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domingo, 26 de abril de 2020

Notas sobre videogame e de seu uso pedagógico na educação infantil

1.1) Ontem, eu passei bastante tempo ouvindo os vídeos do Sidão do Game. A parte que eu mais gostei do canal foi a sessão spoiler, onde ele conta a história das franquias mais famosas. 

1.2) Ontem à tarde, passei a tarde inteira escutando a sessão spoiler do Sidão do Game. Ouvi a história de todos os jogos da série God of War. A parte que trata mitologia grega, que é composta de seis jogos, constitui uma espécie de Parte 1, enquanto a parte que trata mitologia nódica constitui uma espécie de parte 2.  Por essa razão, a sessão spoiler do Sidão do Game acaba se tornando uma espécie de Mortimer Adler para os jogos, que mostra como devo jogar os jogos de modo a se compreender o universo da série, fazendo do ato de jogar parte essencial do processo de se conhecer toda uma realidade, todo um universo essencial para se compreender a realidade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

1.3) Por isso mesmo, trata-se de uma bela ferramenta pedagógica - quando tiver filhos, eles vão começar a infância jogando Atari, passando pelo Master System, pelo Nintendo 8-bits, pelo Super Nintendo, pelo Mega Drive, até chegar à tecnologia atual. 

2.1) Videogame é uma excelente ferramenta pedagógica e cada geração dos consoles deve ser introduzida à medida que a criança estiver madura para poder progredir. Ela deve aprender brincando - primeiro, ela deve aprender a imaginar a história e a contar essa história - só depois ela é introduzida à história com esquemas narrativos pré-determinados, a ponto de ser capaz de aprender o trivial - a literatura, a lógica e a gramática.  

2.2.1) A criança precisa ser educada como que num processo de fases - toda educação deve começar nos rudimentos (e o Atari é a ferramenta ideal) e aí ela vai progredindo nas gerações até chegar ao playstation 5.

2.2.2) Infelizmente, nenhum pai de família tem essa consciência, pois a criança desde cedo é criada com ferramentas inadequadas à idade dela e isso destrói a imaginação dela. Até porque as pessoas não conseguem conceber o videogame como uma ferramenta de trabalho - e na indústria do entretenimento e da criação, o videogame é uma ferramenta tal como a pistola é a ferramenta do policial, de modo a defender a sociedade do bandido. E as pessoas precisam estar prontas para bem manejá-la, para servirem ao bem comum - e isso se dá desde a tenra infância.

2.3.1) Se pararmos para pensar, a verdade é que a tecnologia ficou tão complexa que a arte de contar uma história ficou mais refinada, mais multimídia. Além da interatividade do videogame, há ainda as histórias em quadrinhos da série God of War, que dão um bom complemento à série. Quando você você junta todas as pontas, fica uma verdadeira obra-prima.

2.3.2) Mesmo que eu não jogue esses jogos, em razão de me sentir ultrapassado, as histórias são fascinantes - e ouvi-las de quem jogou todos os jogos já me deixa muito satisfeito. Estas informações da sessão spoiler podem ser usadas na reflexão dos meus artigos. Um exemplo disso são as asas de Ícaro e sua analogia com a definição de Aristóteles sobre o homem, como um animal que erra.

2.3.3.1) Afinal, sentir-se ultrapassado tem suas vantagens - quando o playstation 3 do Gregório esteve em casa, em nenhum momento o joguei, pois isso iria exigir de mim certas qualidades que não possuo. E por não ter estas qualidades, era certo que jogaria o controle contra a parede, por conta de estar com raiva, por estar frustrado por não avançar no jogo. 

2.3.3.2) Pela minha experiência, eu não posso aderir a nenhum produto tecnológico sem estar realmente pronto para poder usá-lo devidamente, como toda boa ferramenta que é, uma vez que essa ferramenta precisa ser parte do meu ser, a ponto de a integração homem e máquina serem uma coisa só a serviço da eternidade. Só assim um animal que erra pode acertar, se estiver movido pela prudência. 

2.3.3.3) Como todo bom indivíduo que sou, meu tempo não é o tempo do mundo, enquanto tempo da moda, até porque não sou Deus - a vida humana necessita de permanência no solo por certos momentos antes de alçar a vôos maiores. Não podemos ser como ícaro - como o homem é um animal que erra, ousar um vôo mais alto por vaidade, por puro progessismo, só fará com que o sol derreta as asas, a ponto de este perder esta prerrogativa acidental, que foi concedida por Deus aos pássaros e certos insetos, na sua essência.

3.1) É por essa razão que meus jogos de computador e meus jogos de videogame são parte do meu treinamento - eles me dão a inspiração necessária para poder escrever meus artigos, pois é por meio deles que sirvo a Cristo em terras distantes, a ponto de conservar por prudência estas prerrogativas acidentais de vôo nos méritos de Cristo e não nos meus méritos, de modo a serem essenciais para mim e para todos os que estão ao meu redor. 

3.2.1) Por isso, eu não posso comprar esses jogos por modismo, mas como ferramentas de análise, pois meus propósitos são mais sérios do que a média das massas. 

3.2.2) Como ferramentas de trabalho, devo investir meu dinheiro de maneira produtiva - um bom jogo me gera muitos artigos. Como ganho dinheiro com doações - e essas doações vitaminam a minha poupança -, o rendimento da poupança faz com que o jogo se autopague conforme vou usando o produto de modo a arrecadar cada vez mais doações, uma vez que lucro é ganho sobre a incerteza. E num país movido pela pós-verdade, a incerteza é uma constante - e quanto mais ganhos nesta circunstância eu tiver, mais meios de ação terei para poder sobreviver diante do mal e para poder me expandir de modo que o bem prevaleça sobre o mal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.

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