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quarta-feira, 13 de março de 2024

Notas sobre a semana muçulmana de trabalho, seguida de comentários sobre o que houve em Portugal na Época da Reconquista em contraste com o que acontece na modernidade

1) No Bahrein, como em todo país regido pelo Alcorão, a semana de trabalho vai de domingo à quinta, dado que sexta-feira é o dia sagrado deles e o sábado é dia de descanso, tal como ocorre com os judeus.

3.1) Já há um movimento internacional para reduzir a semana de trabalho para 4 dias úteis - a ponto de anunciar isto como se ito fosse uma grande novidade. Mas não passa de uma mera propaganda enganosa, pois isto não é novidade do ponto de vista histórico: durante a Época da Reconquista, quando Portugal teve judeus, muçulmanos e cristãos convivendo juntos no mesmo território, a semana de trabalho comum a todos ia de segunda a quinta. Quem fosse muçulmano tinha o seu dia direito de folga na sexta e no sábado; o judeu, podia guardar o seu sábado e o cristão podia guardar o seu domingo.

3.2) Conforme os judeus e os muçulmanos fossem convertidos aos cristianismo, esses dias eram mantidos como dias a mais de descanso de modo que todos dessem mais às suas famílias, além de servir como um lembrete de que houve um tempo em que os membros das três maiores religiões entraram num diálogo civil e religioso de tal forma que se percebeu que Cristo é mesmo o caminho, a verdade e a vida, a ponto de a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus ser o melhor caminho para todos (este é o ecumenismo proposto pela Igreja Católica, pois o ecumenismo dos progressistas se funda no fato de que todas as religiões são boas, o que é falso).

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de março de 2024 (data da postagem original).

Como é o troco numa economia multimoedas? O caso do Bahrein

1.1) No Bahrein, meu irmão foi a uma loja e comprou um produto nela. Ele pagou por esse produto na moeda local, que é o Dinar do Bahrein, moeda esta que vale cinco vezes mais que o dólar. O troco foi dado no Dirham dos Emirados Árabes Unidos, que vale um décimo do valor da moeda local.

1.2) No Bahrein, eles aceitam três moedas como pagamento: dólar, a moeda local e esse Dirham dos Emirados Árabes.

2.1) Num ambiente econômico onde se aplicam as regras direito do consumidor, se o pagamento se deu em dólar, o troco deve ser dado em dólar, por conta do princípio do tanto por tanto, pois se A for dado em troco na falta de B, a cotação da moeda dativa, se for desfavorável, pode lesar quem a recebe de troco a ponto de isso ser considerado imprevisão ou contrato leonino.

2.2) Num ambiente econômico pautado no direito civil, onde as partes se conhecem e podem discutir livremente as cláusulas do contrato, dar o troco como instrumento de dação em pagamento é perfeitamente válido, pois aqui vale o princípio da liberdade e da boa-fé objetiva dos contratantes. E dada a natureza reservada desse mundo, o direito público deve proteger a ordem social fundada na confiança, uma vez que as relações tendem a ser relaões de família, uma que vez se pautam no princípio da pessoalidade dos contrantes (o princípio do know your client).

3) Esta experiência que ele teve, ele nos contou pelo telefone, numa conversa de família.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de março de 2024 (data da postagem original).

terça-feira, 12 de março de 2024

Notas de experiência decorrentes das minhas investigações - 12/03/2024

1) Recebi do meu colega Silas Feitosa um comentário sobre a importância de se rastrear as idéias que você pensa de modo a saber a origem do seus pensamentos, pois antes de você pensar o que você pensa, alguém já pensou por você antes.

2) Antes de receber este comentario, alguns dias antes, eu vi que alguém compartilhou uma fala do Olavo sobre o poder de influência de uma doutrina revolucionária - quanto mais essa idéia se dlui no senso comum, mais poderosa ela se torna. É isto que torna o marixsmo cultural tão nefasto.

3) Alguns dias depois de receber o comentário do Silas, eu recebi uma postagem da comunidade La Leyenda Negra, que discute história da América Espanhola, a respeito de um escritor peruano que influenciou o pensamento dos iluministas e que era até mesmo amigo deles. O nome dele era Inca Garcilaso de la Vega.

4) Tomando por base todos estes dados, traduzi para o português a postagem que trata desse escritor peruano que foi predecessor dos iluministas e relacionei-a à fala do Olavo e ao comentário do Silas.

