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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Notas sobre a palavra comércio

1) A palavra "comércio" decorre da junção de duas palavras: comunhão e mercê, da qual vem a palavra "mercadoria".

2) De comunhão vem as palavras comum e comunidade. E a base da comunidade é a comunhão, é a reunião de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Mercê é favor. Numa sociedade onde Cristo é a base de tudo, as pessoas estabelecem uma cultura de confiança onde umas prestam favores às outras, pois nela há uma constante relação de crédito e débito.
3.2) Uma das formas de se prestar um favor é produzindo mercadorias de tal maneira que um mercador sirva à comunidade dos que agem tal como o Cristo necessitado. Daí nasce o emprego como uma esmola e o salário dado de forma liberal, dado que as pessoas são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo de modo que o empregado enxergue na figura do empregador um santo que o estimula a santificar-se através do trabalho na oficina, criando mercadorias para serem vendidas.

3.3) É pela prestação de serviços, é pela comunhão de bens e serviços que se constrói um bem comum de modo que as pessoas tomem o país como um lar em Cristo, a ponto de o maior número de pessoas possível ir para a pátria definitiva, que se dá no Céu. É pela prestação de serviço que as pessoas se associam de modo a criar um projeto em comum, de tal modo que o Santo Nome de Deus seja publicado entre as nações mais estranhas. Eis a sociedade.

3.4) Desse modo, fica provada a relação entre comércio e governo, o que é essencial para a construção do chamado Estado-mercado no âmbito institucional e civilizatório.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019.

Notas sobre ciência e arte popular

1.1) Povo é o conjunto de pessoas, não de indivíduos.

1.2.1) Pessoas que tomam o país como um lar em Cristo são as que se santificam através do trabalho, pois são chamadas a servirem a Deus e ao próximo dentro daquilo que de melhor são capazes de fazer.

1.2.2) O conjunto de pessoas que se associam de modo a fazer com que uma determinada comunidade seja tomada como um lar em Cristo e passe a ter uma razão para viver seu destino histórico e ser alguma coisa neste mundo de lágrimas se chama povo. E esse povo é de Deus, pois ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.1) Quando o povo de Deus de uma determinada região geográfica encontra uma razão de ser fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem para servir a Ele em terras distantes, nós temos uma nação.

2.2) Enquanto ela servir a Cristo nesse fundamento, ela manterá seu senso de nacionidade íntegro, uma vez que esta é a verdadeira ontologia das coisas.

3.1) O ser humano não é um mero corpo biológico. Por isso, as famílias humanas não são como as famílias na biologia.

3.2) Pessoas virtuosas decorrem de famílias virtuosas, de uma pequena comunidade de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de fazerem da formação de uma família uma vocação para a salvação de muitos. Esta é a base para a vida em comunidade e em sociedade.

3.3) Se uma pessoa é capaz de provar o sabor das coisas a ponto de ficar com o que é conveniente e sensato, então a verdadeira ciência popular está na reunião de todos esses saberes provados e conservados de maneira conveniente e sensata e que estão dispersos em cada família.

3.4) Se há uma ciência popular, então há uma arte popular fundada na aplicação dessas verdades conhecidas e obedecidas de modo a fazerem com que as pessoas não esqueçam sistematicamente o que não pode ser esquecido e que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.5) Se a verdadeira ciência se dá na reunião do conhecimento disperso em sociedade, então o melhor lugar para encontrá-lo é num ambiente onde as pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento possam trocar suas experiências umas com as outras. Por isso mesmo, num ambiente de mercado, que é onde a troca serve ao bem comum.

3.6) Se é no mercado onde encontramos o povo, então o artista sempre estará no mercado para mostrar a sua arte, lembrando ao povo o que não pode ser esquecido, pois isso leva ao belo, à conformidade com o Todo que vem de Deus.


4.1) A Ciência e a Arte Popular não têm nenhuma relação com a ciência de laboratório, que é acadêmica que é fundada no conservantismo, uma vez que Cristo foi jogado de lado.

4.2) A ciência de laboratório atual virou pseudociência e se tornou até hiperciência, dado que está fabricando monstros em laboratório, tal como o professor Loryel Rocha demonstrou, pois desde a Revolução Francesa não há uma definição de homem entre nós, uma vez que tudo se tornou relativo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019 (data da postagem original).

Do nacionismo como ciência e como arte

1.1) Ciência, segundo São Paulo Apóstolo, implica provar o sabor de tudo e ficar com o que é conveniente e sensato.

1.2.1) Arte implica aplicar o que é conhecido até onde for necessário ser aplicado, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

1.2.2) Quando não se tem um conhecimento definitivo acerca do que deve ser aplicado, você precisa ter liberdade para aplicar as coisas de modo a provar o verdadeiro valor delas, a ponto de se ter o conhecimento do que deve ser conservado de maneira conveniente e sensata, uma vez que é em Cristo se funda tal propósito.

