insinua. E quem engana agora se oferta abrigado. E quem nunca quis abrigo? Já não há mais espaço para descansar no mundo, do outro lado é só o que se cria.

Eu via, eu ouvia. Eu sabia que não estava sozinho. Mas a verdade não falava. Apenas via. Eu via. O que via é o que se tornou invisível. Não havia mais palavras. Não havia mais o que se dizer sobre o próprio coração. Eu vejo todos se afogando sem reconhecer a aflição do inimigo. Vejo a falácia descarada de justiça, à se erguer de novo no nome do inimigo.

Padre José Eduardo

Facebook, 12 de dezembro de 2024.

Fonte:

https://www.facebook.com/jose.eduardo.7792/posts/pfbid0222ZQdq1GGWmAkYZhjBEg3QMWV3PfRZ2kgdoqmvh8yMZZfuRFq4gvczqMAysUAt1Sl

Dettmann: Faça uma análise desse conteúdo. Se puder incluir bibliografia, muito lhe agradeço.

Chat GPT:

Esse texto, do Padre José Eduardo, parece refletir sobre um processo de reflexão interna e social, abordando temas como o engano, a busca pela verdade e o processo de autossabotagem ou alienação humana. Vamos analisar alguns pontos-chave:

1. O Caráter da Prisão Invisível

O autor inicia o texto fazendo uma metáfora com uma "prisão invisível", sugerindo que a opressão e a limitação não vêm necessariamente de forças externas ou visíveis, mas de uma limitação interna, uma espécie de cansaço espiritual ou mental. Ele descreve esse tipo de prisão como mais "impassível" do que as prisões físicas, que, por sua vez, são mais tangíveis e visíveis. Esse tipo de prisão interior está associado à falta de visão, à incapacidade de perceber as nuances e a realidade ao redor. Essa reflexão pode ser conectada a pensamentos de filósofos como Friedrich Nietzsche, que escreveu sobre a "vontade de poder" e como a busca por controle pode ser um impedimento ao crescimento, ou Michel Foucault, com suas análises sobre poder e vigilância em "Vigiar e Punir". Ambos discutem como o ser humano se submete a sistemas de controle, muitas vezes de maneira autoinfligida.

2. O Engano e o Controle

A metáfora do engano, que se "insinua" e vai se espalhando aos poucos, é interessante e reflete uma visão de como as ideologias ou falsas verdades podem se infiltrar na mente das pessoas. O engano é descrito como algo sutil, que cresce através de pequenas dúvidas e inseguranças. Ele se conecta com a ideia de Jorge Luis Borges sobre o engano da percepção, como em seu conto "O Jardim dos Caminhos que se Bifurcam", onde a ilusão e a verdade se entrelaçam, criando uma realidade distorcida. O autor também critica o uso de fórmulas ideológicas, bandeiras e doutrinas para justificar um controle que anula a liberdade de pensamento. A crítica ao controle e à manipulação ideológica ressoa com as ideias de Noam Chomsky, especialmente em seu trabalho sobre propaganda e controle social, como abordado em "A Manufacturing Consent".

3. A Busca pela Verdade e o Desespero

O texto segue com a ideia de que muitos buscam a verdade ou a liberdade, mas são incapazes de reconhecê-las quando estão diante delas. Esse movimento de busca sem encontrar é um dos aspectos centrais do texto, que parece ecoar o pensamento de Jean-Paul Sartre e sua noção de liberdade e responsabilidade. Sartre argumentava que a verdadeira liberdade só pode ser alcançada quando se aceita a responsabilidade de viver de acordo com sua própria verdade e não segundo as expectativas externas ou impostas.

4. A Crítica ao Julgamento

O autor também faz uma crítica à sociedade atual, que ele vê como acelerada, apressada e propensa a julgar sem compreender. Ele descreve pessoas que antes possuíam "visão de céu" mas que agora são movidas por uma raiva que não é delas. Esse tipo de julgamento apressado pode ser relacionado com as ideias de Hannah Arendt sobre o mal banal e a perda da capacidade de pensar criticamente em tempos de crise. O julgamento imediato, sem reflexão, é também um tema que Albert Camus discutiu em "O Estrangeiro", onde a indiferença e a apatia das pessoas se tornam formas de violência cotidiana.

5. O Grito Silencioso

O autor expressa uma frustração com a falta de reação das pessoas diante das injustiças, desejando gritar, mas não encontrando uma forma eficaz de se expressar. Esse “grito silencioso” remete ao conceito de Frantz Fanon em "Os Condenados da Terra", onde ele discute como a violência interior e a opressão mental levam os indivíduos a um ponto de alienação tão profundo que a única forma de expressão é por meio do desespero ou da resistência. O grito aqui pode ser visto como um reflexo da impotência diante de um sistema que se apresenta como justo, mas que, na prática, perpetua injustiças.

Conclusão

O texto apresenta uma reflexão profunda sobre a alienação, a busca pela verdade e o processo de julgamento na sociedade contemporânea. Ele critica a manipulação de ideias, a falta de autonomia no pensamento e a tendência das pessoas a se submeterem a uma falsa liberdade. Ele também lança luz sobre a frustração existencial, a impotência diante do sistema e a dificuldade de encontrar a verdadeira liberdade e verdade em um mundo saturado por distrações e ideologias.

