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sexta-feira, 10 de abril de 2020

Sobre a íntima relação entre tributação a partir do consumo e o poder total do Estado - como reduzir o tamanho do Estado

1.1) No Brasil, os tributos são cobrados tanto na renda quanto no consumo.

1.2.1) Se tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado ou contra o Estado, então a riqueza é sinal de salvação das instituições delas mesmas, do vazio moral que elas têm por serem ilegítimas, por decorrem de toda uma ordem que se conservou conveniente e dissociada da verdade e que, naturalmente, há de cair por terra, posto que isso ofende ao Crucificado de Ourique.

1.2.2) Se o povo tivesse consciência de sua origem, de seu destino, certamente não cairia nesse joguinho de viver condenado a ser submisso a um poder falso e ilegítimo.

2.1) Todo tributo deve vir da renda, não do consumo.

2.2) Isso obriga o governo, no sentido de autoridade constituída, a ser servo de quem produz a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.2) Por isso, o Estado deve ser o servo dos servos, não o senhor dos senhores - foi para isso que Cristo coroou D. Afonso Henriques como seu vassalo: para que o Estado servisse a Cristo, de modo a expandir a verdadeira fé e toda a economia fundada na santificação através do trabalho (vulgo economia da comunhão), gerando assim um império de cultura, um caso único na História das Civilizações.

2.3) Todo poder vem de Deus e toda autoridade vem de seu santo nome. Por isso todas as honras, todos os tributos devem ser dados ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, já que ele é Rei, Deus e Sacerdote. Se você tem autoridade, você deve toda a honra ao Pai - e por isso, você não pode usar de suas prerrogativas com fins vazios. O dinheiro do povo deve ser investido no bem comum do povo, não desperdiçado com futilidades.

3.1) Se você quiser reduzir o tamanho do Estado, a primeira coisa a fazer é nunca tributar o consumo - boa parte do consumismo que há na sociedade existe porque o Estado, tomado como se fosse religião, só tem a ganhar, uma vez que boa parte da arrecadação vem do consumo - o que faz com que a liberdade seja servida com fins vazios.

3.2.1) E a segunda é instigar uma cultura onde toda pessoa investida com poder de dizer o Direito morra para si mesma de modo que Cristo viva nessa pessoa.

3.2.2) Quanto mais católica for essa pessoa, quanto mais revestida de Cristo ela for, melhor. Afinal, a base para a verdadeira autoridade é a amizade com Deus, a verdadeira santidade. Não crer nela é promover a liberdade com fins vazios, é promover a anarquia. Eis a relação íntima do liberalismo com o protestantismo que tanto rejeito.
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2020.

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