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sábado, 25 de setembro de 2021

Se boa música tem relação com a verdade, com a ordem e com justiça, então a má música só pavimenta o caminho para a decadência civilizacional - crônicas do meu tempo de estudante de Direito

1) Durante meu tempo de UFF, meus colegas foram para o playground de um dos prédios próximos à faculdade, pois lá morava um dos meus colegas de faculdade, e eles organizaram um churrasco por lá. E como não podia faltar, tocaram funk no último volume. Enquanto as meninas dançavam aquela dança pornográfica, a letra da música tinha um verso que era mais ou menos assim: "lá na Zona Sul o pessoal come sereia, enquanto o pessoal da Zona Norte come mulher feia...". 

2.1) Como pode vir algo de bom daí, da discriminação de pessoas por conta do lugar onde se mora? E como nego ainda pode achar isso divertido? Eu sou da Zona Oeste do Rio de Janeiro - para o pai do Homer Simpson, aquilo é um lugar esquecido por Deus, que nem conta na geografia da cidade.

2.2) É dentro dessa lógica que divide o mundo entre eleitos e condenados, onde o forte não pode unir-se ao fraco, que são formados os futuros operadores do Direito no Brasil - e ainda chamam isso de "cultura do vencedor". Não é à toa que acabam cedendo ao mal, ao que se conserva de conveniente e dissociado da verdade, tanto é que acabam semeando injustiça e corrupção em todos os cargos que ocupam, ao longo de suas medíocres carreiras jurídicas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2021 (data da postagem original).

Sobre o sentido denotativo e conotativo da expressão "república de bananas"

1) A rigor, as repúblicas da América Central são repúblicas bananeiras - nelas, a economia que norteia a organização política desses países se funda na produção e exportação de bananas. Este é o sentido preciso da expressão, pois nela vemos uma economia de sobrevivência, o que reflete muito a marca de um regime autoritário, despótico que há nesses países, que não dá muita liberdade aos habitantes de estabelecerem atividades mais bem organizadas, de forma a criar uma economia ainda mais complexa, de tal modo que o país ganhe mais dinheiro agregando valor ao produto exportado.

2) Há ainda um um sentido conotativo para esta expressão. Quando a elite política do país é composta de pessoas sem muita fibra moral, que tem medo de dizer o que realmente pensam, que só sabem conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, nós temos uma república de bananas. E no final, esta casa será uma casa de noca, onde ninguém manda. 

3.1) Em muitos casos, na história de muitos povos, o sentido conotativo coincidiu com o sentido denotativo da expressão, já que nessas repúblicas bananeiras sempre imperou o despotismo. 

3.2) Nos tempos atuais, países cuja economia não é centrada na banana, como a América de hoje, são governados por bananas, por homens que não honram o legado das gerações anteriores, sobretudo o dos Founding Fathers da América. No final, aquele país cairá por conta da péssima qualidade de seus homens públicos, visto que eles não têm virtude nenhuma - por isso, não podem estar ocupando o lugar de destaque, o qual deveria ser dado aos mais cultos e talentosos daquela sociedade, já que estes foram relegados a um papel de segundo plano, o mesmo que foi dado aos cristãos durante o tempo das perseguições: o de viverem nas catacumbas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2021 (data da postagem original).

Aforismo pós-11 de setembro (vinte anos depois)

1) Dizem que a América é viciada em petróleo. Daqui a pouco, muitos confundirão o chá do Texas com o chá de Santo Daime. Ao beberem desse chá viciante, todos ficarão loucos por dinheiro a ponto de fazer disso sinal de salvação, já que tudo na América se reduz a isto, a precisamente isto. No final, todos estarão condenados à danação eterna.

2) Se nada mais é mais liberal do que um conservador no poder, a ponto de fazer um glorioso Império definhar numa república de bananas, tal como aconteceu com o Brasil no século XIX, então, nestes tempos atuais, nada é mais democrata do que um republicano no poder, sobretudo quando este é neocon, como é o Bush filho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre a sinergia honeygain, adf.ly e outras ferramentas que conheço (ou notas sobre a passagem do ócio para o não-ócio, a ponto de fazer disso um plano de negócio)

1.1) Quando escutei a propaganda do honeygain pela primeira vez no Sidão do Game, este dizia que eu não precisava fazer nada. Na verdade, eu preciso fazer alguma coisa, sim - preciso fazer esse dinheiro chamar mais ainda dinheiro para mim. E para isso, preciso criar uma cadeia de referidos no Brasil de modo que outras pessoas passem a comprar com o Méliuz, uma vez que toda compra que um referido fizer com o Méliuz ou com as lojas parceiras da Méliuz eu recebo R$ 30,00 - e se eu acumular bastante dinheiro por causa disso, eu passo a comprar dólares. 

