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terça-feira, 28 de abril de 2020

Quando um ícone vira ídolo - notas sobre a perversão dos símbolos

1) Por que a Igreja declara santa uma pessoa cuja existência na Terra esteja findada? A resposta é que a biografia dessa pessoa adquiriu uma forma definitiva, um caminho canônico - se você quiser entendê-la, você deve estudar essa forma, pois estas foram as circunstâncias de sua vida. E as circunstâncias foram as vicissitudes do seu tempo e o amor que tinha por Deus sem medida.
2.1) Se alguém adquire fama de santo ou de herói ainda em vida, então essa pessoa precisa urgentemente esvaziar-se de si mesma para poder carregar esta cruz melhor. 2.2) O homem é um animal que erra - se a vaidade o induz pecar contra Deus e a errar para com o próximo sistematicamente, ele se torna um animal que mente. E dessa forma a fama de santidade, ou mesmo de herói, será servida com fins vazios, a ponto de o ícone se converter num ídolo que deve ser destruído. 3) Nunca transformem uma pessoa ainda viva num herói ou num santo, ainda mais quando esta cumpriu apenas a sua obrigação - trata-se de uma cruz muito pesada para se carregar. Poucos sobrevivem a esse martírio. José Octavio Dettmann Rio de Janeiro, 28 de abril de 2020.

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