1.1) Desnecessário dizer que a nobreza deriva da hierarquia e disciplina - e isso é próprio dos militares.
1.2) Além desse componente, há também outro fator importante, que é atemporal: a tradição.
1.3) Se você tem um antepassado excelente, que serviu a Cristo de maneira livre e em conformidade com o Todo que vem de Deus, então você deve ser responsável em honrar os seus antepassados.
2.1) Se a propriedade decorre do trabalho acumulado, então do trabalho acumulado de sucessivas gerações nós temos uma cultura - e quanto mais bem cultivada na verdade for uma pessoa, mais riqueza poderá ser dada a ela, a ponto de poder edificar ainda mais coisas e assim promover o bem comum, integrando as pessoas de diferentes origens numa mesma comunidade a ponto de juntas tomarem o país como um lar em Cristo - afinal, quem recebeu muitas benesses deve ser muito cobrado por força dessas mesmas benesses, pois todo bônus tem seu ônus.
2.2) O que é próprio do ser é imaterial e isso é distribuído a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. As coisas são, pois, acessório que segue a sorte do principal, que é o ser que vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3) A terra, a riqueza fundamental que faz o país ser tomado como um lar em Cristo, é temporária - ela só será sua enquanto você for bom servidor de Cristo a ponto de tão manso e humilde de coração quanto Ele, pois a Ele devemos dar toda a honra e toda a glória - incluindo todas as propriedades, todas as faculdades e dominações -, pelos séculos dos séculos sem fim.
2.4) A partir do momento em que um ancestral pecar contra Deus e diretamente ou indiretamente contra ti, a ponto de perder a principal riqueza que faz o pais ser tomado como um lar em Cristo, pelo menos a cultura acumulada a partir das gerações anteriores já será uma boa forma de recuperar o que foi momentaneamente perdido.
2.5) Se você não conhece sistematicamente quem lhe antecedeu em vida, você será um apátrida - e somente um verdadeiro milagre poderá te salvar de toda uma sorte de pecados fundada na má consciência sistemática, já que a cultura tem sua raiz na consciência.
3.1) Os maus ancestrais precisam ser excluídos por conta de sua indignidade, como se nunca tivessem existido, mas os atos que causaram esta indignidade precisam ser lembrados de modo que não sejam repetidos no futuro.
3.2) Todo pecado contra ti feito por um ancestral é também pecado contra os que a ele antecederam no tempo - e esse pecado precisa ser reparado, tal como se dá com o templo do Senhor que é profanado por algum pecador infame.
3.3) Tudo o que foi perdido precisa ser recuperado, não só nesta vida como também na vida dos seus filhos e netos. Afinal, a Terra Prometida precisou ser reconquistada, depois de muitos anos de vida escrava no Egito. E durante esse processo de conquista, algumas gerações precisarão viver no deserto de modo a entrarem no legado perdido merecedoras de honrar a tradições de seus ancestrais, quando tiveram essas terras.
4.1) Eis os momentos de revés na história de uma família, pois tomar o país como um lar é difícil - por conta do pecado de Adão, alguns indivíduos são mais propensos a amar a si mesmo até o desprezo de Deus e desonrar tudo o que foi construído ao longo de gerações. Eis a psicopatia que edifica liberdade com fins vazios!
4.2.1) Contudo, esses reveses, se bem enfrentados, levam a uma nova era de grandeza, pois onde abundou o pecado, a graça superabundou.
4.2.2) O mundo português passa por grandes tribulações desde a morte do Rei D. Sebastião, mas Cristo prometeu que poria seus olhos novamente sobre Portugal a ponto de reaver tudo o que foi perdido, incluindo o que se perdeu por força da apatria do príncipe-regente D. Pedro, que traiu tudo o que decorre de Ourique a ponto de imprimir um forte caráter ingrato a todos aqueles que nascem biologicamente no Brasil e que não aprendem a tomar o Brasil como um lar em Cristo, por força da missão de servir a Cristo em terras distantes. Por fim, apesar de tudo, o sagrado coração de Jesus - assim como o de sua mãe, a Virgem Maria - triunfará novamente.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 23 de abril de 2018.