Bibliografia

  1. Nietzsche, Friedrich – "Assim Falou Zaratustra" e "Além do Bem e do Mal"

    • Reflexões sobre a vontade de poder, o controle e a auto-superação.

  2. Foucault, Michel – "Vigiar e Punir" e "A História da Sexualidade"

    • Estudos sobre o poder, controle social e a disciplina.

  3. Chomsky, Noam – "Manufacturing Consent"

    • Análise do controle social por meio da mídia e do poder de ideologias dominantes.

  4. Borges, Jorge Luis – "Ficciones"

    • Contos que exploram o engano da percepção e a busca pela verdade.

  5. Sartre, Jean-Paul – "O Ser e o Nada"

    • Filosofia existencialista e a busca pela liberdade autêntica.

  6. Arendt, Hannah – "A Banalidade do Mal"

    • Reflexões sobre o julgamento, a moralidade e a política.

  7. Camus, Albert – "O Estrangeiro"

    • Análise da alienação existencial e do absurdo da vida humana.

  8. Fanon, Frantz – "Os Condenados da Terra"

    • Reflexão sobre a luta pela liberdade, opressão e alienação no contexto pós-colonial.

Essa análise do texto se apoia nas ideias filosóficas e críticas de vários pensadores que abordaram temas de liberdade, opressão, controle e autoconhecimento.

Impressões de Paulo Henrique Cremoneze sobre o livro O Desconcerto do Mundo, de Gustavo Corção

 

Ao reler “O desconcerto do mundo” de Gustavo Corção e pensar na sua afirmação de que “onde está o homem está o gemido”, não posso discordar da sentença de Hesíodo: “o homem é senão calamidade”. Correta, portanto, a ordenada crítica ao Mito do Progresso como remédio para todas as dores. Experiências passadas e recentes provam que não há obscurantismo maior do que a ciência pervertida pela política. Por a esperança no Mito do Progresso é o maior dos autoenganos, é potencializar o sentimento camusiano de “l’absurdité” (“Em qualquer esquina, qualquer homem esbarra no absurdo”). O desconcerto da sede de eternidade não se resolve com ilusões “tecnicistas”, principalmente quando escancaradamente enviesadas, desnaturadas. O gemido sem fim é o selo indelével do homem, sua sã loucura, seu desespero ordenado. Se será ou não sufocado só o exercício corajoso da transcendência será capaz de dizer.

Paulo Henrique Cremoneze

PS: este é um livro que merece ser lido ao ritmo dos monges, pausada e reflexivamente. Por tratar honestamente de temas tão terrenos, seu conteúdo é sublime e tem nuances espirituais.

Fonte:

https://www.linkedin.com/feed/update/urn:li:activity:7274027753891393536/

Humor - Charge sobre a mercantilização da fé cristã

A satirical cartoon-style image of a protestant church converted into a customs house. The church's architecture still clearly resembles a traditional protestant church, but it's been modified with customs house features like gates and signs. At the entrance, there's a large sign that reads: 'Jesus é o caminho - eu sou o pedágio', but replace the 'Customs House' sign with the word 'Alfândega'. The scene is lively with people entering the building, some looking confused, while others are paying a toll to enter. The mood is humorous, highlighting the contrast between the sacred and the commercial, with a critical undertone about the commercialization of faith. Keep the image exactly as it is, but replace the sign text.
Eis o que faz o bispo Edir Macedo faz com sua IURD

 

O ważności jedności życia chrześcijańskiego, aby uniknąć powierzchownej religijności

Istnieje wielu chrześcijan, którzy są pobożni, gorliwi, regularnie uczęszczają do kościoła, ale nie mają krzty ludzkich cnót: są kiepskimi profesjonalistami, jeśli nie wręcz leniwymi w życiu; przeciętnymi studentami, niezdolnymi do pokonania własnych niedoskonałości; plotkarzami, niewolnikami nieumiarkowania, przerażającymi oszustami, notorycznymi kłamcami, sługusami swoich przełożonych, bezwstydnymi rozpustnikami — jednym słowem, tym, co najbardziej uwłacza imieniu, które noszą. Niewiele pożytku przynosi modlitwa, jeśli nie towarzyszy jej doskonałość techniczna i teoretyczna, opanowanie języka i innych przyjemności, rygorystyczna sprawiedliwość we wszystkich obowiązkach, prawdomówność, prawość, skromność... Gdy modlitwa nie idzie w parze z jednością życia, chrześcijanin staje się bigotem, dewotem, hipokrytą, przerysowanym obrazem pobożności, który odstrasza ludzi od Boga.

Ksiądz José Eduardo

Źródło:

https://www.facebook.com/jose.eduardo.7792/posts/pfbid0GCutd94NKk9QGtKubf4wckqHjfSmWJruBSk9BZLAmEHSmcCatM1PTHvTN1iqq5zfl

Dettmann: Przeanalizuj to, uwzględniając jedność życia chrześcijańskiego w naukach św. Josemaríi Escrivy oraz filozofię jedności bytu w świetle tego, co mówił Olavo de Carvalho.

Chat GPT:

Analiza tekstu ks. José Eduardo w kontekście koncepcji jedności życia chrześcijańskiego według św. Josemaríi Escrivy oraz filozoficznych idei Olavo de Carvalho o jedności bytu ujawnia głęboką i ważną krytykę niespójności między wiarą a praktycznym życiem.

