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sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Da importância dos jogos de estratégia para a alta cultura

1) Passei o dia inteiro refazendo algumas das notas que costumo fazer sobre os jogos que costumo jogar - principalmente os da série Civilization, mais especificamente o Civilization V, onde toda semana aprendo alguma coisa nova, quando baixo alguma modificação nova para o jogo.

2.1) À medida que vou ganhando experiência - seja por meio de leituras, seja por meio dessas modificações que baixo -, eu tendo a reescrever os artigos, a ponto de ficarem cada vez mais completos.

2.2.1) Eu posso dizer, por experiência própria, que meu trabalho é melhor do que essas análises que são publicadas em revistas de jogos especializadas ou mesmo nesses manuais produzidos pela Prima Games.

2.2.2) Sempre tive uma relação muito intelectualizada com os jogos dessa série. Eu costumo ter um diário para registrar o que aprendo desse jogo. O que vou descobrindo, eu vou registrando. Com o tempo, vou integrando umas coisas que descobri nesse jogo a outras coisas que descobri em outros. Além do cruzamento de dados, estou sempre lendo livros de História de modo a ver de que forma os registros do passado inspiraram os criadores a fazer o que fizeram.

2.2.3.1) Isso amplia muito a minha imaginação, a ponto de trazer o que vi para a realidade, para melhor compreender os problemas brasileiros. Não é à toa que essas notas que faço nos bastidores da atividade intelectual que faço no facebook sempre que me inspiram a escrever o que escrevo. É mais ou menos aquilo que o Rodrigo Gurgel fala em ler como se fosse escritor, pois eu jogo como se fosse um game designer.

2.2.3.2) Essa relação intelectualizada com os jogos é que faz com que eu redescubra o senso de belo. Tudo o que devo fazer é me dedicar a isso e evitar me informar sobre as picuinhas que decorrem da política, pois nada de bom sai desse Congresso.

2.2.4.1) Infelizmente, não tenho como discutir essas coisas belas que descubro nos jogos com ninguém.

2.2.4.2) As comunidades de fãs estão cheias de gado confinado - eles não participam do processo criativo, pois estão lá só para se divertir. Por isso mesmo, não contribuem em nada para uma boa discussão, do mesmo modo como em nada colaboram para a comunidade em que estão inseridos, como bons proletários que são. É cada postagem imbecil que postam que me faz com que eu acabe deixando essas comunidades, mais dia ou menos dia.

2.2.4.3) É por essas e outras que prefiro ficar sozinho contemplando e estudando essas coisas belas. Se pudesse compartilhá-las com quem compreende, seria ganho sobre a incerteza, certamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2019.

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