5) Enfim, fiz um trabalho formidável nesta seara. Amanhã, quando estiver refeito do cansaço, traduzo este texto para o polonês, para os meus amigos poloneses.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de março de 2024 (data da postagem original). 

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Sobre o Inca Garcilaso de la Vega [1], mentor intelectual das idéias revolucionárias do pensamento iluminista

1) As utopias políticas europeias foram forjadas a partir da leitura de La Florida del Inca e os Comentarios Reales de los Incas. Neste sentido, reconstruir a forma como o Inca Garcilaso de la Vega foi lido no Ocidente nos permite fundamentar uma perspectiva diferente para o futuro da América.

2) Aos 21 anos, o filho do capitão Garcilaso de la Vega e da princesa inca Isabel Chimpu Ocllo viaja para Madrid para reivindicar terras. A sua pretensão não logra êxito nas cortes de Madrid e ele é obrigado a dedicar-se aos estudos. Ele aprendeu latim, francês, italiano; alistou-se nas forças de Filipe II e participou das campanhas da Itália; passou traduz a traduzir textos profissionalmente e se tornou o primeiro tradutor nascido no continente americano.

3) Ele traduziu do latim para as línguas indígenas da América a obra de um dos maiores poetas do Renascimento, Léon Hebreo, autor dos Diálogos do Amor. Esta obra fez com que Garcilaso se tornasse conhecido na Europa, mas ele continuou recebendo, em Montilla (Andaluzia), informações dos chamados peruleros, aqueles que lutaram nas campanhas peruanas, nas guerras civis, sejam eles conquistadores vitoriosos ou os vencidos derrotados que regressavam à Espanha. Foi assim que conheceu Gonzalo Silvestre, que havia participado da campanha do Peru, do Caribe e da conquista da Flórida. Escreveu então uma obra que ficaria famosa: La Florida, mais conhecida como La Florida del Inca, que é a versão que recolheu de Gonzalo Silvestre e Hernando de Soto sobre a conquista daquele território. Uma primeira edição de La Florida apareceu em 1604. A partir daí começaram as traduções para francês, italiano, inglês, alemão e holandês. Entre os séculos XVII e XVIII, foram publicadas cerca de vinte edições, algo absolutamente inédito para um autor americano.

4) No final do século XVI, Garcilaso começou a escrever os Comentários Reais, sua obra mais famosa, em duas partes: aquela conhecida como Comentários Reais, a história dos Incas; e a segunda, mais conhecida como História Geral do Peru, que trata da Conquista, das guerras civis e de como os espanhóis ocuparam o antigo Peru, concluindo com a derrota do último foco de resistência inca, liderado por Túpac Amaru (1576), 44 anos após a captura de Atahualpa.

5.1) Por que Garcilaso escreve esta história? O que o leva a se tornar um historiador? Ele tinha esta necessidade compulsiva de contar sua versão da história? Há uma razão ética e uma razão política. Garcilaso conta que, por volta de 1560, o vice-rei Toledo - uma espécie de tecnocrata enviado ao Peru pela Coroa para estabelecer a nova ordem colonial - condena à morte o último Inca, Túpac Amaru, que era primo de Garcilaso por parte de sua mãe Isabel. O resistente Inca foi derrotado ao reinar em um grande território, que conseguiu preservar em Vilcabamba, ao sul de Cusco. O Padre De las Casas, consultado em Madrid, aconselhou que este território fosse reconhecido como Estado autónomo no imenso Vice-Reino do Peru. No entanto, Toledo utilizou uma justificação política para argumentar que os herdeiros dos Incas - estamos a falar de 44 anos após a conquista - não tinham direito à propriedade nem à liberdade individual, facto grave porque aos Incas sobreviventes foi precisamente dado o direito de restituição.

5.2) Começou-se, então, um debate jurídico-moral que deveria demonstrar que os incas eram "opressores" e os espanhóis "libertadores". Era necessária uma justificativa histórica e Toledo encontrará dois historiadores que farão o trabalho: um é Diego Fernández, o palestino; e o outro, um historiador da moda na Europa, Francisco de Gómara. Eis aí que surge para Garcilaso a necessidade de fazer seus próprios “comentários sobre a realidade” - ele acredita que é necessário explicar à Espanha, à América e à Europa que os Incas não pertenciam a reinos de bárbaros, mas de gentios; que não eram pessoas sem desenvolvimento, mas sim que tinham uma civilização. Garcilaso não teve escolha senão recorrer à cultura e à história para derrotar a política da espada e do arcabuz. Ele decidiu escrever os Comentários Reais, não porque fossem monárquicos, mas porque eram verdadeiros, para retificar os historiadores pagos que já haviam começado a professar na Europa a versão de uma América canibal, idólatra, despótica e opressora.

