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segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Comentários sobre uma proposta de divisão territorial lançada pelos militares em 1965, publicada na Revista Manchete

1) Em 1965, surgiu um projeto elaborado pelo General Segadas Viana para nova divisão geográfica do Brasil. O motivo era a internacionalização da Amazônia, assunto recorrente na comunidade internacional. 

2) A alegação internacional era que: "não era justo que determinados países mantivessem grandes extensões territoriais, sem capacidade de explorá-las". "Assim seria a divisão territorial do país, caso viesse a ser aprovada a sugestão do General, já apoiada pelo Marechal Juarez Távora. Os contrastes se tornariam menos gritantes. A nação passaria a ter 28 unidades federativas, com uma base territorial entre 300 mil e 600 mil km²." (Fonte: Revista Manchete - 1965 edição 0675).

3) A divisão, como se pode ver, continuaria abstrata e antinatural, algo próprio de comunidade imaginada e pensada desde cima. É por isso que sou favorável à proposta que o colega Flavio Lemos apresentou: conforme a comunidade católica de uma determinada região vai se desenvolvendo, ela vai ganhando autonomia a ponto de virar diocese e daí virar província eclesiástica, se influir no desenvolvimento de outras dioceses ao seu redor. E quanto mais desenvolvida uma região, mais gente mora na região. E por conta do elevado número de pessoas, você precisa dividir a região no maior número de províncias possível de modo que você possa atender as necessidades de todos mais facilmente

4.1) Além disso, províncias são pequenas nações que apontam para uma nação ainda maior, fundada na associação de outras pequenas nações que devem ser tomadas juntas como um mesmo lar em Cristo por conta de amarem e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, em razão de uma língua em comum de uma tradição em comum e de uma fé em comum fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Essa associação se dá na forma de um Império do qual o imperador é vassalo de Cristo, sucessor de D. Afonso Henriques, a quem Cristo confiou a missão de servir a Ele em terras distantes. E isso é causa de nacionidade.

4.2) Quanto mais produtiva for essa associação, mais sentido a necessidade de surgirem novas províncias por conta de seu desenvolvimento, uma vez que a santificação através do trabalho leva a liberdade de as pessoas servirem ao próximo através do trabalho e por meio do comércio à longa  distância. E essa se respalda na verdade, que é o fundamento da liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2020.

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