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quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Comentários a uma fala do Augusto Nunes

1) Augusto Nunes disse, n'Os Pingos dos Is de hoje, que Chico Buarque é um grande compositor e, ao mesmo tempo, uma besta quadrada em matéria de política.

2) Eu lembro que alguém, certa ocasião, fez uma postagem aqui no facebook dizendo mais ou menos o seguinte: "Quando Sócrates consultou o Oráculo de Delfos, ele ficou espantado com a afirmação do Oráculo de que ele era realmente um sábio. Intrigado com isso, ele começou a conversar com os artífices. Ele logo percebeu que eles eram muito bons em sua arte, mas eram verdadeiras bestas quadradas em todo tipo de assunto que fugisse à sua competência, como, por exemplo, matéria de política".

3.1) À luz desta postagem exposta, o Chico não passa de um artífice que prepara o caminho para os sofistas, os políticos ligados à mentalidade revolucionária.

3.2) Se falar bem é uma arte, então falar bem sobre qualquer coisa, ainda que conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, pode levar as pessoas a um beco sem saída, quando o assunto é decidir os rumos da polis - eis porque os sofistas eram os alvos das críticas de Sócrates.

3.3) O professor Olavo aponta também que ele não era o autor das músicas que compunha, pois muitas dessas obras foram obras encomendadas (corrijam-me, caso esteja errado). Certa ocasião, já vi alguém dizendo que os livros escritos por Chico são uma bela de uma porcaria. Eu precisaria ler os livros dele para poder ver se essa afirmação procede, mas fica o registro daquilo que ouvi.

4.1) Em todo o caso. se ele usa a arte de bem dizer as coisas em forma de música a serviço da ideologia, então ele é uma forma muito pior de sofista - ele é um intelectual orgânico que fomenta uma cultura revolucionária.

4.2) Não é preciso que as coisas sejam feitas, a ponto de ser um operário em constante construção - tudo o que é preciso é ser um burguês e fazer da riqueza um instrumento a serviço do salvacionismo revolucionário. Basta encomendar uma obra cuja autoria será atribuída a ele, o que é desonestidade intelectual, já que a pessoa não coloca a melhor parte do seu ser em diálogo com o seu ouvinte/leitor onisciente.

4.3) Não é à toa que isso e picaretagem intelectual são quase sempre sinônimos nesta terra.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de agosto de 2018.

terça-feira, 31 de julho de 2018

Sobre o potencial de fazer engenharia reversa num livro de Wordsworth Donisthorpe

Um livro que sinto que devo ler, e fazer uma engenharia reversa nele, é o Individualismo: um sistema de política, de Wordsworth Donisthorpe. Ele era um liberal radical, um anarquista, tão revolucionário quanto é o comunista. Destaco algumas coisas que precisam ser evitadas:

1) Individualismo não é individualidade. Não se pode fazer do homem, enquanto indivíduo, a medida de todas as coisas. Afinal, ele não é Deus, mas criatura que encontra sua razão de ser vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Eu tenho horror ao individualismo porque ele semeia má consciência nas pessoas, a tal ponto que faz o maior número possível de pessoas inflarem sistematicamente o seu amor de si até o desprezo de Deus. No final das coisas, relativizarão tudo o que é de mais sagrado, a ponto de servirem liberdade com fins vazios, ao conservarem de maneira sistemática o que é conveniente e dissociado da verdade, ficando à esquerda do Pai, ainda que se digam de direita, nominalmente falando.

3.1) Como cada indivíduo é único, o indivíduo é insubstituível. Como indivíduos são seres mortais, então é preciso que haja sucessores de modo a dar continuidade às vocações fundadas nas individualidades mais nobres, a ponto de se prolongarem no tempo. Neste ponto, a individualidade admite tradição - se Jesus é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, então tudo o que devemos fazer é imitá-Lo.

3.2) Numa sociedade onde tudo é fundado no amor de si até o desprezo de Deus, indivíduos são trocados uns pelos outros, a partir do momento em que o liberal busca usar a sociedade de modo a colher o maior número de benefícios possível. E isso é violação ao princípio da não-traição, pois usar e descartar o seu semelhante é uma forma de agressão, pois é uma grave ofensa a Cristo.

3.3) A noção de sistema tende a uma gnose, uma vez que você tende a reduzir os indivíduos às suas ações ou omissões úteis, fazendo com que sejam usados, trocados e descartados de modo a se colher ao máximo de benefício possível - e isso é escravidão. E isso é a morte do próprio sistema, uma vez que ele tende a se fechar em si mesmo, a ponto de negar a dignidade humana que é devida a um indivíduo que é especial, uma vez que para os egoístas Deus está morto. E isso é tão verdade que são incapazes de ver Cristo nos outros.