6) Impulsionado por uma preocupação ética e política, Garcilaso assumiu o nome de Inca Garcilaso de la Vega, recuperando assim um título de sua tradição materna e um nome de brilho literário pertencente a seu ancestral paterno. Tal como aconteceu com La Florida, uma série de traduções é novamente produzida. Na Biblioteca Nacional de Paris, uma das mais completas bibliografias americanas, o Catálogo Raisonné sobre a América e as Filipinas, elaborado em 1867, lista vinte versões em francês, inglês, alemão, italiano, holandês e até latim. A influência de Garcilaso é excepcional, especialmente entre um público ávido por reformas, modernização e novos modelos.

7) Nestes comentários, Garcilaso fala sobre comunidades agrárias, como a batata foi domesticada, como foram feitas as ligas metálicas, como eram feitas construções ciclópicas, assim como eram construídas as estradas e pontes. Mas o que tem maior impacto no imaginário político da Europa refere-se à organização coletivista da sociedade. A organização decimal (um chefe para cada dez, cem ou mil famílias), a distribuição da terra como propriedade coletiva, a distribuição dos excedentes - que hoje chamamos de redistribuição -, o controle da natalidade. Tudo isto mostra, na Europa, que existem outras formas de conceber a relação do homem com a política, a natureza e o poder. Ou seja, Garcilaso encarna subitamente a alteridade, o diferente. Esta alteridade promoverá a influência do seu trabalho nos pensadores europeus - o que ensejará o nascimento da mentalidade revolucionária.

Garcilaso traduzido

1) Edições e traduções de sua obra circularam amplamente pela Europa. Em 1744 foi publicado em francês, em dois pequenos volumes, lidos por Voltaire, Diderot, D'Alembert e o Barão de Holbach, entre outros. Há um exemplar com notas de rodapé assinadas por Godin, Feuillée, Pifon, Frezier, Margrave, Gage, La Condamine, ou seja, os filósofos viajantes do século XVIII.

2) Ele também deixou sua marca no livro de Campanella, A Cidade do Sol, publicado em 1623. Naquela época, os Comentários Reais e La Florida já haviam sido publicados. Campanella não os leu em traduções, mas diretamente do espanhol. A Cidade do Sol tem analogias com o tecido urbano de Cusco, embora não seja explicitamente mencionada.

3) São dois personagens que despertam o interesse dos escritores da época: Pachacutek (o exotismo do nome soava estranho), “o reformador do mundo”, como o chamava Garcilaso; e o Inca Yupanqui, organizador do nascimento. Para os europeus do século XVI, isto era algo impensável. Aliás, esse interesse pela natalidade, pela regulação social, está presente em quase todos os textos do gênero utópico.

Utopías racionalistas

1) Garcilaso deixou marcas em outro grande pensador, Francis Bacon. Como essa influência afeta o autor de The New Atlantis, publicado em 1627? O que é a Nova Atlântida? O oceano Pacífico. Em Bacon, é interessante tudo o que significa a revolução epistemológica com o aparecimento da América. Conhecer uma nova geografia constitui conhecer outra humanidade, novas plantas, novos animais, novos fenómenos; tivemos que repensar o mundo.

2) Outro leitor importante é Morelly, o primeiro ecologista, fundador do chamado socialismo utópico: foi um líder intelectual de pensadores, o que digo da Natureza. Leia os dois volumes de 1744 e assimile as ideias de Garcilaso. O seu objetivo era fazer um primeiro tratado sobre o Estado, a sociedade e o meio ambiente: uma tese sobre como o homem deveria se relacionar com a natureza, ajudá-la a reproduzir-se e não lutar contra ela.

3) Outro autor, em cujos escritos se nota a presença do Inca, é Louis Mercier, que publicou em Londres em 1772 o livro antecipatório O Ano 2440. O passado coletivista da América serviu de referência para a utopia que se propunha alcançar.

