Pesquisar este blog

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

A verdadeira direita não é a direita nominal

1) O termo "direita" tem sido servido de maneira vazia, edificando liberdade para o nada. Quando é servido para o nada, nós caímos no nominalismo.

2) O verdadeiro significado de "direita" está naquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Tudo o que está à direita do pai, que lembra a necessidade de conservar a dor de Cristo, é nobre e verdadeiro, pois é da verdade que se vem a verdadeira liberdade.

3) Com a Revolução Francesa, o significado foi modificado completamente. Direita passou a significar os que estão sentados à direita da Assembléia Nacional Constituinte, que criou uma ordem constitucional fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso mesmo, quem está em conformidade com o Todo desta ordem constitucional que edificou liberdade para o nada passou a ser chamado de conservantista, pois conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, coisa que está à esquerda do Pai no seu grau mais básico, uma vez que o moderado prepara o caminho para o destruir tudo o que é de mais sagrado. Sua hipocrisia é difícil de ser percebida entre os que têm pouca instrução, visto que usam o termo "conservador" para mascará-la. A única maneira de expor essa hipocrisia é dominando a linguagem, coisa que o professor Olavo de Carvalho nos mandou fazer.

4) Por isso mesmo, estudem a linguagem e parem de falar bobagem, pois quando o significado das palavras é voltado para o nada nós perdemos a liberdade, visto que a verdade foi corroída tanto pelo relativismo moral quanto pelo cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de outubro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/o-coservadorismo-liberal-nao-quer-dizer.html

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Por que é preferível uma união pessoal com um rei estrangeiro a uma lei sálica?

1) Pelo que pude ver, é preferível uma união pessoal com um rei estrangeiro, que ame a rainha e o povo dela tal qual um filho adotivo, a botar toda uma pressão quase psicótica num rei de modo a ter um filho homem logo.

2) Rejeitar um rei estrangeiro é como rejeitar o padrasto. Por isso que todo nacionalista é um tolo, uma criança mimada. Só faria sentido se o padrasto não fosse um homem bom.

3) Famílias com padrastos tendem a ser um verdadeiro mercado moral: os filhos mais virtuosos ensinam aos menos virtuosos. Quando nascem os descendentes dessa união, uma nova nação é formada, por força da mistura, dos casamentos mistos. Não é de todo ruim, se o fundamento disso é a conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.

Da finalidade da lei sálica

1) A lei sálica veda que mulheres ou homens que descendam de mulher assumam o trono. A razão pela qual existe isso é para evitar que haja uma união pessoal com uma nação estrangeira e este reino acabe sendo assimilado pelo outro reino. Isso é a prova cabal de nacionalismo.

2) A lei sálica dá maiores responsabilidades ao Rei - e mais responsabilidades pedem mais poderes. É como se o Rei fosse não apenas o pai da pátria, uma espécie de Deus vivo. Por isso, o Rei passa ter corpo temporal e corpo espiritual. E isso dá a impressão de que a nação está sendo tomada como se fosse uma segunda religião, a tal ponto que a Igreja tende a ser refém das vontades do Rei, como houve no galicanismo.

3) O nacionalismo típico da França se deve por conta dos muitos anos em que houve lei sálica. E foi neste país onde o absolutismo monárquico foi praticado de maneira mais radical, gerando conseqüências ainda mais desastrosas, como a Revolução Francesa. Como a França não podia fazer uniões pessoais por conta de eventuais crises sucessórias, a política interna acabava se tornando mais tensa, dado que havia mais pressão sobre o Rei de modo a fazer um sucessor - e quando não conseguia fazer um, havia guerra civil, pois o trono estaria vago, em disputa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/o-que-acontece-quando-uma-rainha-assume.html

O que acontece quando uma Rainha assume a chefia de Estado quando não há herdeiros homens disponíveis? Uniões Pessoais com uma outra nação estrangeira, posto que o Rei consorte passa a ser uma espécie de padrasto

1) Quando uma rainha assume a chefia de Estado, por conta de não haver herdeiros do sexo masculino disponíveis para esse papel, é como se o país fosse governado por uma mãe solteira.

