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segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Mais uma nota sobre distributivismo

1) Estava aqui pensando na clássica distinção entre gênero e espécie, segundo Aristóteles, e acabei percebendo que, por distribuição, um indivíduo que se deu por inteiro por todos nós se tornou espécie. E essa espécie, com a ação do tempo, se torna gênero, pois se funda no fato de que esse indivíduo é especial, já que é o caminho, a verdade e a vida - e foi o próprio Deus quem disse que devíamos ouvi-lo, pois é o filho muito amado.

2) As pessoas tendem a pensar gênero e espécie de maneira rigidamente separada, com base em reducionismos cientificistas modernos, coisa própria dos biólogos. Mas, para a Deus, essa fusão não é impossível.

3) A questão da fusão que se dá por distribuição, em que o indivíduo, o próprio Jesus, se torna espécie com a dor e morte na Cruz, e se torna gênero por força de a verdade se impor por si mesma, confirma a teoria dos círculos concêntricos e a própria noção de subsidiariedade.

4) A maior crítica que fazem ao distributivismo é em apenas uma parte, sem se levar em conta o sistema - eles fazem essa crítica como se estivessem dissecando um cadáver ou estudando natureza morta. Mas não enxergam que essa parte deve ser vista trabalhando conjuntamente com todos esses outros elementos que apontei no artigo anterior, pois o Todo é maior que a soma das partes. E esse sistema é orgânico, vivo - se você amputar uma parte, o todo morre, como ocorre com os indivíduos, quando se corta a cabeça de alguém.

5) Não é à toa que é uma doutrina social. É doutrina porque se funda na verdade, pois Cristo é a verdade e nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus - e é social porque a sociedade é um sistema vivo e organizado. Enfim, o que se escreveu foi só o aperfeiçoamento de dogmas que já existiam antes, Nada de novo há - o que se fez foi a renovação das coisas, do jeito como elas são.

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