Os iluministas

1) Montesquieu, por sua vez, em seu tratado O Espírito das Leis, utiliza o Inca para se referir ao direito das gentes e defender sua tese sobre o desenvolvimento desigual: nem todos os povos têm um desenvolvimento linear e progressivo; Cada cidade tem seu próprio estilo e ritmo. Diderot lê o Inca para escrever com Abbe Raynal o volume III da História Filosófica e Moral das Índias. Naqueles anos também escreveu uma biografia do peruano Pablo de Olavide (1) para La Enciclopédia.

2) Num caso muito simbólico, Voltaire lê o Inca e La Araucana de Alonso de Ercilla. Sua informação americana é muito grande e ele, que frequentava os salões das ilustres damas da França, fez com que lessem os Comentários. Tive a oportunidade de visitar a biblioteca de Voltaire, na pequena cidade de Ferney, na fronteira entre a França e a Suíça. Perto está Genebra (Voltaire viveu lá por razões práticas: se fosse perseguido, iria para Genebra, um estado independente e secular, e depois regressaria). Em sua biblioteca pude ler suas anotações, nas quais ele mencionava a quem dava cada livro para ler, e depois verificava-se como esses livros aparecem nas obras dos visitantes recebidos por Voltaire.

3) Entre eles, a ilustre Madame de Graficny. Ela sabia o quão excitante era a filosofia e como os filósofos eram. Leu muito e escreveu um romance: Les lettres d'une péruvienne. Conta-se uma história de bravura que se esconde por trás do pretexto americano para filtrar uma filosofia liberal. Outra autora muito influenciada por Voltaire, e de quem leu os Comentários, é Madame Olimpe de Gouges, que publica La Colombiada, peça sobre Colombo. Em ambos os casos, os autores mencionam o Inca no final da página, reconhecendo sua ligação.

4) O romance filosófico ou histórico de Marmontel, Os Incas ou a Destruição do Império do Peru, baseia-se em fontes de dois autores: Bartolomé de las Casas e Inca Garcilaso. Conta a história do chefe asteca Orozimbo, que foge do México após a Conquista, e chega a Cajamarca para contar a Atahualpa sobre a queda do império asteca e pedir ajuda urgente. Junto com seus emissários ele conta como mataram suas mulheres e queimaram a cidade de Tenochtitlán. Dizem que Atahualpa chorou de raiva naquela noite. A obra de Marmontel – um romance com viés histórico – fez muito sucesso e mereceu inúmeras edições.

Debates da modernidade

1) Garcilaso também influenciou os debates da Revolução Francesa. No dia 22 Floreal (8º ano da Revolução), o Abade Gregorio presta homenagem a Bartolomé de las Casas e aí é evocado o Inca Garcilaso. É assim que o Inca é introduzido no debate da Revolução. O que o Inca teve que fazer na Revolução Francesa? A questão era muito simples: havia uma corrente que era a favor da coletivização da terra, a posição mais vanguardista, e tomava como modelo o coletivismo agrário exposto pelo Inca Garcilaso, que Moro invocou em 1516. A outra posição, burguês moderno, defendia a propriedade privada, falava de produtividade, “cada um na sua”. Um dos grupos que mais se agarrou às propostas do Inca aludiu ao direito de todos à posse da terra, a mãe comum, ou seja, retomou a ideia da Mãe-Terra, a Pachamama.

2) A Academia de Lyon promoveu um concurso em plena revolução. O concurso teve o significativo título de "Contribuição da América para a felicidade da raça humana". É muito importante ver neste continuum que vai de Thomas More e Mártir de Anglería à Revolução Francesa, passando pelo Inca Garcilaso, como a América encarnou as utopias da liberdade e experimentou a melhoria da condição humana. Uma imagem de fora que cativou a Europa. Mas esta imagem também não está completamente desatualizada em relação ao seu objeto original. Na sua história e tradição, na América reside uma alteridade política e cultural: um campo aberto à inovação e à experimentação social e política, plenamente válido hoje, se olharmos cuidadosamente para a forma como surgem formas alternativas em diferentes países para enfrentar as armadilhas da dominação.

Edgar Montiel

Notas

[1] Escritor peruano que foi expulso do Peru por volta de 1760. Na Espanha demonstrou suas habilidades como administrador, mas foi expulso novamente anos depois por causa de seu liberalismo esclarecido e refugiou-se na França. Amigo de Diderot, Voltaire (com quem se correspondia), Marmontel, Raynal e Olavide. que foram todos eles leitores do Inca Garcilaso. Quando lhes perguntavam sobre o Peru, estes diziam: "Leiam Inca Garcilaso".