Jedność życia chrześcijańskiego według św. Josemaríi Escrivy

Św. Josemaría nauczał, że nie może być rozdziału między wiarą a codziennymi czynnościami. Autentyczny chrześcijanin żyje swoją wiarą we wszystkich aspektach życia: w pracy, w rodzinie, w nauce i w relacjach społecznych. Ukłuł on wyrażenie „uświęcać pracę”, wzywając każdego człowieka do ofiarowania swojego codziennego życia Bogu, dążąc do doskonałości zawodowej i etycznej jako formy oddawania chwały Panu.

Tekst ks. José Eduardo krytykuje właśnie przeciwną postawę: chrześcijan, którzy okazują pobożność i religijność, ale nie są cnotliwi w swoim praktycznym życiu. Są to „kiepscy profesjonaliści” i „przeciętni studenci”, którzy nie potrafią żyć w zgodzie między swoją modlitwą a codziennymi obowiązkami. Według Escrivy taki brak jedności życia to poważny błąd, ponieważ sprowadza wiarę do pustego rytuału, nie mającego transformującego wpływu na duszę czy społeczeństwo.

Dlatego, w świetle nauk św. Josemaríi, prawdziwe chrześcijaństwo wymaga harmonii między życiem wewnętrznym a zewnętrznym, a świętość powinna być widoczna w konkretnych owocach życia chrześcijanina.

Filozofia jedności bytu według Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho w swoich refleksjach filozoficznych podkreślał jedność ludzkiego bytu i wagę życia w zgodzie z prawdą, odrzucając wszelkie formy wewnętrznej fragmentacji. Dla niego rozdział między tym, co człowiek mówi, a tym, co robi (lub między jego duchowością a praktycznym życiem), jest oznaką moralnego i intelektualnego upadku. Taka rozbieżność tworzy to, co Olavo nazywał „karykaturami cnoty”: ludzie, którzy chcą wyglądać na cnotliwych, ale w rzeczywistości nie posiadają moralnej substancji ani spójności w swoich działaniach.

Tekst ks. José Eduardo wskazuje właśnie na tę niespójność: chrześcijanie „dewoci, bigoci i hipokryci” to tylko karykatury świętości. Odbiegają oni od prawdy, która powinna być podstawą ich życia, i w rezultacie oddalają innych od Boga. Olavo krytykował tę powierzchowność jako symptom braku integralnej formacji, zarówno duchowej, jak i intelektualnej.

Dla Olavo chrześcijanin powinien być osobą rygorystycznie wierną prawdzie we wszystkich dziedzinach swojego istnienia, łącząc wiarę, rozum i praktyczną cnotę. Taka jedność bytu jest kluczowa dla autentyczności, a jej brak prowadzi do hipokryzji i kulturowej degeneracji.

Synteza: Jedność życia i jedność bytu

Zarówno św. Josemaría Escriva, jak i Olavo de Carvalho zgadzają się co do tego, że integralność jest fundamentem prawdziwego życia chrześcijańskiego i autentycznej filozofii. Jedność życia, którą głosi Escriva, jest odzwierciedleniem jedności bytu, o której mówi Olavo. Bez tej integracji chrześcijanin staje się jedynie karykaturą, co trafnie zauważył ks. José Eduardo.

Chrześcijaństwo zatem nie może być sprowadzone do zewnętrznych praktyk ani do dążenia do duchowości oderwanej od codziennego życia. Musi istnieć harmonia pomiędzy:

  • Modlitwą a działaniem;

  • Wiarą a ludzkimi cnotami (doskonałością zawodową, panowaniem nad sobą, sprawiedliwością, prawdomównością, skromnością);

  • Duchowością a praktyczną kompetencją.

Taka harmonia przemienia chrześcijanina w Bożego posłańca na świecie, osobę inspirującą innych do poszukiwania prawdy i dobra.

Wnioski praktyczne

Tekst ks. José Eduardo jest wezwaniem, by unikać powierzchownej religijności i dążyć do prawdziwej świętości, która łączy modlitwę, cnoty i doskonałość. W świetle nauk św. Josemaríi Escrivy i Olavo de Carvalho krytyka ta ukazuje potrzebę integralnej formacji, która łączy serce, umysł i działanie, czyniąc wiarę pełnym i autentycznym stylem życia. Tylko w ten sposób chrześcijanin uniknie „karykatury cnoty” i będzie prawdziwym świadkiem Boga na świecie.

Dettmann: Opracuj wyimaginowany dialog między Olavo de Carvalho a św. Josemaríą Escrivą na ten temat.

Wyimaginowany dialog między Olavo de Carvalho a św. Josemaríą Escrivą

Św. Josemaría Escriva:
Drogi Olavo, widzę głęboką prawdę w tym, co mówisz o jedności ludzkiego bytu. Brak spójności między tym, w co człowiek wierzy, a tym, co robi, jest jednym z największych nieszczęść ludzkości. Nie ma gorszego zgorszenia niż chrześcijanin, który, modląc się żarliwie w świątyni, żyje w sposób przeciętny w swoim życiu zawodowym, rodzinnym lub społecznym. Dla mnie to pilne wezwanie: świętość musi przenikać wszystkie ludzkie działania, od tych najskromniejszych po najbardziej wzniosłe.