2.1) Toda disciplina de estudo tem um elemento de ciência e um elemento de arte.

2.2) Por isso mesmo, o senso de tomar o país como um lar em Cristo leva em conta as verdades conhecidas pelas gerações anteriores de pessoas de uma família que ama e rejeita as mesmas coisas que você, tendo por Cristo fundamento e na conformidade com o Todo que vem de Deus. O maior desafio hoje é aplicar o que se conhece num mundo cada vez mais relativista, que vive cada vez mais buscando liberdade sem Cristo a ponto de edificar liberdade com fins vazios, o que levará a ruína de todos os homens, por meio da dissolução das famílias.

3.1) De todos os seres deste planeta, nenhum deles é como o ser humano. Aristóteles está corretíssimo ao definir o homem como o animal que erra - ele foi feito à imagem e semelhança de Deus, mas acabou se afastando da conformidade com o Todo que vem de Seu Criador por força do pecado original, o que contaminou toda a descendência.

3.2.1) O homem, enquanto animal que erra, só é livre se em Cristo ele se reconciliar com o seu criador, que é Deus - e enquanto progride na sua busca pelo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é o verdadeiro Santo Graal, ele vai conservando o que é conveniente e sensato.

3.2.2) Quanto mais verdades conhecidas, mais verdades obedecidas, a ponto de gerar um senso de responsabilidade entre as diferentes gerações no planeta - e isso leva ao despertar sistemático das consciências, a ponto de gerar uma cultura cristocêntrica, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem como a medida de todas as coisas.

3.2.3) Se essas responsabilidades forem ensinadas, sistematicamente distribuídas a todas as pessoas que buscam de maneira sincera o saber, isso vai acabar gerando uma cultura solidarista, a ponto de fazer da amizade a base da sociedade política, pois somente aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento são dignas de tomarem o país como um lar em Cristo. a ponto de servirem de modelos de como ser um bom cidadão nesta terra, fazendo a cidade dos homens espelhar a Jerusalém celeste. Eis a gênese da nobreza e de todo principado, enquanto evolução da República.

4.1.1) O senso de responsabilidade - enquanto chamado sistemático das pessoas à conformidade com o Todo que vem de Deus, à santidade - leva à vocação e ao apostolado.

4.1.2) Todo trabalho deve ser feito de modo a servir ao próximo, esteja ele em contigüidade geográfica ou não. O conceito de próximo é tão elástico que abrange até mesmo os que ainda não nasceram. Por isso, todo trabalho deve promover o Reinado Social de Cristo Rei de modo que o Santo Nome de Nosso Senhor seja promovido entre as nações mais estranhas.

4.1.3) Pelo fato de o homem dizer sim a esta missão salvífica, ele se torna uma pessoa, uma vez que ele só é livre quando ele ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que o homem é criatura e não criador.

5.1) É um engano pensar que o homem tem um fim em si mesmo, uma vez que que ele não é Deus - e por não ser Deus ele não tem onipresença, onisciência e onipotência.

5.2) Quando a pessoa é reduzida a indivíduo, ela é rebaixada ao mesmo nível de todos os outros animais da biosfera, que só tem existência material. Nega-se, portanto, a prerrogativa que Deus deu ao homem, que é a dominar todos os animais da terra e do mar, tal como está na narrativa da gênese da criaçao do mundo por Deus. Por isso mesmo, isso leva ao igualitarismo e faz a liberdade ser servida com fins vazios, a ponto de advogarem os direitos dos animais como se fossem direitos humanos. Trata-se de um movimento duplo: tanto de rebaixamento do homem quanto da elevação dos animais àquilo que é próprio do homem: a primazia da criação.

5.3.1) Em ciência moral, a pessoa é o dado irredutível; na biologia, é o indivíduo - por isso mesmo são categorias ontológicas distintas. 

5.3.2) Em biologia, o indivíduo é a base para se estudar as espécies de seres que habitam este planeta, pois é se estudando as demais características dos seres, tanto fisiológicas quanto comportamentais, que chegamos a ter um conhecimento acerca da vida deste planeta, a ponto de ter algum conhecimento instrumental acerca do assunto. Em ciência moral, o conceito de pessoa leva sempre em consideração a definição antropológica de homem enquanto animal que erra - por isso, a verdadeira liberdade deve ser sempre lastreada de responsabilidade, fundada na imitação sistemática do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que deu pleno cumprimento à Lei Mosaica.

