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quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Notas sobre um fenômeno da Revolução Francesa - a perversão do tributo em imposto

 1) Tal como falei num artigo anterior, tributo são as honras que devem ser dadas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, fonte de toda e qualquer autoridade legítima, uma vez que todo católico deve ver que a autoridade, em Cristo fundada, aperfeiçoa a liberdade de muitos, a ponto de muitos amarem e rejeitarem as mesas coisas tendo por Cristo fundamento, constituindo assim o bem comum, uma vez que Cristo é o caminho, a verdade e a vida - e essa verdade é o fundamento da liberdade.

2) Quando são sonegadas as honras que devem ser dadas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, você está sonegando esse tributo - e o sonegador deve ser julgado pelos seus pares, por toda a comunidade cristã, sob a presidência do bispo local, pois onde está o bispo, ali está a Igreja Católica, uma vez que o César constituído é um filho da Igreja, um vassalo de Cristo - e a Santa Mãe Igreja deve socorrer aos filhos, aos pequenos cristos necessitados de justiça, ainda que estejam na condição de primeiros cidadãos da república cristã ou príncipes.

3) Quando esse César é um divo, um descendente do Faraó do Egito Antigo, um animal que mente, o tributo se perverte em imposto - e a cobrança indevida se torna usura, a ponto de os meios legais de cobrança dessa usura se torarem instrumentos de opressão, posto que servem à iniqüidade. Autoridades ilegítimas criam impostos, pois as leis que criam essas obrigações legais de dar moeda ou de prestar trabalho in natura decorrem do fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade . Por isso, o imposto, vindo de uma autoridade ilegítima, é sempre roubo, espoliação. E isso leva ao socialismo, ao comunismo.

4) Como essas autoridades ilegítimas conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, então elas vivem sempre violando o princípio da não-traição ao Direito Natural, a tudo o que remonta à criação e que decorre da conformidade com  o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2020 (data da postagem original).

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