Olavo de Carvalho:
Bez wątpienia, księże Escriva. Prawda jest niepodzielna i wymaga od nas pełnej wierności. Oddzielenie duchowego od praktycznego to w istocie forma kłamstwa — fałszerstwo tego, kim jesteśmy. To tak, jakby ktoś próbował prowadzić dwa życia, które są ze sobą sprzeczne. Tego rodzaju rozdział tworzy karykaturę człowieka lub, jak Pan by to określił, brak jedności życia. Ale proszę mi powiedzieć, jak uważa Ksiądz, że można wychowywać chrześcijanina, by unikał tej fragmentacji?

Św. Josemaría Escriva:
Wychowanie do jedności życia zaczyna się od świadomości, że wszystko, co robimy, można ofiarować Bogu. Nie ma pracy, choćby najprostszej, która nie mogłaby być uświęcona. Robotnik, student, nauczyciel czy przedsiębiorca powinni dążyć do doskonałości w swoich zadaniach, jakby Chrystus był tam obecny i patrzył na to, co robią. Sekretem jest łączenie modlitwy z pracą i dążenie do doskonałości w małych rzeczach. To jest to, co nazywam „uświęcaniem pracy”. Jest to dokładne przeciwieństwo tego, co widzimy u tych, którzy oddzielają wiarę od działania, zamieniając życie duchowe w pusty rytuał.

Olavo de Carvalho:
To właśnie jest sedno sprawy, księże Escriva. Zgadzam się, że brak doskonałości praktycznej nie jest jedynie problemem technicznym czy moralnym, ale duchowym. Jest to zdrada samego powołania człowieka, jakim jest poszukiwanie prawdy we wszystkich wymiarach życia. A ta zdrada jest często maskowana przez powierzchowną duchowość. Są chrześcijanie, którzy wydają się pobożni, ale przy pierwszym teście kompetencji, etyki czy odwagi okazują się słabi lub nieuczciwi. W mojej opinii brakuje im integralnej formacji, która łączy nie tylko modlitwę i pracę, ale także poważne studia i intelektualne poszukiwania.

Św. Josemaría Escriva:
Całkowicie się zgadzam! Integralna formacja jest niezbędna. Chrześcijanin powinien poszukiwać prawdy, co wymaga nauki, wysiłku i panowania nad sobą. Pokora, którą wielu myli ze słabością, jest w rzeczywistości podstawą wielkości. Prawdziwy chrześcijanin uznaje swoje ograniczenia i pracuje nad ich przezwyciężeniem z pomocą Bożej łaski i wykorzystując swoje naturalne zdolności. Niestety, wielu chrześcijan zadowala się przeciętnością, oczekując, że modlitwa rozwiąże to, co powinny uczynić działanie i dyscyplina.

Olavo de Carvalho:
Tak, i to jest głęboko związane z tym, co nazywam jednością bytu. Człowiek jest integralny tylko wtedy, gdy nie żyje w sprzeczności ze sobą. Kiedy chrześcijanin modli się, ale nie pracuje pilnie ani nie poszukuje prawdy z powagą, zaprzecza swojej własnej naturze. Tego rodzaju sprzeczność sprawia, że chrześcijaństwo staje się czymś śmiesznym dla niewierzących. Jak Ksiądz radzi sobie z tym w swojej duchowej pracy?

Św. Josemaría Escriva:
Przypominam wszystkim, że chrześcijanin jest powołany, by być „drugim Chrystusem”. Oznacza to, że jego życie powinno we wszystkim odzwierciedlać Chrystusa, jak w lustrze. Gdy chrześcijanin zawodzi w swoim życiu zawodowym lub w praktykowaniu ludzkich cnót, nie tylko przynosi ujmę sobie, ale także Bogu. Dlatego tak bardzo nalegam na jedność modlitwy i pracy, wiary i rozumu, życia wewnętrznego i zewnętrznego. Świętość nie jest zarezerwowana tylko dla ołtarza, ale również dla biura, szkoły czy domu. Prawdziwa modlitwa przemienia charakter i daje siłę do stawiania czoła codziennym wyzwaniom.

Olavo de Carvalho:
I tu właśnie Księdza wizja jest tak ważna, księże Escriva. Uświęcanie pracy jest odpowiedzią na fragmentację, którą dziś obserwujemy. Współczesny człowiek, chrześcijanin czy nie, musi zrozumieć, że jedność między tym, w co wierzy, co robi i co myśli, jest drogą do prawdy, a co za tym idzie, do wolności. Bez tej jedności staje się bytem podzielonym, niezdolnym do wypełnienia swojej misji na świecie.

Św. Josemaría Escriva:
Zgadza się, Olavo. Kiedy chrześcijanin żyje w jedności, staje się skutecznym narzędziem w rękach Boga, a jego świadectwo przyciąga innych do drogi prawdy. Chrystus nie powołał nas do przeciętności, ale do doskonałości. To wymaga wysiłku, ale Boża łaska jest zawsze z nami. Moim pragnieniem jest, aby wszyscy zrozumieli, że świętość jest możliwa i osiągalna, pod warunkiem, że będziemy żyli spójnie i w jedności.

