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domingo, 2 de fevereiro de 2020

Da ordem econômica das comunidades imaginadas em contraponto às reveladas - notas sobre isso

1) O ser humano tem três necessidades a satisfazer: as necessidades do corpo, as necessidades da alma e as necessidades do espírito.

2) O corpo precisa de alimento; a alma precisa da palavra de Deus, enquanto o espírito necessita da contemplação de modo a ser movido por Deus para fazer alguma coisa em coisa em prol de todos os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3) Uma vez atendidas estas três necessidades, o homem é feliz. E um homem integro é um homem feliz, pois se santifica através do trabalho, de sua missão de modo a levar a palavra de Deus a quem mais dela necessita.

4) O homem íntegro não pode ser dividido em dois. Por isso, a palavra "indivíduo" costuma ser empregada como sinônimo para designar este tipo de pessoa. Para se dizer se um homem é íntegro ou não, é preciso conhecê-lo - e conhecer implica entrar na sua intimidade, de maneira produtiva, sem violá-lo, como bom filho de Deus que ele é. Por isso investir em homens e mulheres íntegros, que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é um ato de amor, uma decisão em Deus fundada.

5) O homem íntegro que se torna modelo de conduta para outros homens vira santo - por isso, um ícone, um objeto de contemplação; o homem dual, que serve a dois senhores, que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, este vai ser um ídolo, já que seu exemplo apontará para o vazio de sua alma - e nada de bom poderá ser aproveitado dessa pessoa.

6) Quem faz da riqueza sinal da salvação cria uma ordem econômica onde só as necessidades materiais são atendidas, enquanto as demais necessidades deixam de ser preenchidas. Isso cria um horror metafísico - o homem não terá mais a memória da trindade em seu coração, mas um triângulo escaleno. Isso gera uma profusão de bens imaginários que atendem necessidades imaginárias, decorrentes de todo um espírito de mundo que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

7.1) Para uma ordem dessa existir, comunidades imaginadas são criadas.

7.2) Geralmente se inventa toda uma tradição historiográfica que narra a falsa história de que eram colônias, que foram exploradas por países católicos malvados e que buscam a liberdade, a igualdade, a fraternidade - a título de independência, de não-sujeição ao império de Cristo-Rei, tal como foi estabelecido em Ourique - ou a morte. E toda uma falsa história é criada de modo a justificar esse estado de coisas, que é a base de seu poder.

7.3.1) É por essas e outras razões que a luta contra a mentira não é só uma luta pontual - ela visa mudar todo o curso da História do Brasil de modo a se combater todo esse odioso estado de coisas que foi criado a partir de 1822 e que nos afastou do Crucificado de Ourique.

7.3.2) A verdadeira contra-revolução brasileira é uma luta pela restauração de sua sujeição a Cristo, tal como estabelecida em Ourique, sendo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a jóia, a síntese de toda essa evolução histórica advinda do milagre. O verdadeiro originalismo que constitui todas as coisas está aí - e isto é mais profundo e verdadeiro do que o originalismo constitucional americano, criado pelos pais fundadores da Revolução Americana, que imaginaram a América tal como ela é: maçônica e anticatólica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2020.

Notas sobre o gari espiritual, uma profissão tão necessária nestas atuais circunstâncias

1) Admiração é induzir a pessoa contemplar as coisas do alto, as quais apontam para Deus.

2.1) Se alguém fala bem de Bonifácio - esse sujeito que inventou o argumento de que o Brasil era colônia de Portugal, que fez o Brasil dar as costas para o Crucificado de Ourique -, então essa pessoa está me induzindo a olhar para baixo, visto que Bonifácio era maçom carbonário e a maçonaria é coisa do demônio.

2.2) Por mais que a pessoa diga coisas sensatas em outras áreas, o fato de admirar esse sujeito desprezível só me faz ver que esse sujeito não tem razão no que diz, dado que está conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Como idéias têm conseqüências, isso vai produzir uma nódoa no tecido social cuja mancha espiritual só pode ser removida por um tipo especial de gari, que sirva a Cristo neste sentido, de modo que o Brasil volte à casa do Pai e volte a ser parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

2.3) Loryel Rocha fala de Ourique, da missão que recebemos como povo para servir a Cristo em terras distantes, missão essa que deu origem ao Brasil. Ourique aponta para Deus, para a conformidade com o Todo que vem de Deus. Se não fosse pelas asneiras que fala acerca da Igreja Católica, eu poderia admirá-lo. O que posso fazer por ele é rezar que ele se converta, pois falar de Ourique produz bons frutos.

3.1) Eu tomo todo o cuidado de pegar aquelas partes onde o Olavo é sensato e as partes onde o Loryel não fala asneiras acerca da Igreja Católica. Faço todo um trabalho de filtragem, de modo a assimilar o que disseram.

