1) Quando terminei os estudos, no final de 2012, uma nova etapa na minha vida começou: estudaria por minha conta e escreveria profissionalmente. Se não fosse pela violência louca que afeta a cidade onde moro, eu freqüentaria as bibliotecas que costumava freqüentar no meu tempo de estudante: a do CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil) e a Biblioteca Nacional.
2) Por conta desse banditismo, desse caos planejado pelos governos de esquerda que tivemos desde Brizola, eu fiquei de quarentena permanente desde então. Com a ditadura de Witzel, que aprisionou a todos em suas casas, isso se tornou apenas um detalhe, a cereja do bolo.
3) Para muitos, é o fim do mundo; para mim, foi só o começo. Embora não tenha podido sair de casa para conduzir uma pesquisa melhor nas bibliotecas, eu pude muito bem me virar sem elas - eu escrevi muitos excelentes artigos. E na falta de livros, usei os jogos de estratégia que tinha (Civilization e The Guild) como ferramenta de estudo. A simulação supriu-me o que precisava saber até certo ponto, pelo menos imaginativamente. Pelo menos, é como tem sido minha vida de estudos desde a chegada do vírus chinês e antes disso.
4.1) Essa tem sido minha vida, em razão das minhas circunstâncias de ser morador do Rio de Janeiro. Se você não cultiva a liberdade interior, você não terá nada - mesmo preso, sua alma estará livre, pois você estará estudando e perscrutando a realidade.
4.2) Um povo que não cultiva essa liberdade, que não se prepara para os tempos de crise, certamente sucumbirá à depressão, que é ser escravo das loucuras do mundo, deste vale de lágrimas.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 7 de abril de 2020.
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