1) Se o nacionalismo fixa as suas fronteiras com base nos limites naturais, no determinismo geográfico, no materialismo físico e econômico, a verdade é que esse determinismo é falso. A literatura nacionalista, que se consiste em tomar o país produtor de alta cultura como se fosse religião, será o equivalente do marxismo cultural, pois os erros decorrentes de se tomar o país como se fosse religião serão distribuídos e universalizados através das traduções das obras para outros idiomas. Enfim, a fé metastática decorrente de se tomar o país como fosse religião se espalhará pelo mundo e infectará o tecido universal quando o falso for tomado como se fosse coisa, como se fosse verdade, já que as demais células sadias serão infectadas por uma célula doente, originalmente infectada pela mentalidade revolucionária, decorrente da Revolução Francesa.
2) O nacionismo, ao tomar o país como um lar, não se contenta só com as fronteiras físicas, mas com as fronteiras espirituais, que se limitam até o ponto em que Cristo pode ser ouvido e compreendido muito bem.
3) O espaço geográfico que serve a um povo pode servir a outro povo, no processo de se tomar a terra como um lar, já que a minha casa também é casa do meu irmão. Através da prestação do serviço, povos serão aproximados e as culturas se dialogarão até surgir um patrimônio comum, onde as diferenças serão substituídas pelas semelhanças - e é neste ponto que se dá o verdadeiro caráter da integração dos povos. Esse processo se dá de baixo pra cima e não de cima para baixo, como está se dando na Europa - e esse processo leva muitas gerações e necessita da presença permanente do Filho do Altíssimo, de modo a que esse processo se complete.
4) A literatura nacionista, por se universal, pede relatos de histórias de permanente serviço a Cristo e de experiências que nos levem à conformidade com o todo que vem de Deus. Quanto mais universal for a literatura de um país, mais nacionista e influente o país será, pois o exemplo de uma nação fortalecerá o exemplo de outra nação, se as circunstâncias locais forem levadas em conta, o que se permite aprimorar e fortalecer a experiência a uma teoria geral, pois virtude chama virtude, dando causa a um poderoso processo de capitalização moral.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 7 de março de 2015 (data da postagem original)
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