3.2) Uma vez assimilado o que foi dito, eu faço todo um trabalho de engenharia reversa de toda a literatura de ciência social de cunho marxista de modo que Marx saia desse lugar, que não lhe pertence, para que Cristo possa reinar triunfante nessa área. Só assim é que um trabalho de limpeza propriamente dito pode ser feito.

3.3) Se a realidade, a realeza de Cristo, é o que realmente importa, então podemos perfeitamente falar coisas sensatas e realistas sem cair no engodo da ideologia. É o que tento fazer, quando escrevo o que escrevo - Deus pede que eu seja santo, que eu busque a perfeição. E exigir a perfeição do outro é exigir compromisso com a excelência, é fazê-lo contemplar as coisas do alto - por isso mesmo, uma exigência justa, da qual é pecado reclamar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2020.

Da importância da contemplação para a vida econômica de uma sociedade

1) A vida é regida pelo 0 e pelo 1, pelo sim e pelo não, pelo movimento e pelo repouso.

2) O estado de repouso é o do não movimento. É o momento que o corpo e a mente necessitam de descanso. O estado do pensamento é o estado do movimento da alma na busca por uma solução cuja resposta o mundo não dá, mas que Deus sempre dá, na sua infinita sabedoria e misericórdia.

3) A contemplação restaura o corpo e a mente movimentando a alma para os prazeres da vida fundada em Deus, ao mesmo em que dá descanso ao corpo, após uma dura jornada de trabalho.

4) Da contemplação podemos obter memórias e experiências inesquecíveis que poderão ser usadas na solução de um problema cuja resposta o mundo não dá aos nossos anseios, uma vez que este conhecimento decorre da nossa intimidade com Deus e com as obras de arte que decorrem de Deus, como a coisa amada.

5) O verdadeiro lazer sempre dará espaço à contemplação, à reflexão, a sempre lembrarmos das coisas de Deus, uma vez que o o bem produz o bom e o belo, que apontam para Deus. A classe ociosa nega a Deus e faz disso a razão de ser de sua vida - quanto mais ela se diverte, mais ela está cansada, mais indisposta a praticar o bem na sociedade. Eis o paradoxo!

6.1) Não é à toa que monges de vida contemplativa fizeram muito mais pela sociedade que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus do que todos esses economistas de gabinete, que ficam só citando números.

6.2) Os monges trabalham, têm contato com a realidade, o que serve de base para suas reflexões, cujo conhecimento é obtido através de constantes orações a Deus por conhecimento de modo a compreender as coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de fevereiro de 2020.

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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Notas sobre os bens que atendem a necessidade humana de contemplação

1) A economia da comunhão, enquanto parte da ciência da Cruz, tem sua natureza trinitária, pois visa atender os três elementos que constituem o homem: o corpo, a alma e o espírito.

2) O corpo necessita de alimento; a alma necessita do alimento salvífico, da eucaristia; enquanto o espírito, que é o que nos move, necessita da contemplação, da inspiração fundada naquilo que decorre de Deus para poder fazer alguma coisa.

3.1) Aristóteles separou os bens da vida em bens concretos e bens imaginários.

3.2) Os bens concretos satisfazem as nossas necessidades corporais e espirituais, uma vez que na eucaristia Cristo está realmente presente na forma de pão e vinho; os bens imaginários são aqueles bens que pretensamente satisfazem essas necessidades, como os amuletos e os ídolos pagãos.

3.3) Ocorre que a verdadeira fé estabeleceu muito bem a diferença entre ícone e ídolo. O ícone satisfaz nossa necessidade humana por contemplação, como a imagem de Nossa Senhora, cujo sim aponta diretamente para Deus; o ídolo nos aponta para o vazio de nossas almas.

4.1) É próprio do casamento que façamos do corpo do nosso cônjuge o nosso deleite. Por isso, contemplar a esposa de bikini ou nua numa foto ou vídeo sensual só nos faz nos lembrar das belas virtudes que ela tem, morais e físicas, cuja obra de arte nos aponta para Deus.

4.2.1) Esses objetos saciam nossa necessidade contemplativa. Eles têm finalidade produtiva se eles estiverem na sua justa destinação, que é atender as finalidades precípuas da criação, a base da economia da salvação, uma vez que Deus disse: "crescei e multiplicai-vos".

4.2.2) Fora disso, serão servidos de maneira vazia, pervertendo tudo o que é de mais sagrado, uma vez que a mentalidade revolucionária usa o sexo como uma arma de assalto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2020 (data da postagem original).

Se amor é decisão, então o amador deve investir na atividade salvífica da pessoa amada de modo que a salvação de muitos ocorra

1) Se amor é uma decisão, então o caminho mais certo para uma união fundada em Deus se dá quando uma certa mulher que é minha amiga há um certo tempo vê o trabalho que faço e fica admirada com ele a ponto de investir nele também, ainda que não tenha sido chamada a colaborar comigo. Se esta mulher honrar seus compromissos, os meus laços com ela tenderão a ser mais sólidos, visto que é minha sócia naquilo que é muito importante para mim, que é voltado para Deus.
 
