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sábado, 28 de março de 2015

Balanço de uma conversa que tive com o Professor Olavo de Carvalho

1) Eu levei muito a sério o que professor Olavo de Carvalho​ fala sobre dominar a linguagem.

2) Levei tão a sério o que mestre falou e cheguei à conclusão de aquele negócio de "pagador de impostos" que o Constantino tanto fala não pode ser levado a sério. 

3) Em primeiro lugar, o Constantino é conservantista, se contarmos os liberais como uma das facetas do movimento revolucionário, já que eles edificam liberdade para o nada. 

4) Em verdade, chamar gente com o Rodrigo Constantino de "liberal" é até atentatório contra a conformidade com o Todo que se dá em Deus - para gente como ele, o termo correto é "libertário", dado que eles conservam o conveniente e dissociado da verdade, já que eles buscam se libertar da liberdade em Cristo, uma liberdade com responsabilidade fundada na lei natural, que se dá na carne.

5) É por essas razões que eu prefiro o termo liberal usado por Leddihn, aquele que entende que liberal defende a liberdade em Cristo conservando a aquilo que decorre de Sua dor e morte de cruz, causa de uma civilização inteira. Liberdade fora disso, sem Cristo, é liberdade para o nada - e nesse ponto, Constantino é conservantista, como já falei.

6) A palavra "payer" em português tem três contextos: pagador, pagante e prestador.

7)  Se eu prezo a liberdade em Cristo e a aliança entre o altar e o trono que se edificou desde Ourique, por força da missão que Cristo Crucificado nos deu através de D. Afonso Henriques, nosso primeiro rei, então ser um pagador, me sacrificar pelo bem de minha nação, que deve ser tomada como se um lar, é um sacrifício que vale muito a pena, pois nela encontro a liberdade em Cristo.

8) Se sou pagador, sou também pagante, pois pago para que em troca o governo, que jurou servir a mim e a meu povo em Cristo, honre o compromisso assumido em Ourique, que é servir a Cristo nestas terras distantes.

9) O Janine Ribeiro fala que o povo tem o dever de respeitar as leis e o governo não. Para isso, temos prestadores impostos, os que pagam impostos por força de lei e não sabem a razão das coisas.

10) Tudo isso leva a país tomado como se fosse religião. E nacionalidade é o produto decorrente disso. Pasquale Mancini dizia que a nação é a mônada racional da ciência e que ela deve ser tomada como se fosse uma segunda religião (a ponto de esmagar a primeira). 

11) Enfim, não quero nação nenhuma tomada como se fosse religião, nem como primeira, tal como se dá no comunismo, e nem como segunda, tal como se dá no nacionalismo desse zé povinho que vive a pedir intervenção militar e a puxar o saco dos militares.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2015 (data da postagem original).

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