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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A verdadeira ciência do Direito se dá no Direito Natural, pois Cristo é o legislador, por ser o Rei dos Reis

1) Durante muito tempo, ouvi dos meus professores que o Direito é uma ciência. Mas como é possível fazer ciência com bases tão frágeis? A legislação muda da noite para o dia, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - e isso é causa de relativismo moral. Logo, isso não é ciência do Direito, mas Legalística.

2) Já estou livre dos engodos da faculdade há quase 10 anos. Foquei nos estudos de Direito Natural, fundados na vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, e posso dizer o seguinte: se Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então Ele é a norma - o Direito por excelência, pois Ele é legislador, dado que é Deus. Como isso é incorruptível, então esta é a verdadeira ciência do Direito. A legislação humana que é conforme o Todo que vem de Deus é o natural right, que é um derivado dessa verdade, que é o natural law.

3) Por isso mesmo, quando se estuda o direito de uma nação, devemos olhar para o seguinte dado: o país está sendo tomado como se fosse um lar em Cristo ou como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele? Se a resposta a esta pergunta for a segunda, então o que temos não é ciência do Direito, mas Legalística. Afinal, devemos olhar para o direito pátrio como um caso particular - e o que estiver fora da conformidade com o Todo que vem de Deus deve ser denunciado e combatido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Notas da relação entre angústia e o interesse mortal pela busca da verdade

1) Certa ocasião perguntaram ao Olavo: "se eu não tiver um interesse mortal pelo meu trabalho, eu serei medíocre a vida inteira?". Olavo respondeu que sim a esta questão.

2.1) Houve quem me criticasse pelo fato de que me prendi durante muitos anos à questão da nacionidade, ao senso de se tomar o país como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado desta república totalitária, que prepara o caminho para o comunismo. 

2.2) A resposta está não só nesse interesse mortal, dado que estava em busca de uma resposta a algo que me angustiava e que me levou a dedicar-me de corpo e alma a este trabalho da melhor forma possível, como também percebi que este tema é muito vasto, tal como o colega Haroldo Monteiro bem reconheceu, pois este tema pede toda uma tradição de intelectuais trabalhando neste assunto, a ponto de formar uma verdadeira escola. 

2.3) Enfim, foi em busca da verdade que me prendi a este trabalho de modo a me dedicar melhor a ele. Se não tivesse havido esta angústia, dado que me sentia morando num país destituído de sentido, eu jamais teria me esforçado - afinal, eu creio em compromisso com a excelência, algo que muitos não crêem, e isso me converteu à vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Desde 2004, já são 12 anos com interesse mortal sobre este assunto - e contando. Já são quase 2500 postagens não só sobre o assunto, mas também sobre o verdadeiro conservadorismo, sobre o distributivismo e a aliança do altar com o trono edificada desde Ourique. Enfim, não sou um samba de uma nota só - aos poucos, o trabalho intelectual vai se tornando uma música polifônica, a ponto de formar uma verdadeira sinfonia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A tirania dos vermelhos leva ao preto, à ausência de cor

1) Carlos Drummond de Andrade tem uma obra intitulada "as impurezas do branco".

2) O branco é o resultado da soma de todas as cores - trata-se de um sigma. Se o branco tem impurezas, então é um não-sigma, um espectro de branco. E a negação da soma das cores é a ausência de cores, o negro. E o negro é uma das marcas do vermelho, do totalitário. Logo, o espectro de branco é um negro disfarçado.

3) Uma das marcas dos despotismo dos vermelhos está no fato de que há ausência de cores, dado que estas são um reflexo do nosso estado de personalidade. Logo, o espectro de verde-amarelo, fundada no fato de se tomar o país como se fosse religião de Estado da República, leva ao comunismo, que nega a individualidade das pessoas - e a negação da individualidade se dá pela ausência de cores nas casas, coisa que serve ao vermelho, ao totalitário.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

Pessoalidade sistemática é distributivismo e não é sinônimo de impessoalidade, de insolidarismo, de atomização dos indivíduos

1) Se prestação de serviço é algo que se faz de pessoa a pessoa, então prestar esse serviço de maneira organizada se funda no fato de que está havendo pessoalidade sistemática.

2) A pessoalidade sistemática não quer dizer impessoalidade. Todos da minha comunidade paroquial conhecem meus serviços e minha pessoa, assim como conheço cada uma das pessoas que toma os meus serviços. E servir dessa forma leva necessariamente a um distributivismo, dado que é caridade sistemática.

3) Num sistema de pessoas virtuosas, uma pessoa, dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, age como uma peça nessa engrenagem, cuja função é servir às outras peças, dentro daquilo que é da sua circunstância. E aquele que serve também servido, já que a peça B, dentro de sua função, serve à A naquilo que A não é capaz de fazer, pois está fora de sua competência.

4) Pessoalidade sistemática leva, pois, a uma interdependência. E a interdependência é essencialmente vida comunitária fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. O contrário disso, a impessoalidade, nega o senso de comunidade, pois cria um sistema de solidariedade tão insolidarista que o indivíduo se vê atomizado - e isso é, pois, um tipo de solidariedade mecânica, algo que é, pois, totalitária, pois edifica liberdade para o nada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

O capitalismo decorre da descristianização da economia de mercado, a partir do ponto em que a autoridade da Igreja foi negada

1) Se não há liberdade sem vínculo, então isso pressupõe que você não deve servir aos seus semelhantes olhando tão-somente para o dinheiro - afinal, a execução contratual é a maior prova de que não existe entre nós fraternidade universal, uma vez que a impessoalidade leva ao risco de o contrato ser mal cumprido sistematicamente.

