1) Ainda que o artigo 5º da Constituição de 1988 diga que eu tenha direito de publicar livros, independentemente de censura ou licença, tal medida não me seria conveniente, uma vez que estaria servindo meu dom de escrever e de dizer a verdade com fins vazios. E essa liberdade servida com fins vazios gera relativismo moral, um dos maiores problemas sociais e morais de nosso tempo.
2.1) Como católico, a primeira coisa que devo fazer é buscar um padre ou bispo e submeter meus escritos à sua apreciação. Se meus textos estiverem livres de erros doutrinais, um imprimatur me será concedido, uma vez que a autoridade em Cristo fundada aperfeiçoa a liberdade, posto que Ele é o verbo que se fez carne. Afinal, a verdade é o fundamento da liberdade - e Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
2.2) Uma vez havendo esse imprimatur, eu me sinto plenamente seguro de ler um trabalho feito por um católico sério e devoto, cujo esforço está sendo patrocinado por um bispo local. Trata-se de verdadeira jurisdição voluntária - nela há o encontro de vontades de duas autoridades que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo e que se associam de tal modo a prestar um serviço em prol da evangelização de muitos.
3.1) O maior desafio é tomar cuidado com os bispos ligados à Teologia da Libertação, com os lobos disfarçados de bons pastores. Eles farão com que essa autoridade seja servida com fins vazios, gerando uma crise de autoridade de tal maneira que não creiamos mais na Igreja, muito menos no verbo que se fez carne.
3.2.1) Se as circunstâncias forem favoráveis, é perfeitamente aconselhável estabelecer domicílio numa diocese governada por um bom bispo.
3.2.2) Com uma Igreja local bem organizada e bem governada, a luta política e cultural se torna ainda mais fácil. E se possível, reze para que outras localidades tenham bons pastores (bons bispos e bons sacerdotes) - eles fazem toda a diferença na luta política, uma vez que a política é a continuação da trindade. Por ser obra da Igreja militante de modo a promover o bem comum, trata-se de obra de caridade.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 07 de novembro de 2020.
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