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terça-feira, 5 de novembro de 2019

Da obsessão por fontes: notas sobre a relação entre cientificismo, neurose e recalque, os três maiores males que fecham a alma à verdade

Alguns recalcados me dizem isto:

"Eu não citaria seus artigos. Não passam de mera opinião. Embora sejam verdadeiros, não servem de base para um estudo sério" .

Eu respondo:

1) No academia.edu, eu já recebi 17 menções. Fui citado até em áreas que não têm a menor relação com a minha área como paleobotânica, por exemplo. Se isso conduziu a uma descoberta, é ganho sobre a incerteza.

2) No direito, é comum se dizer que a doutrina é uma opinião. Se é uma opinião, por que deveria levar tão seriamente a investigação jurídica, uma vez que no Brasil nada é levado a sério mesmo? Quando não cito a fonte, é porque pensei sobre o assunto - quando posso, eu cito a fonte e dou os créditos.
3.1) Estudar é meu hobby e me divirto muito com isso. Mas esta brincadeira é também coisa séria - eu falo para um ouvinte que sabe tudo, que sempre me inspira a escrever mais e melhor. Eu levo esta brincadeira tão a sério que tenho um certo compromisso com a excelência, a ponto de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso mesmo, estudo e escrevo como uma criança espiritual, pois quero voltar a ser criança, neste aspecto.

3.2) Quem se preocupa muito com citações e fontes certamente deve ter algum recalque, algum tipo de neurose. Fiquei mais de 7 anos na UFF e vivi uma vida de cão na faculdade. Estou livre disso e vou viver das migalhas dos poucos pios que me ouvem. Espero algum dia que esses poucos pios tenham descendência abraâmica: que eles sejam tão numerosos quanto as estrelas do Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2019.

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