1) Quando comunista - sobretudo Paulo Freire, em sua Pedagogia do Oprimido - fala de pobre, eu sempre me pergunto: de que pobre ele está falando? Do biedny ou do ubogi? O biedny que acha que sabe pensar é um sujeito cheio de si até o desprezo de Deus, pois ele perdeu tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de ser um bandido de altíssima periculosidade ou mesmo um psicopata - ele é na verdade um membro do lumpemproletariado. O ubogi, aquele pobre que Deus tanto preza, ele dificilmente cairá na mentira socialista, pois haverá bons pastores a darem a vida por suas ovelhas de modo a afugentarem esses lobos que ameaçam destruir a ordem fundada na conformidade com o todo que vem de Deus.
2) Desde que estudei polonês e as duas palavras que a língua tem para pobre, eu me sinto imune a toda manipulação semântica usando esta palavra em português. pois já superei os obstáculos epistemológicos decorrentes da crise semântica, por conta de muitos conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade.
3) Se eu tiver a oportunidade de estudar outras línguas de modo a conhecer outras nuances e dicotomias, eu farei isso tão logo eu possa.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).
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