Fonte:

https://www.librosperuanos.com/autores/articulo/00000000529/La-influencia-en-el-pensamiento-de-la-ilustracionLa-genealogia-del-Inca-Garcilaso?fbclid=IwAR1zkMJVz06DV7VIzQQyRELvEdlBeWXOyaupKWSxtLcYQOW7NHARB9BVixE

Nova Espanha como epicentro da primeira globalização - sobre a feira de Acapulco



A feira de Acapulco era o local onde as mercadorias do Galeão costumavam ser vendidas quando este chegava à América. Era “a feira mais famosa do mundo” - escreveu o viajante prussiano Alexander von Humboldt, a respeito deste mercado.

Era um lugar único: os produtos da América do Norte, da América do Sul, da Ásia e da Europa eram reunidos neste mercado. Os negócios foram fechados sem abrir as cargas descarregadas - e nesse ambiente havia uma cultura de honestidade e confiança generalizada entre os consumidores e os prestadores de serviço - por conta desse ambiente de boa-fé objetiva, acordo de cavalheiros eram feitos sistematicamente.

A integridade e honestidade destes comerciantes chamou a atenção dos viajantes europeus que passaram pela feira. Estes transmitiram sua surpresa em seus escritos ao ver como o comércio entre as terras da América e das Filipinas, distantes mais de três mil léguas uma da outra, era realizado com justa retidão e até com mais honestidade do que aquele que ocorria entre nações vizinhas do Velho Mundo.

A título de curiosidade, a grande árvore que aparece na imagem é real e existe até hoje - o Galeão costumava ser amarrado a ela por meio de cordas.

Fonte: 

https://www.facebook.com/escritorrafa.codesrico/posts/pfbid02u98UwhKbC1gFW4XnRjE4ogsJvcrN7ox9DAkJotXnX5tx5G68yfzZ93csyZ3ZNWrel

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LA FERIA DE ACAPULCO: Nueva España, epicentro de la primera globalización

La Feria de Acapulco: el primer mercado a escala global del mundo

La feria de Acapulco era el lugar donde se vendía la mercancía del Galeón a su llegada a América, “La feria más renombrada del mundo” escribía el viajero prusiano Alexander von Humboldt acerca de este mercado.

Era un lugar único: la América del Norte y la del Sur, Asia y Europa, se daban cita en Acapulco.

Los tratos se cerraban sin apenas abrir los fardos desembarcados, plenamente confiado en la buena fe del hombre al que había estrechado la mano. Era pacto de caballeros. La integridad de estos comerciantes llamaba la atención de los viajeros europeos que presenciaban la feria. Estos se asombrarán en sus escritos de cómo el comercio entre las tierras de América y Filipinas, distantes más de tres mil leguas unas de otras, se realizaba con ajustada rectitud, y aun con más honradez que el que tenía lugar entre naciones vecinas de la Vieja Europa.

Como curiosidad, el gran árbol que aparece en la imagen es real, y a él se amarraba mediante sogas el Galeón.

Fuente:

https://www.facebook.com/escritorrafa.codesrico/posts/pfbid02u98UwhKbC1gFW4XnRjE4ogsJvcrN7ox9DAkJotXnX5tx5G68yfzZ93csyZ3ZNWrel

 

Silas Feitosa o terminologii języka politycznego przyjętej przez media tradycyjne w debatach publicznych

Terminologia języka politycznego używana przez wyszkolone media to głupota bez poczucia proporcji – skrajnie prawicowy, radykalny, ekstremistyczny itp. Służy jedynie do etykietowania wrogów i oszukiwania opinii publicznej, sprawiając, że jednych lubią, a innych nienawidzą. Właściwie to nic nie znaczy. Każdy, kto nie chce poznać prawdy, jest skazany na naśladowanie idiotyzmu tych ludzi, ponieważ mają oni mimetyczne pragnienie tego.

Facebook, 11 marca 2024.

Źródło:

https://www.facebook.com/SilasFeitosa22/posts/pfbid026HsbP7m6Rju8A8GnDqVY8ZXUto3XkqvHvH1Gym7Wq6AvSYXLvpgV92ipNN376ZFpl