1) Quanto mais línguas vocês estuda, mais você é capaz de tomar contato com as dicotomias, o que exprime as diferentes nuances da linguagem entre uma língua e outra, tal como vejo entre inglês, português e polonês, as línguas que conheço.
2) Quanto mais dicotomias você conhecer, mais você é capaz de sanar os desafios epistemológicos, a ponto de superar a crise da produção de conhecimento por conta da manipulação do discurso ideológico, uma vez que a produção do conhecimento deixou de ser serva da verdade e passou a ser fonte legitimadora de uma falsa ordem fundada naquilo que é conveniente e dissociado da verdade - a chamada pós-verdade, onde narrativas dirão que o sacrifício da Cristo por nós na Cruz foi em vão, como diria um bom herege jansenista.
3) O conhecimento de idiomas e de toda literatura escrita nesses idiomas enquanto ferramentas deve também estar alicerçado a um bom conhecimento de História, de Economia, de Filosofia, de Antropologia e Direito, desde que amparada na sã doutrina católica. Se você toma ao menos dois países como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, então conheça bem as duas realidades de modo a criar as pontes de necessárias de modo a surgir uma concórdia entre os povos com os quais você tem vínculos, quer familiares, quer profissionais.
4.1) Tomar posse desse senso de modo a servir a Cristo nas próprias terras e em terras distantes, uma vez que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é também construtor e destruidor de impérios - e Ele quis um império para Si de modo que Seu Santo Nome que fosse publicado pelos quatro cantos do mundo -, é a melhor forma de você absorver as circunstâncias em que você está metido. Você morre para si, passa a carregar a Cruz e a seguir o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de se santificar através do trabalho de elevar a inteligência de muitos, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida.
4.2) Se você não fizer isso a partir de uma vocação, de um chamado que Deus te faz desde a eternidade para fazer isso, então você não fará nada de bom. Nenhuma obra boa virá de corações pretensiosos, de almas cheias de si até o desprezo de Deus.
5) A crise da ciência histórica é antes de tudo uma crise educacional e espiritual. Para superá-la, você precisa trabalhar muito nas catacumbas e ser muito humilde, pois é uma crise do ser dessa ciência, já que historiadores arrogantes tornaram o estudo da História pobre e doente, assim como de qualquer outra disciplina essencial para se conhecer a verdade enquanto fundamento da liberdade em Cristo, por Cristo e para Cristo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).
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