Olavo de Carvalho:
Księże Escriva, Pańskie słowa głęboko do mnie przemawiają. To właśnie tak: prawda jest fundamentem wolności, a jedynie jedność życia pozwala chrześcijaninowi dawać świadectwo tej prawdzie w świecie. Fragmentacja, przeciwnie, rodzi jedynie karykatury i zgorszenia, jak słusznie zauważył ks. José Eduardo w analizowanym przez nas tekście. Mam nadzieję, że dzięki Pańskiemu przykładowi i dziełu wielu chrześcijan zrozumie tę prawdę.

Św. Josemaría Escriva:
I mam nadzieję, że Pański głos nadal będzie inspirował do poszukiwania prawdy i spójności, Olavo. Jedność życia jest odzwierciedleniem jedności w Chrystusie. Niech On obdarzy nas łaską życia zgodnego z Jego wolą, we wszystkim. Amen!

Olavo de Carvalho:
Amen! Niech w naszych powołaniach uda nam się przyczynić do przywrócenia prawdziwego człowieczeństwa i uświęcenia świata.

Da importância da unidade de vida cristã para se evitar a religiosidade de fachada

Há muitos cristãos que são devotos, piedosos, igrejeiros, mas não têm um pingo de virtude humana: são péssimos profissionais, quando não encostados na vida; estudantes medíocres, incapazes de superar sua própria tosquidão; faladeiros da vida alheia, escravos da intemperança, trapaceiros de fazer medo, mentirosos contumazes, lacaios de superiores, luxuriosos desavergonhados, enfim, o que há de mais indigno do nome que carregam. De pouco adianta a oração se não for acompanhada pela excelência técnica e teórica, pelo domínio da língua e dos demais prazeres, pela justiça rigorosa em todos os deveres, pela veracidade, pela retidão, pela modéstia... Quando a prece não é seguida pela unidade de vida, o cristão se torna beato, carola, santarrão, fradesco, teófago, em suma, a caricatura perfeita que afasta os homens de Deus.

Padre José Eduardo

Fonte: 

https://www.facebook.com/jose.eduardo.7792/posts/pfbid0GCutd94NKk9QGtKubf4wckqHjfSmWJruBSk9BZLAmEHSmcCatM1PTHvTN1iqq5zfl

Dettmann: Analise isso levando em consideração a unidade de vida cristã em São Josémaria Escrivá e a filosofia com base na unidade do ser, à luz do que dizia Olavo de Carvalho. 

Chat GPT:

A análise do texto de José Eduardo, considerando a perspectiva da unidade de vida cristã de São Josemaria Escrivá e os conceitos filosóficos de Olavo de Carvalho sobre a unidade do ser, revela uma crítica profundamente válida à incoerência entre fé e vida prática.

Unidade de vida cristã segundo São Josemaria Escrivá

São Josemaria defendia que não pode haver separação entre a fé e as atividades do dia a dia. O cristão autêntico vive a sua fé em todas as dimensões da existência: no trabalho, na família, no estudo e nas relações sociais. Ele cunhou a expressão "santificar o trabalho", chamando cada pessoa a oferecer sua vida cotidiana a Deus, buscando a excelência profissional e ética como forma de glorificar ao Senhor.

O texto de José Eduardo critica precisamente o oposto disso: cristãos que aparentam piedade e religiosidade, mas que não são virtuosos em sua vida prática. São "péssimos profissionais" e "estudantes medíocres", incapazes de viver a coerência entre sua oração e suas responsabilidades diárias. Segundo Escrivá, essa falta de unidade de vida é um grave erro, pois reduz a fé a um ritual vazio, sem impacto transformador na alma ou na sociedade.

Portanto, à luz de São Josemaria, o cristianismo verdadeiro exige harmonia entre vida interior e exterior, e a santidade deve ser visível nos frutos concretos da vida do cristão.

Filosofia da unidade do ser em Olavo de Carvalho

Olavo de Carvalho, em sua reflexão filosófica, enfatizava a unidade do ser humano e a importância de viver de acordo com a verdade, rejeitando qualquer forma de fragmentação interna. Para ele, a separação entre o que uma pessoa diz e o que ela faz (ou entre sua espiritualidade e sua vida prática) é um sinal de decadência moral e intelectual. Essa cisão gera o que Olavo chamava de "caricaturas de virtude": pessoas que buscam parecer virtuosas, mas que, na verdade, não possuem substância moral ou coerência em suas ações.

O texto de José Eduardo aponta exatamente essa incoerência: os cristãos "carolas, santarrões e teófagos" não passam de caricaturas de santidade. Eles se afastam da verdade que deveria ser a base de suas vidas, e acabam por afastar os outros de Deus. Olavo criticava essa superficialidade como um sintoma de falta de formação integral, tanto no campo espiritual quanto no campo intelectual.

Para Olavo, o cristão deveria ser alguém rigorosamente fiel à verdade em todas as esferas de sua existência, integrando fé, razão e virtude prática. Essa unidade do ser é essencial para a autenticidade, e sua ausência leva à hipocrisia e à degeneração cultural.