2)  A verdadeira liberdade, enquanto ordem servida, decorre do fato de que Cristo é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, é preciso muito conhecer as pessoas de modo a saber do que elas precisam. E para bem servir, você deve ser confiável - quando você é tomado por confiável, você será tomado como se fosse uma autoridade da matéria da qual você é especialista, uma espécie de rei desse assunto, um vassalo do Rei dos Reis.

3) Bem servir a seus consumidores implica, pois reger bem seus funcionários de modo a que façam aquilo que é preciso, de modo a atender a uma comunidade inteira, objetivamente falando. Afinal, um bom empresário precisa ser visto como o Cristo de sua empresa.

4) Enfim, tirar a economia de mercado, a economia dos serviços organizados, fora da ótica cristã, conforme o Todo que vem de Deus, leva à ordem fundada no amor ao dinheiro, a ordem fundada naqueles que não crêem na fraternidade universal, essa que nós conhecemos por ética protestante, que é o espírito do capitalismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

Atividade econômica organizada e interessada não é caridade, uma vez que a execução judicial supre o bom cumprimento dos contratos mal cumpridos

1) A maior prova de que um serviço é interessado está no fato de que tenho o direito de exigir judicialmente algo que é do meu direito. E a maior prova disso é um contrato assinado; isso cria uma obrigação, pois é lei entre as partes - e a violação dessa lei leva à uma execução do contrato por via forçada, já que o poder público está dando subsídio ao bom cumprimento do contrato firmado e que foi violado. Logo, exercer atividade interessada pode levar à execução e isso não é caridade, pois o comércio se funda no fato de que as pessoas não crêem em fraternidade universal, fundada no fato de se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Prestação de serviço é algo desinteressado - ele é direcionado a pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Ainda que eu peça doações, o simples fato de não haver alguém que me acuda não me faz com que eu odeie a pessoa por ser ingrata - na verdade, isso me faz com que eu reze ainda mais por essa pessoa de modo que tenha consciência de que estou fazendo isso pelo bem dessa pessoa. Por isso mesmo, servir ao próximo não pode ser feito de maneira impessoal, tal como se dá no comércio - trata-se de serviço reservado, privado, onde a remuneração de dá de forma livre, por meio de acordo de vontades. Mas esse contrato não se faz por escrito - ele se dá na carne, através de um compromisso moral entre as partes. Eis o verdadeiro fundamento da confiança - se este meu irmão viola seu compromisso para comigo, mesmo fazendo o que Jesus aconselha na Bíblia, eu devo recorrer ao bispo, que é pai e juiz da comunidade. Se ele conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, então ele deve ser entregue ao Estado e ser executado, porque está sendo herético, por estar à margem da Lei Eterna - e quem está à margem da Lei eterna está necessariamente à margem de qualquer legislação humana que decorra da lei divina.

3) Se eu não vir em quem toma os meus serviços a figura do Cristo, então servir ao próximo não me fará sentido. E aí deixa de ser caridade, mas comércio. E capitalização fundada no comércio é, pois, usura, pois o financiamento da atividade será garantido por uma execução judicial, comandada por uma autoridade com plenos poderes legais para dizer o direito e aplicar a sanção. E isso acaba se tornando norma, uma via de regra, e não exceção, pois o pecado é a fuga da verdade, exceção que se faz à verdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.

A ingratidão é própria dos apátridas e não dos brasileiros - notas sobre um erro de conceito comumente praticado na rede social

1) Alguns estão espalhando a balela de que brasileiro é ingrato, ressentido e invejoso. Além de ser generalizante, é também injusto, pois eu sou colocado na mesma lata de lixo que o apátrida nascido nesta terra.

2) Ingrato, ressentido e invejoso não são coisas que decorrem da conformidade com o Todo que vem de Deus, muito menos do senso de se tomar o Brasil como se fosse um lar em Cristo, nos termos estabelecidos em Ourique. Logo, isso não é conduta própria de brasileiro, mas de apátrida, de gente que nasceu em solo brasileiro, no sentido vegetativo do termo, mas que não aprendeu a tomar o Brasil como se fosse um lar, por força do batismo.

3.1) Como a cultura da ingratidão, do ressentimento e da inveja está muito bem distribuída na nossa realidade, então isso afeta a maioria da população. Logo, a maioria dos que nasceram aqui são apátridas, pois não são cristãos e, muito menos, brasileiros, dado que não aprenderam a tomar o Brasil como se fosse um lar com base naquilo que foi edificado em Ourique.

3.2) E ainda que tivessem aprendido, conservariam conveniente e dissociado desta verdade tomar este país como se fosse religião de Estado desta República, coisa que nos nega a fraternidade universal - o que nos leva a nos desconfiarmos permanentemente uns dos outros, de modo a que haja uma competição permanente, uma rivalidade permanente, coisa que atiça o ódio, a intriga, a inveja, o ressentimento enquanto normas de conduta, fundamentos esses que estão extremamente presentes em nosso tecido social.

4) Enfim, a realidade é esta. É importante não confundir brasileiro com apátrida, pois brasileiro não é quem nasce no Brasil, mas quem toma o Brasil como se fosse um lar em Cristo a partir do momento em que aprendemos a servir a Ele nestas terras distantes, com base naquilo que foi edificado em Ourique. Trata-se de erro dos mais básicos, crasso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de agosto de 2016.