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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Notas sobre o regime constitucional das comunidades imaginadas, tal como vemos nas repúblicas presidencialistas da América Latina

1) No livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil, Ernest Hambloch destaca em seu prefácio uma grande verdade: as constituições das repúblicas presidencialistas da América constituem licenças de corso, cartas de marca. 2.1) No Estado liberal, todo poder está novamente na mão do faraó. 2.2) Todo presidente imitará o Faraó do Egito Antigo a ponto de ser um Senhor Absoluto. A constituição, mais do uma carta de marca, é um livro de auto-ajuda. Como todas as leis foram escritas por animais que mentem, elas não passam de preconceitos burgueses, a ponto de a constituição de não passar de uma falsa crença de livro, uma vez que o papel aceita qualquer tolice escrita por essa gente que tem o poder ilegitimamente. 3.1) É através do sangue derramado dos inimigos sem sentido que se produz a tinta para se escrever este contrato social. 3.2.1) É a partir deste contrato social que se imagina uma comunidade onde o maior propósito não é glorificar a Deus, mas glorificar a estupidez dos governantes que deram as costas para Deus, a ponto de tornar qualquer utopia ser possível de ser realizada. 3.2.2) É por esta razão que essas comunidades imaginadas constituem verdadeiras casas de noca - não há autoridade nenhuma e nenhum respeito pelas pessoas - até porque não se vê o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem nessas pessoas que ocupam cargo. 4) Se isso ocorre no macro, imagine no micro, onde os livros de auto-ajuda são vendidos a rodo e onde o empreendedorismo de palco constitui a nova religião da moda? Aquilo ali é uma fábrica de presidentes, de futuros tiranetes, de novos homens kantianos. José Octavio Dettmann Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020.

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