2) A verdadeira sociedade conjugal é isto mesmo - minha mulher terá direitos sobre o trabalho que faço, a ponto de exigir minha atenção naquilo que é importante para ela. E por fazer investimentos nesta atividade, poderá fazer cobranças justas fundadas neste investimento.

3.1) Não é à toa que Santo Agostinho dizia que devemos olhar para o que a pessoa mais ama.

3.2) Se a pessoa ama isto que eu faço, que é servir a Deus escrevendo a ponto de elevar a inteligência de todos os que estão ao seu redor, então investir nesta atividade economicamente organizada e voltada para a salvação de muitos é um ótimo investimento, visto que amor é uma decisão, pois a pessoa sai do tédio e da letargia da vida moderna e passa a ser sócia de uma atividade salvífica, em Deus fundada. E ela terá muitos ganhos sobre a incerteza, tanto nesta vida quanto depois, no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2020.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Quem me ama tolera minha inutilidade

1) Há quem me diga que sou muito útil, por ser um homem de espírito e por produzir reflexões que fazem com que a Igreja de Cristo continue produzindo vocações frutiferamente nestes tempos onde a liberdade voltada para o nada se torna cada vez mais uma ideologia cada vez mais hegemônica.

2.1) Os que verdadeiramente me amam sabem que sou um servo inútil aos propósitos desse falso Deus chamado dinheiro, visto que condeno a ética protestante e seu capitalismo, por serem iníquos. O amor de Deus e à verdade falaram mais alto do que a advocacia, a ponto de fazerem de mim um leigo católico e viver a vida como um simples escritor.

2.2.1) Neste Brasil liberal, eu seria eliminado, dado que sou um pária à sociedade, um verdadeiro incômodo.

2.2.2) Por isso que falo que a ideologia verde-amarela tem mais tons de vermelho do que muitos pensam, a ponto de a direita ser pautada pela esquerda, por conta de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, cuja razão de ser se funda na pretensão de construir o império dos impérios do mundo renegando o Crucificado de Ourique, o verdadeiro construtor e mantenedor da verdadeira ordem que fundou este país.

2.2.3) Eis a grande ilusão! Por isso que o velho do Restelo em Os Lusíadas condenou toda esta vã cobiça, pois ela não vem de Cristo, do Filho da Virgem Maria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.

Notas sobre os mitologemas das nações e sua relação com os dogmas católicos

1) Na Igreja católica o dogma é uma verdade de fé - por isso mesmo, constitui a razão de ser da Igreja tal como ela é.

2) O ser é eterno e ao longo do tempo ele se aprimora, conservando sua essência, se estiver alicerçada na verdade, tal como rocha sólida.

3) Países marcados sob o signo da Santa Cruz fazem de Cristo a base para que estes países sejam tomados como um lar n'Ele, por Ele e para Ele, a ponto de propagarem a fé Cristã na forma de Império, pois é através deste sinal, que remiu o gênero humano a 30 moedas de prata, que publicaremos o Santo Nome do Senhor em Terras Distantes.

4) Em filosofia da História, mitologema é o estudo da ontologia de uma nação, a ponto de saber qual é o seu lugar na História da Cristandade. Todo país cristão tem seu mitologema, tem sua razão de ser em Cristo fundada, a ponto de adotar símbolos que resumam e sintetizem toda essa razão de ser fundada em Cristo.

5.1) Quando tomamos vários países como um mesmo lar em Cristo, nós navegamos em águas nunca dantes navegadas, pois lidamos com símbolos que não conhecemos.

5.2.1) Quando conhecemos a História da Polônia tanto quanto a História de Portugal a ponto de criarmos as pontes, nós começamos a costurar nesse tecido social divino de modo a achar uma integração entre os dois povos, pois a verdadeira aliança se funda em amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

5.2.2) Muita coisa interessante da experiência polonesa será incorporada a Portugal e muito da experiência portuguesa e ouriqueana será passada a Polônia. Os mitologemas de ambos os países serão mais fortes se ambos estiverem unidos em Cristo por Cristo e para Cristo naquilo que se fundou em Ourique.

5.2.3) Isso é muito mais profundo do que uma troca de tecnologia - a partilha de experiências, de razões de ser fundadas na verdade fazem os povos serem mais unidos e mais fortes. Isto tem conseqüências espirituais, muito mais amplas do que esses acordos comerciais e de troca de tecnologia, que só atingem a superfície.

6) O Império de Cristo tem sua economia voltada para a salvação de muitos e a política da cristandade deve ser direcionada toda para isso, visto que haverá uma uma guerra de Messias (o Nosso Messias versus o Messias Islâmico e o Messias Judeu, o verdadeiro choque de civilizações tão bem apontado por Huntington).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2020.