4.1) Eis no que dá a liberdade sem verdade. Uma tirania completa.

4.2) Quando meditei sobre isso, usei elementos de Santo Agostinho e dados da realidade histórica, de modo a retirar a gnose típica dos liberais. Eis aí porque vejo que o esforço de fazer engenharia reversa desse pensamento é válido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de julho de 2018.

Postagem relacionada: 

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/da-individualidade-como-um-dado-da.html

Comentários sobre uma postagem do meu colega Haroldo Monteiro

Por definição, só é uma realidade política aquilo que é simbolizado e entra em tensão no cosmion político. O Morticínio de brasileiros ainda Não Foi Simbolizado até hoje, mas o "assassínio" de gays já foi, a defesa pela "liberdade" das mulheres já foi e etc. Por isso que há hipersensibilidade para essas questões e total indiferença para com aquelas! Uma vez simbolizado, seja uma realidade ou não, o símbolo passa a ser uma realidade política, que entra no cenário da luta política, que nas suas profundidades, não passa de uma luta entre símbolos de realidade!

Haroldo Monteiro

Facebook, 29 de julho de 2018.

https://web.facebook.com/harolalm/posts/2288062821218988

1) Meu colega Haroldo Monteiro mencionou que o símbolo conta muito em política.

2) A ideologia de gênero e outros assuntos do gayzismo são levados fortemente em conta por que já foram inculcados na imaginação das pessoas, a ponto de atuar no simbólico.

3.1) O assassinato de 70 mil brasileiros por ano nunca é levado em conta, até porque o ser brasileiro está todo permeado por falsa história, construída a base de mentiras, principalmente no fato de que o Brasil foi colônia de Portugal. O mal dos revolucionários se expande porque o que é bom, fundado em Ourique, está ausente no imaginário da pátria.

3.2) Para que isto tenha relevância política, esta questão (o que é ser brasileiro?) precisa estar no imaginário da pátria. E naturalmente isto implica tomar o país como um lar em Cristo por força de Ourique.

3.3) Como brasileiro é aquele que extrai pau-brasil - cuja tinta é usada pela nobreza, sobretudo no cardinalato, que tem o dever defender aquilo que custou o sangue dos mártires-, então isto é causa de nobreza, de virtude. Outra aplicação do pau-brasil é que ele é muito usado na confecção de violinos, essenciais para a música clássica, coisa que aponta para o Céu, por ser elemento de alta cultura.

4) Enfim, se o pau-brasil não for visto como uma ibirarama, uma árvore nova e promissora, então ele será visto como uma ibirapuera, uma árvore velha e superada, a ponto de que merece ser destruída. Ou o Brasil acaba com a saúva comunista neste aspecto ou a saúva comunista acaba com o Brasil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de julho e 2018.

Sobre a natureza liberal (revolucionária) do voto em branco

1) Há quem diga que não votar é menos pior do que mal votar.

2) Que eu saiba, malminorismo é conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Não votar é indício de neutralidade - indica que a pessoa não apóia nenhum lado, nem o certo - fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus -, nem o errado - o qual faz tudo estar no Estado a ponto de nada poder estar fora dele ou contra ele. E não se opor ao erro é aprová-lo - tanto é verdade que o lugar mais quente do Inferno está reservado a quem se manteve neutro em tempos de crise.

3.1) Nos tempos antigos, os que se mantinham neutros numa guerra civil eram os primeiros a serem mortos, por força de alta traição.

3.2) Se a amizade é a a base da sociedade política, então é insensatez ser indiferente ao fato de que se deve escolher ser amigo de Deus ou amigo do demônio. E a indiferença revela predileção tácita pelo demônio, o inimigo de Deus.

4) Onde a conformidade com o Todo que de Deus é a base da sociedade, votar em branco indica escolher liberdade fora da verdade, uma opção revolucionária. Isso é passar um cheque em branco para o demônio. Além disso, isto é um atestado de que você é incapaz de decidir naquilo que é grave, o que é um ato de apatria.

5) Assim como há uma guerra entre Deus e o diabo, há uma guerra na cidade dos homens, pois as coisas da Terra estão ligadas àquilo que decorre do Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de julho de 2018.

Da Individualidade como um dado da política - o caso dos que têm duas ou mais nacionalidades

1.1) Um indivíduo é aquele que não pode ser dividido em dois.

1.2) Logo, quem tem duas ou mais nacionalidades não pode ser dividido em dois ou três, uma vez que ser brasileiro, português e italiano fazem parte do ser, da essência daquela pessoa, a tal ponto que ela colaborará com estas três sociedades criando as pontes necessárias de modo que esses países sejam tomados como um mesmo lar em Cristo.