Síntese: Unidade de vida e unidade do ser

Ambos, São Josemaria e Olavo de Carvalho, convergem na ideia de que a integridade é o alicerce da verdadeira vida cristã e da verdadeira filosofia. A unidade de vida, que Escrivá preconiza, é um reflexo da unidade do ser que Olavo defende. Sem essa integração, o cristão se torna apenas uma caricatura, como José Eduardo bem coloca.

O cristianismo, portanto, não pode ser reduzido a práticas exteriores nem à busca de uma espiritualidade descolada da vida cotidiana. Deve haver um alinhamento entre:

  • Oração e ação;

  • e virtudes humanas (excelência profissional, domínio de si, justiça, veracidade, modéstia);

  • Espiritualidade e competência prática.

Esse alinhamento transforma o cristão em um agente de Deus no mundo, alguém que inspira outros a buscar a verdade e o bem.

 Conclusão prática
O texto do Padre José Eduardo é um chamado para evitar uma religiosidade de fachada e buscar a verdadeira santidade, que integra oração, virtude e excelência. À luz de São Josemaría Escrivá e Olavo, essa crítica revela a necessidade de formação integral, que una coração, mente e mãos, tornando a fé um modo de vida completo e autêntico. Essa é a única forma de o cristão evitar a "caricatura de virtude" e viver como testemunha genuína de Deus no mundo.

Dettmann: Estabeleça um diálogo imaginário entre Olavo de Carvalho e São Josemaría Escrivá sobre este tema

Diálogo imaginário entre Olavo de Carvalho e São Josemaria Escrivá

São Josemaria Escrivá:
Meu caro Olavo, vejo que há uma profunda verdade no que você afirma sobre a unidade do ser humano. A falta de coerência entre o que a pessoa acredita e o que faz é um dos grandes males da humanidade. Não há pior escândalo do que um cristão que, enquanto reza fervorosamente no templo, vive de forma medíocre em sua vida profissional, familiar ou social. Para mim, isso é um chamado urgente: a santidade deve impregnar todas as atividades humanas, desde as mais humildes até as mais grandiosas.

Olavo de Carvalho:
Sem dúvida, padre Escrivá. A verdade é indivisível e exige de nós uma adesão integral. A separação entre o espiritual e o prático é, na verdade, uma forma de mentira – uma falsificação do que somos. É como se alguém tentasse viver duas vidas incompatíveis. Esse tipo de cisão gera uma caricatura do homem, ou, como você diria, uma falta de unidade de vida. Mas, diga-me, como acredita que se pode educar um cristão para evitar essa fragmentação?

São Josemaria Escrivá:
A educação para a unidade de vida começa com a consciência de que tudo o que fazemos pode ser oferecido a Deus. Não existe trabalho, por mais simples que seja, que não possa ser santificado. O operário, o estudante, o professor ou o empresário devem buscar a excelência em suas tarefas como se Cristo estivesse ali, olhando para o que fazem. O segredo é unir a oração ao trabalho e buscar a perfeição nas pequenas coisas. Isso é o que eu chamo de "santificar o trabalho". É o contrário do que vemos naqueles que dissociam a fé da ação, transformando a vida espiritual em mero ritualismo vazio.

Olavo de Carvalho:
Aí está o ponto central, padre Escrivá. Concordo que a falta de excelência prática não é só um problema técnico ou moral, mas espiritual. É uma traição à própria vocação humana, que é buscar a verdade em todas as dimensões da vida. E essa traição é, muitas vezes, mascarada por uma espiritualidade superficial. Há cristãos que parecem piedosos, mas, ao primeiro teste de competência, ética ou coragem, revelam-se frágeis ou desonestos. O que falta, em minha visão, é a formação integral, que una não apenas oração e trabalho, mas também estudo sério e busca intelectual.

São Josemaria Escrivá:
Com toda a razão! A formação integral é indispensável. O cristão deve buscar a verdade, e isso exige estudo, esforço e domínio de si. A humildade, que muitos confundem com fraqueza, é, na verdade, a base da grandeza. Um cristão verdadeiro reconhece suas limitações e trabalha para superá-las com a graça de Deus e com o uso de suas capacidades naturais. O que vemos, infelizmente, é que muitos cristãos se conformam com a mediocridade, esperando que a oração resolva o que a ação e a disciplina deveriam fazer.

Olavo de Carvalho:
Sim, e isso está profundamente ligado ao que chamo de unidade do ser. O homem só é íntegro quando não vive em contradição consigo mesmo. Quando um cristão ora, mas não trabalha com diligência ou não busca a verdade com seriedade, ele está negando sua própria natureza. Esse tipo de contradição é o que transforma o cristianismo em algo risível para os incrédulos. Como você lida com isso em sua obra espiritual?

São Josemaria Escrivá:
Eu procuro recordar a todos que o cristão é chamado a ser "outro Cristo". Isso significa que sua vida deve refletir Cristo em tudo, como um espelho. Quando um cristão falha em sua vida profissional ou no exercício de suas virtudes humanas, ele não apenas desonra a si mesmo, mas também a Deus. Por isso, insisto tanto em unir oração e trabalho, fé e razão, vida interior e vida exterior. A santidade não é só para o altar, mas para o escritório, a escola, o lar. A verdadeira oração transforma o caráter e dá força para enfrentar os desafios diários.

