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sexta-feira, 20 de março de 2015

Comentários sobre a nefasta prática dos sebos de vender livro a metro


1) Os sebos agora estão adotando uma nova técnica comercial: livro a metro.

2) Se uma estante tem quatro prateleiras, eles organizam os livros nas prateleiras, sem se importar com o conteúdo - e o preço se faz por prateleira. Os mais sacanas podem misturar no meio da obra completa do Mário Ferreira dos Santos os três volumes do Capital, de Marx. Se você pagar 150 reais por essa prateleira, isso é comprar merda perfumada. Trata-se de um tipo de venda casada, coisa ilegal no Brasil.

3) O objetivo é vender livros para decoração de escritórios.

4) Como aqui no Brasil as pessoas não lêem, mas só sabem fazer pose e afetação de que leram um monte de livros, então muitos aderem a esse negócio, de modo a impressionar o cliente, de modo a mostrar o que não são.

5) Esse é o típico negócio que prejudica a liberdade de escolha do consumidor. E isso é um atentado à cultura, já que os livros estão sendo tratados como se fossem banana na feira. Isso devia ser proibido. Se eu fosse vereador, eu iria propor um projeto de lei, de modo a acabar com essa prática na minha cidade - isso é uma palhaçada sem tamanho. Trata-se de liberdade para o nada, já que o fim é vazio e só alimenta a vaidade alheia.

6) Os únicos que vão conservar este tipo de coisa, por ser conveniente e dissociada da verdade, são os libertários. Afinal, eles não são a nova esquerda? Eles são os maiores defensores da venda casada, prática comercial imoral, que fere a liberdade de escolha do cliente.

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