1.2) Essa cadeia de referidos pode ser construída por meio do adf.ly - e as campanhas para o Brasil lá são baratas, pois o custo por milhar é de sessenta centavos de dólar. É dessa forma que passo da fase do não fazer nada para a fase do não-ócio, a ponto de fazer alguma coisa organizada com o dinheiro recebido., pois enquanto a maioria opta por consumir, eu opto por fazer esse dinheiro render.  

2.1) Com os dólares que vou comprar com o dinheiro que vai ser ganho na Méliuz, eu comprarei livros nos EUA. Eu digitalizarei esses livros e começo a fazer anúncio desses infoprodutos no adf.ly para os Estados Unidos, Canadá, Austrália e Reino Unido. Começarei onde o custo por milhar for mais barato de modo a atrair mais gente para o infoproduto.

2.2) Assim, por meio do payhip, consigo uma fonte que me pague em dólar diretamente - e ela é muito bem-vinda neste momento, pois dessa forma eu fujo dos cambistas, evitando assim a necessidade de converter real em dólar, quando tiver de importar algum produto dos EUA novamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de setembro de 2021 (data da postagem original).

sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Da loja como uma catedral do consumo e do preço alto como gárgula - notas sobre alegorias econômicas

1.1) Lembro-me do tempo em que jogava Ultima Online, quando fazia um título escriturado de mercadorias no banco - os chamados commodity deeds, títulos esses que eram abençoados pelo banqueiro, que era também o padre da paróquia. 

1.2.1) Quando recorria aos serviços da autoridade bancária, bens volumosos e em grande quantidade, cujo transporte era difícil e até perigoso de ser feito pelas estradas do reino, visto que havia monstros e criminosos ao longo do caminho, podiam agora ser mais facilmente transportados por conta dos princípios da portabilidade e cartularidade inerentes aos títulos de crédito, uma vez que esses títulos representavam, de maneira abstrata, a prova concreta de que havia uma quantidade relevante de mercadorias depositadas no armazém da cidade, esperando alguém interessado investir nesses bens acumulados de modo a estabelecer uma atividade econômica organizada na cidade e aprimorar a liberdade de muitos, dando assim uma justa ocupação a tudo o que foi feito até então. 

1.2.2) Transportar essas commodities na forma de títulos de crédito, ao portador oferecia mais segurança para mim, durante minha passagem entre uma cidade e outra, já que eu tinha um instrumento mais portátil, mais prático, de modo a transportar cargas volumosas e pesadas, a ponto de estas se tornarem economicamente relevantes, fazendo com que o extravio dessas mesmas cargas constituísse um fato juridicamente relevante, um verdadeiro prejuízo econômico, por conta do alto risco do empreendimento. Por isso, a bênção do padre faz com que eu me santifique através desse trabalho de nodo a atrair novos investidores para a cidade, contribuindo assim para o desenvolvimento da cidade, a ponto de aprimorar a liberdade de muitos - e nesta missão em Cristo fundada, eu me arrisco enquanto mercador e desse trabalho eu não me arrependo, posto que não é pecado.

2.1) Como os produtos ficavam no armazém local da minha cidade de origem, eles acabavam sendo usados no desenvolvimento da economia local, a ponto de gerar uma economia cada vez mais complexa, pois o comprador do título se tornava um novo investidor para a economia da cidade, já que ele iria transformar aquela riqueza acumulada em uma nova atividade econômica organizada - e isso é um mecanismo de protecionismo educador, o que fomentava liberdade concreta, pois o vendedor e comprador cooperavam com o bem comum de toda uma localidade, favorecendo assim o desenvolvimento de toda a Cristandade, a ponto de tornar o mundo mais seguro. 

2.2) Afinal, minha cidade ainda controlava os meios de produção de sua própria riqueza sem depender das outras - por isso, ela podia produzir mercadorias em grande quantidade de modo a atrair investidores interessados a ponto de trabalhar nelas de modo a favorecer o desenvolvimento da própria cidade, de uma maneira mais protecionista.

3.1) No mundo atual, os preços altos dos produtos numa loja constituem um verdadeiro gárgula, visto que elas se tornaram catedrais de consumo - e a função dos gárgulas é afastar os que são movidos pelo desejo de consumo irrefreável, do atendimento de suas necessidades desordenadas a qualquer preço. Como essas pessoas só enxergam aparência e tendem a preferir os bens do presente aos bens do futuro, já que são tão gulosos quanto Chronos, então elas não mais voltarão à loja, ao verem os altos preços das coisas e serem incapazes de pechinchar, já que são cheias de si até o desprezo de Deus

3.2) Se você usar um cupom de desconto, que é um seguro abençoado contra a usura do vendedor, que é o gárgula que afasta os maus compradores, então você consegue comprar um produto com preço justo. E o preço justo é o preço que faz com que o consumidor e o vendedor passem a ter uma relação de lealdade um para com o outro, a ponto de o Cristo-príncipe sempre atender as necessidades do Cristo-mendigo, já que as coisas foram muito além das aparências do gárgula, que afugentou os que vinham à loja de uma maneira consumista. 