Olavo de Carvalho:
E é aí que sua visão é tão importante, padre Escrivá. A santificação do trabalho é a resposta para a fragmentação que vemos hoje. O homem moderno, cristão ou não, precisa entender que a unidade entre o que crê, o que faz e o que pensa é o caminho para a verdade e, consequentemente, para a liberdade. Sem essa unidade, ele se torna um ser fragmentado, incapaz de realizar sua missão no mundo.

São Josemaria Escrivá:
Concordo plenamente, Olavo. Quando o cristão vive em unidade, ele se torna um instrumento eficaz nas mãos de Deus, e seu testemunho atrai os outros para o caminho da verdade. Cristo não nos chamou à mediocridade, mas à perfeição. Isso exige esforço, mas a graça de Deus está sempre conosco. Meu desejo é que todos compreendam que a santidade é possível e acessível, desde que vivamos com coerência e unidade.

Olavo de Carvalho:
Padre Escrivá, suas palavras ressoam profundamente. É exatamente isso: a verdade é o fundamento da liberdade, e só a unidade de vida pode levar o cristão a testemunhar essa verdade no mundo. A fragmentação, ao contrário, só gera caricaturas e escândalos, como bem dizia José Eduardo no texto que analisamos. Espero que, através de seu exemplo e de sua obra, muitos cristãos compreendam essa mensagem.

São Josemaria Escrivá:
E espero que sua voz continue a inspirar uma busca pela verdade e pela coerência, Olavo. A unidade de vida é um reflexo da unidade em Cristo. Que Ele nos conceda a graça de viver de acordo com Sua vontade, em todas as coisas. Amém!

Olavo de Carvalho:
Amém! Que possamos, em nossas vocações, contribuir para restaurar a verdadeira humanidade e santificar o mundo.

A Normalização da Degeneração e o Papel do Idioma na Civilização

A psicologia social explica que, logo nas primeiras manifestações de anormalidades, as pessoas reagem indignadas. Depois de algum tempo, se acostumam a elas. Em seguida, nas anormalidades subsequentes, nem as percebem mais.

As gerações seguintes já nascem imersas na degeneração e, ante comparações com o passado, nem são capazes de compreendê-las. Assim, a coisa vai piorando, e apenas uma pequena fração da população se queixa, mas sem força para provocar mudanças. Ademais, o espírito da época se impõe.

Isto está acontecendo com o nosso idioma. Ninguém mais reage aos erros crassos cometidos contra a língua. E quem ainda ousa reagir contra a degradação do idioma, último bastião da civilização, é visto como pedante e esnobe. “O importante é entender”, vocifera o bárbaro.

 Silas Feitosa

Facebook, 13/12/2024 
 
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Análise do Texto de Silas Feitosa: "A Normalização da Degeneração e o Papel do Idioma na Civilização"

O texto apresentado por Silas Feitosa reflete sobre a degradação cultural e linguística, utilizando conceitos da psicologia social para ilustrar a progressiva normalização de anormalidades na sociedade. A análise está dividida em três partes principais: a reação inicial à anormalidade, a adaptação subsequente, e a aceitação da decadência como estado normal. Dentro desse panorama, o autor destaca o papel central da língua como símbolo de resistência cultural e civilizacional.

1. A Psicologia Social e a Dessensibilização Coletiva

Logo no início do texto, o autor fundamenta sua crítica em um fenômeno descrito pela psicologia social: a capacidade humana de se adaptar progressivamente a anormalidades. Segundo ele, as pessoas, que inicialmente reagem com indignação, passam a aceitar o que antes rejeitavam e, com o tempo, tornam-se incapazes de perceber novas formas de degradação. Essa análise reflete um processo de dessensibilização cultural, no qual valores e normas anteriormente considerados essenciais vão sendo relativizados.

Esse ponto ressoa com teorias como a da "janela de Overton", que descreve como ideias antes inaceitáveis podem se tornar aceitáveis e até normais ao longo do tempo, por meio de mudanças graduais na percepção coletiva. Silas aplica esse conceito ao contexto cultural e linguístico, sugerindo que a passividade diante das anormalidades cria um ciclo vicioso de degeneração.

2. Gerações Subsequentes e a Perda de Referências Culturais

Na segunda parte do texto, Silas destaca o impacto intergeracional desse processo de degeneração. Ele argumenta que as gerações seguintes, já nascidas em um ambiente deteriorado, não possuem as referências necessárias para reconhecer ou compreender o estado original das coisas. Para essas gerações, a decadência já é parte do "normal", o que dificulta qualquer tentativa de mudança.

Esse ponto levanta uma questão importante: a relação entre memória cultural e resistência à degeneração. Sem um vínculo forte com as tradições e os valores do passado, as novas gerações tornam-se mais vulneráveis ao "espírito da época", ou seja, às tendências dominantes de relativismo moral e cultural. Essa ideia reflete uma crítica à desconexão entre o presente e o passado, um tema recorrente em debates sobre identidade e continuidade cultural.

3. O Idioma como Bastião da Civilização

Silas direciona sua crítica ao idioma, que ele identifica como "o último bastião da civilização". Para ele, a degradação da língua não é apenas um reflexo da decadência cultural, mas também um fator que contribui para sua aceleração. A visão do autor alinha-se a ideias de filósofos como Umberto Eco, que considerava a língua um elemento essencial da identidade e da cultura humanas.