1.3) E por essa razão, ser proletário não é uma opção para este tipo de pessoa - ela precisa ser um exemplo para todos os outros, não importa onde esteja, já que está servindo a Cristo em terras distantes. Afinal, a quem muito foi dado muito lhe será cobrado - e o fato de ter duas ou três nacionalidades é um indício de que tem muita responsabilidade nas suas costas, a ponto de fazer disso uma cruz cujo madeiro é de chumbo.

2) Esta circunstância pessoal conta muito em política - e isso afeta quem está ao seu redor, seja se possui a mesma circunstância que a dele ou não. Se houver vários indivíduos assim, a ponto de formar uma comunidade votante, um colégio eleitoral, então essa circunstância sistematicamente distribuída se torna um sistema de política. Mas essa individualidade não pode se tornar individualismo, a ponto de o amor de si falar mais alto e assim desprezar Deus.

3.1) Esta pessoa não pode se submeter a uma cultura totalitária, onde o Estado tomado como se fosse religião exigirá que ele renuncie a algo que decorre da sua personalidade, daquilo que é próprio do direito de sangue ou de família.

3.2) Afinal, quem toma os países como um mesmo lar em Cristo buscará construir as pontes necessárias de modo que todas as comunidades da qual é cidadão em comum se beneficiem dessa circunstância pessoal, particular - e isso é uma espécie de distributivismo, pois ele morre para si de modo a beneficiar dois ou três povos, quando atua na política, uma vez que para ele a política é uma atividade ainda mais complexa por força desse dom que Deus lhe deu, que é tomar vários países como um mesmo lar em Cristo - e por isso ele precisa ser muito mais virtuoso, a ponto de ser um santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 julho de 2018 (data da postagem original).

Postagem relacionada:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2018/07/sobre-o-potencial-de-fazer-engenharia.html

Lembrança da infância

1) Quando eu era pequeno, costumavam passar propagandas do governo incentivando o uso de camisinhas de modo que as pessoas não peguem AIDS.

2) Quando fazia frio, eu pedia à minha mãe uma camisinha para eu não pegar AIDS. Eu entendia literalmente, pois não sabia que AIDS era uma doença sexualmente transmissível - achava que se pegava essa doença da mesma forma que uma gripe.

3.1) Na época não havia faixa indicativa de idade para assistir à propaganda. Mesmo que tivessem, acho que a forma mais saudável de se prevenir esta doença é não assistindo TV e buscar a vida em santidade - e a castidade é parte da santidade.

3.2) É como se quisessem dar mais bebida de modo a se tratar o alcoolismo. Isso sem falar que é parte da estratégia revolucionária promover a promiscuidade, fazendo as pessoas pecarem sistematicamente pela fornicação, a ponto de perderem sistematicamente a amizade com Deus, já que a finalidade do sexo está sendo servida com fins pervertidos, a ponto de estar fora da conformidade com o Todo que vem de Deus. A fornicação pode não ser o mais grave dos pecados, mas muitos vão para o inferno por força de não confessá-lo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de julho de 2018.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Notas sobre a relação entre voto facultativo e proletarização geral da sociedade

1.1) O voto facultativo é um indício de que a sociedade está proletarizada, pois o proletário em nada contribui para a sociedade política, uma vez que não toma o país como um lar em Cristo, por ser indiferente a isso (e isso se dá porque ele é ateu ou mora numa sociedade onde o protestantismo é a fé dominante da sociedade, o que leva inexoravelmente todos à perda da conformidade com o Todo que vem de Deus, a ponto de deixarem de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que é a verdade em pessoa).

1.2) Se o indivíduo descrê na política como a mais alta e mais nobre das atividades humanas, então ele vai se dedicar ao divertimento. Quando não há nada na sociedade a não ser os divertimentos, então esta sociedade está irremediavelmente perdida.

2.1) Os que tomam o país como se fosse religião nunca vão deixar de votar.

2.2) A única forma de detê-los é elevar sistematicamente as almas dos que tomam o país como um lar em Cristo e evangelizar todos aqueles que estão a se manter neutros em tempos de crise (no caso, os que estão condenados a serem proletários, por força de um demiurgo que dividiu o mundo entre eleitos e condenados).

3) A partir do momento em que o catolicismo se torna a fé dominante da nação, votar se torna uma obrigação moral - e uma obrigação conseqüentemente legal, pois é mecanismo de legitima defesa em face das ações nefastas dos revolucionários, uma vez que faz com que os amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento sejam solidários e se unam de modo a fazer com que os honestos ocupem os espaços nas câmaras legislativas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de julho de 2018.