2) Crianças criadas sem um pai são geralmente inseguras, dado que não há alguém lhe ensine o que é firmeza, autoridade, coisa própria de um pai. A mesma coisa ocorre num povo. Se ela se casa com outro Rei, o povo que ela rege passa a ser governado por esse rei visto que há um padrasto no comando, numa eventual união pessoal. Por isso mesmo, o povo do Rei e o povo da Rainha acabam tomando dividindo o mesmo lar, pela graça de Deus. E isso é nacionidade. Dos filhos dessa união, surge uma nova nação e toda uma cultura é construída por força dessa circunstância porque a política do país é que nem a política de uma casa: o que acontece dentro do palácio afeta uma nação inteira: os que estão sujeitos à proteção do Rei.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/por-que-monarquia-e-um-macrocosmos-de.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/da-finalidade-da-lei-salica.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2014/03/fundamentos-biblicos-para-se-entender.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/por-que-e-preferivel-uma-uniao-pessoal.html 

Um bom profeta não é bem visto em sua própria terra

1) Aqui no facebook, quando falo de assuntos monárquicos, os meus pares, os meus alunos, entendem maravilhosamente bem; quando tento explicar este mesmo assunto à minha mãe, é um suplício.

2) É aquele negócio: um bom profeta geralmente não é bem visto em sua própria terra. No meu caso, no meu próprio lar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.

Por que a monarquia é um macrocosmos de uma família?

1) Como a monarquia é um macrocosmos da família, então o papel de pai e o papel de mãe estão muito bem definidos. A tarefa do pai é prover o sustento da família - e no caso de uma nação inteira, prover o bem comum; a tarefa da mãe é educar os filhos - no caso da rainha, os príncipes e as princesas.

2.1) O papel do pai da pátria é naturalmente ocupado por um filho homem, geralmente o mais velho, por ter tido mais tempo de estudo e de preparo, visto que reis são educados para governar, para serem professores de uma nação inteira.

2.2) Assim como toda criança necessita de uma referência masculina, todo povo precisa de um pai, de uma referência masculina, pois o rei é como um pai. As rainhas só assumem a chefia do reino quando não há homens disponíveis para a sucessão - é como se fosse uma família sob a chefia de uma mãe solteira.

2.3) É como se houvesse uma regência permanente - e a presença de uma rainha fazendo o papel do rei não é a mesma coisa que a presença de um rei, já que esta função, por natureza, é própria de pai. Nem sempre uma mãe consegue fazer bem o papel que é próprio de um pai - por isso mesmo, a referência masculina é insubstituível. Se isso é verdade para uma criança, assim o é para um povo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/notas-sobre-uma-importante-licao-do.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/10/o-que-acontece-quando-uma-rainha-assume.html 

Notas sobre uma importante lição do Período Regencial: Os professores substitutos da monarquia são as rainhas, na falta dos reis, e não os políticos

1) Quando um Rei é aclamado ainda na menoridade, sem o pleno discernimento necessário de modo a responder ao encargo ao qual é chamado, surge a figura do Regente, que é como se fosse um professor substituto.

2) Esse professor substituto geralmente é a rainha - e neste ponto, não é tão grave, pois foi educada para governar, tal qual o rei. O problema é que D. Pedro II não tinha mais mãe, muito menos pai - tudo que tinha era um tutor, José Bonifácio, o Fundador do Brasil.

3.1) Enquanto ele era educado de modo a ser professor de uma nação inteira, a regência ficou nas mãos de políticos.

3.2) Quando o regente é um político, tal como houve na transição do Primeiro Reinado para o Segundo Reinado, é que nem o professor substituto nas escolas: ninguém respeita. Não é à toa que esta "experiência republicana" só resultou em guerra civil, coisa que quase esfacelou o Brasil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2016.