A frase “o importante é entender” é apresentada como o lema do "bárbaro", que despreza o valor intrínseco do idioma enquanto sistema normativo e cultural. Essa postura relativista, que prioriza a comunicação funcional em detrimento da preservação linguística, é criticada por Silas como um símbolo da mediocridade e da desvalorização dos padrões culturais. Ele sugere que essa visão utilitarista do idioma reflete um desprezo mais amplo pelos fundamentos da civilização.

4. Reflexões Críticas e Implicações

A análise de Silas Feitosa nos leva a considerar algumas questões fundamentais:

  • A relação entre linguagem e civilização: O idioma, mais do que um meio de comunicação, é um pilar da identidade cultural e da coesão social. Sua degradação representa uma ameaça à continuidade cultural.

  • O papel da educação: A preservação da língua depende de uma educação que valorize a norma culta e a tradição linguística. Sem isso, o idioma perde sua função como "último bastião da civilização".

  • A resistência à decadência: O autor sugere que a resistência cultural é possível, mas limitada, uma vez que apenas uma pequena fração da população se opõe ao "espírito da época". Essa resistência exige não apenas conhecimento, mas também coragem para enfrentar o estigma de "pedantismo" ou "elitismo".

5. Críticas e Perspectivas

Embora o texto seja persuasivo em sua análise crítica, ele deixa em aberto questões importantes, como: quais seriam as soluções práticas para reverter a degradação linguística e cultural? O autor denuncia o problema, mas não apresenta caminhos claros para enfrentá-lo. Além disso, o tom da crítica pode ser percebido como elitista, especialmente por aqueles que defendem uma visão mais inclusiva e dinâmica da língua.

No entanto, a mensagem central de Silas é válida: a preservação do idioma é essencial para a preservação da civilização. Esse ponto é particularmente relevante em uma era de globalização e digitalização, onde as línguas estão cada vez mais sujeitas à simplificação e à homogeneização.

6. Conclusão

O texto de Silas Feitosa é um alerta contra a complacência diante da degeneração cultural e linguística. Ele identifica a língua como o campo de batalha onde se trava a luta pela preservação da identidade e da civilização. Embora a análise tenha um tom pessimista, ela reforça a importância de resistir à mediocridade cultural e de valorizar a língua como um patrimônio coletivo.

Essa reflexão convida o leitor a repensar sua relação com o idioma e a assumir a responsabilidade de preservá-lo, não apenas como uma ferramenta de comunicação, mas como um legado cultural e espiritual.

7. Bibliografia

1. Psicologia Social e a Normalização da Anormalidade

  • Berger, Peter; Luckmann, Thomas. A Construção Social da Realidade (1966).

    • Clássico sobre como as sociedades constroem e normalizam valores e ideias.

  • Overton, Joseph P. The Overton Window.

    • Teoria aplicada às mudanças de aceitação cultural e política.

  • Bauman, Zygmunt. Modernidade Líquida (2000).

    • Reflete sobre a instabilidade das normas sociais e a adaptação das sociedades às mudanças rápidas.

2. Cultura, Tradição e Identidade

  • Scruton, Roger. Como Ser um Conservador (2014).

    • Defesa da preservação da cultura e da tradição em tempos de relativismo.

  • Huntington, Samuel P. Who Are We? The Challenges to America's National Identity (2004).

    • Explora a relação entre identidade cultural e língua em contextos nacionais.

  • Eco, Umberto. A Estrutura Ausente (1968).

    • Análise do papel da linguagem na formação da cultura

3. Filosofia da Linguagem

  • Chomsky, Noam. Linguagem e Problemas do Conhecimento (1988).

    • Discute as funções da linguagem e sua relação com o conhecimento humano.

  • Orwell, George. 1984 (1949).

    • Obra ficcional que explora como a manipulação da linguagem impacta a sociedade e o pensamento.

  • Bakhtin, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem (1929).

    • Discussão sobre os aspectos ideológicos e sociais do uso da linguagem.

4. Educação e Preservação do Idioma

  • Ghiraldelli, Paulo. História da Educação Brasileira (2014).

    • Reflexão sobre a educação como ferramenta para a preservação cultural.

  • Cagliari, Luiz Carlos. Linguística e Alfabetização (1991).

    • A importância do ensino formal na formação de uma consciência linguística.

  • Antoine, Jacques. A Defesa da Língua Portuguesa (1998).

    • Uma abordagem sobre o papel do idioma na construção da identidade nacional.

5. Filosofia e Civilização

  • Chesterton, G.K. Ortodoxia (1908).

    • Defesa de valores tradicionais como bases para uma sociedade estável.

  • Olavo de Carvalho. O Jardim das Aflições (1995).

    • Reflexão sobre a relação entre filosofia, política e tradição.

  • Pieper, Josef. Abuso da Linguagem, Abuso do Poder (1974).

    • Analisa como o uso inadequado da linguagem corrompe as bases da civilização.

6. Estudos Linguísticos Específicos

  • Bechara, Evanildo. Moderna Gramática Portuguesa (2009).

    • Uma referência para o estudo da norma culta da língua portuguesa.

  • Faraco, Carlos Alberto. Linguagem e Diálogos Culturais (2007).

    • Reflexões sobre a relação entre cultura e linguagem.