3.3.1) É preciso que enxerguemos as coisas muito além das aparências. 

3.3.2) O Paypal disparou uma flecha que um dia vai se voltar contra ela mesma enquanto empresa, visto que ela atua como se fosse uma máfia, pois ela está controlando a emissão desses cupons, a ponto de se tornarem bens escassos. E por conta de fomentar comunismo, ela terminará perdendo credibilidade social quando se trata de fomentar negócios, pois está fomentando comunismo como um instrumento de modo a conseguir monopólio econômico - o que é um crime, além de ser uma busca por uma vantagem contrária à lei natural, em Deus fundada.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2021 (data da postagem original).

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Postagens relacionadas:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/09/a-verdade-sobre-o-paypal-enquanto.html

A verdade sobre o paypal, enquanto programa de proteção aos consumidores

1) O Paypal tem se assumido um programa de proteção ao consumidor - ele surgiu como um acessório criado de modo a seguir a sorte de seu principal, o Ebay. Com o tempo, tornou-se uma empresa autônoma, em relação ao Ebay.

2) Por conta de servir a confiança dos consumidores e comerciantes, isso acabou criando uma moeda fiduciária virtual privada, a ponto de ser aceita como meio de pagamento em diferentes estabelecimentos comerciais.

3) Como servir confiança é promover a liberdade de escolha como forma de alavancar o desenvolvimento econômico e social de uma nação a ponto de estimular uma maior integração entre as pessoas, fazendo estas serem cada vez mais responsáveis e fiéis umas com as outras - o que torna a relação de confiança uma relação produtiva -, então é natural que o Paypal acabe se tornando um banco de fomento ao consumo. E bancos, até onde sei, podem oferecer seguros - a maior prova disso é o que paypal tem oferecido eventuais cupons de desconto aos seus clientes todos os meses, ao fim de cada mês, o que constitui um verdadeiro seguro contra a usura dos maus comerciantes, a ponto de protegê-los contra a lesão, fazendo com que o preço fique mais justo para o consumidor, resolvendo assim a crise do contrato, decorrente do uso dos contratos de massa, criando assim uma relação trilateral de comércio.

4.1) O problema desses seguros de consumo é que eles são dados maneira graciosa, eventual, a ponto de serem considerados recursos escassos - se eles fossem dados de maneira recorrente, isso acabaria consolidando de vez a doutrina do preço justo da Igreja Católica, a ponto de acabar com a chamada ética protestante e com seu famigerado subproduto: o senso de fazer da riqueza sinal de salvação (aquilo que Marx chamou de capitalismo e que na verdade se chama crematística, tal como foi apontado e condenado por Aristóteles em sua Ética a Nicômaco). 

4.2) Essas empresas, até onde sei, elas operam contra os valores da Igreja e contra o senso de se conservar a dor de Cristo na sociedade a ponto de isso se tornar tradição política, já que a verdade decorrente do sacrifício derradeiro na Cruz é o fundamento da liberdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2021 (data da postagem original).

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Postagem relacionada:

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domingo, 12 de setembro de 2021

Plínio Salgado e o futuro do Brasil


"Tenho combatido a enfermidade social que depaupera e aniquila a nacionalidade brasileira. Agora mais do que nunca vendo o Brasil cercado pela desordem que impera nas Repúblicas Hispano-Americanas. (...)

Acende-se em meu espírito a consciência que esteve viva no Primeiro e no Segundo Império quando os nossos estadistas tiveram a noção das responsabilidades do Brasil pela manutenção da ordem no continente. Naqueles tempos, ameaçados pela ditadura de Rosas na Argentina, de Uribe no Uruguai e de López no Paraguai, soubemos resistir e defender-nos (...)

Nos dias correntes um perigo maior surge em nosso hemisfério, a vitória do comunismo no Chile. (...)

Urge, pois, preparar-nos como nos gloriosos tempos do Império para resistir qualquer agressão; esse preparo está na formação de uma consciência nacional de nossa destinação histórica no desempenho de liderança da América do Sul."

Plínio Salgado

Fonte: http://fumacrom.com/27X4g

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2021 (data da postagem original).