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segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Por que prefiro o latim eclesiástico?

1) Entre a pronúncia eclesiástica e a pronúncia reconstituída do latim, eu prefiro a primeira opção porque a comunidade falante realmente existe - trata-se da comunidade dos príncipes da Igreja que falam latim e que celebram missa tridentina nessa língua. Isto é a prova cabal de que a língua não está morta - ela está restrita ao uso dos melhores homens que imitam a Cristo, a ponto de torná-la sinônimo de compromisso com a excelência, língua de ciência.

2.1) A pronúncia reconstituída do latim me soa artificial - afinal, como vamos saber se o latim de pronúncia reconstituída é realmente o latim falado na época de Júlio César, Octavio, Cícero, Trajano, Marco Aurélio e outras figuras históricas que viveram na época em que Roma era um império pagão que perseguia os cristãos?

2.2.1) Além disso, Roma teve muitos séculos de história - é natural que o latim tenha evoluído, a ponto de o latim da época de Tarquínio, o soberbo não ser o mesmo latim da época em houve as guerras púnicas ou o mesmo latim da época em que César mandava e desmandava em Roma.

2.2.2) Por isso, quando vejo alguém aconselhar o uso da pronúncia reconstituída, eu já vejo que o sujeito é picareta, pois não há comunidade viva que fale latim de pronúncia reconstituída.

3.1) Se o latim aprimora a inteligência, então o melhor método de se aprender a língua é amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) Mesmo que você não queira ser sacerdote, a experiência de aprender a língua da Igreja é uma honra muito grande, um verdadeiro privilégio. E ela deve ser ensinada por alguém que seja a santidade em pessoa.

3.3) Quando aprendi polonês, eu aprendi com o padre de minha paróquia - além de excelente sacerdote, ele nasceu na Polônia e foi ordenado por D. Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia. E isto foi uma graça recebida. Quando for aprender latim, que seja dessa forma: por um padre santo. Aqui no Rio, eu não conheço nenhum padre irlandês - se conhecesse um, eu aprendia inglês com ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2019.

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