1) Se minha biografia, e não meu país, fosse o bem mais importante, meu destino seria morar na Bolívia, essa comunidade imaginada onde meu eu é o bem mais importante, onde eu sou a medida de todas as coisas. E a Constituição do país não passará de livro de auto-ajuda.
2) Bolívar era maçom e cometeu a atrocidade de separar a Espanha de seu espelho no Novo Mundo, a ponto de ambas as imagens verem-se como uma imagem distorcida uma da outra, sob a alegação de que a Igreja Católica é má e exploradora. A mesma coisa fez José Bonifácio aqui na América Portuguesa, sob a alegação de que o Brasil era colônia, a ponto de negar a missão de servir a Cristo em terras distantes, estabelecida em Ourique.
3) Por isso, Moro, Bolívar e Bonifácio não passam de falsos patriotas. A pátria do apátrida é o ego - nada cabe além da vaidade, que não passa de um gigantesco buraco negro. Não é à toa que a Bolívia lembra uma Coréia do Norte ou uma China.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.
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