5.3.3) Quando se adota a definição do homem enquanto animal que mente, a moral se torna instrumental, utilitária, e o homem é classificado como um corpo biológico. Eis aí a confusão de tudo, o que acaba servindo liberdade com fins vazios - e isso leva à perda do senso das proporções.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2019 (data da postagem original).

quarta-feira, 17 de abril de 2019

Notas sobre capitalização e outros temas relacionados

1) Como empreendedor nas letras, meu tempo é precioso, seja escrevendo, seja digitalizando livros. Ainda que meu tempo não esteja sendo monetizando, ele tem valor, uma vez que estou santificando a mim mesmo e a muitos com o meu trabalho.

2,1) É por força disso que estou pensando em seriamente fazer com que as pessoas marquem hora para falar comigo.

2.2) Se é assunto relativo ao trabalho que faço, a pessoa pode falar comigo sem problema. Não é preciso marcar hora. Como é assunto produtivo, não cobrarei nada da pessoa.

2.3.1) Agora, se a pessoa quiser falar comigo sobre futebol, sobre vida íntima e outros assuntos improdutivos, aí vai ter que marcar hora comigo. Cobrarei dezesseis pela hora marcada, a título de compensação (a pessoa está me tirando do trabalho para discutirmos assuntos improdutivos). É o que farei com as criaturas dos EUA que ficam a torrar meu saco.

2.3.2) Quinze reais e cinqüenta centavos é quanto vale meu homem-hora, admitindo que eu tenha cem mil reais em todos os 28 aniversários da poupança. Não importa o que eu faça - o valor do meu homem-hora é este, pois o banco no momento está pagando R$ 3,72 a cada mil reais poupados. Ainda que não tenha esse dinheiro na poupança, ajo como se tivesse. Faço isso de forma pedagógica, pois o meu tempo tem valor e não pode ser tomado com coisas fúteis.

3.1.1) Se todas as pessoas tivessem o hábito de poupar, a ponto de cada uma ter esse montante na poupança, então seria perfeitamente sensato apurar um seguro de vida tendo por base o valor objteivo dessa pessoa viva, só pelo fato de estar viva, cuidando da família e das coisas de Deus.

3.1.2) Se uma pessoa jovem, no alto dos seus 25 anos, tivesse cem mil reais em cada um dos 28 aniversários da poupança, o homem-hora dessa pessoa valeria quinze reais e cinqüenta centavos, objetivamente. O valor da vida dela seria apurado até os 80 anos - para cada 24 horas de vida vivida, 372 por dia. 372 x 365 são R$ 135.780,00/ano - como restam 55 anos de vida, o valor do seguro seria de R$ 7.467.900,00 (quase 7,5 milhões de reais - esse é o valor do seguro de vida dessa pessoa, objetivamente falando).

3.1.3) Se essa pessoa for assassinada por motivo fútil ou torpe, o responsável por sua morte será obrigado a ressarcir à família da vítima nesse valor, havendo condenação criminal por esse crime, já transitada em julgado. Mesmo que a pessoa seja rica, ela deve pagar a indenização trabalhando na prisão - e só sairá de lá até pagar o último centavo, uma vez que trabalho é um dos efeitos da pena - e o trabalho como pena faz a pessoa se santificar, a ponto de trocar o velho homem pelo novo, a ponto de viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1.4) Uma vez paga a indenização, será apurado se a pessoa que cometeu tal crime realmente se arrependeu e pediu perdão pelos seus pecados - é preciso que as penitenciárias sejam lugares de conversão, assim como de santificação através do trabalho. Se houver arrependimento, a pessoa tem direito a um livramento condicional e passa por um período de prova de cinco de anos. Se ela tiver vivido uma vida limpa, sem cometer crime algum, ela estará livre; se o assassino não se arrepender de seus crimes, pena capital, posto que esta pessoa não merece viver, por ser uma ameaça à sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.   

Do potencial do google tradutor para entender os livros que estão em outra língua que não o português

1) Durante os meus anos de faculdade, eu tomei contato com um livro cujas citações estavam todas em latim e que não haviam sido traduzidas. Trata-se do livro O Positivismo Jurídico, de Norberto Bobbio. Li-o no primeiro período, quando fazia Introdução ao Estudo do Direito. Quando estava prestes a me formar, minha mãe recebeu um voucher, o qual só podia ser gasto apenas nas livrarias da cidade do Rio de Janeiro. Uma dessas livrarias era a Martins Fontes. Fui lá no Centro e comprei o livro.

2) Tempos depois, em 2011, eu ganhei a câmera com a qual trabalho até hoje. Ainda não digitalizei esse livro, por falta de oportunidade. Entre 2011 e 2019, surgiu o Google Tradutor e evoluí na técnica de digitalização. Posso finalmente traduzir as citações que estão no latim de modo que possa ler o livro e compreendê-lo em sua inteireza, uma vez que não tive latim na faculdade.

3.1) Aliás, graças ao Google Tradutor eu posso traduzir os livros que estão em outra língua que não o português. Basta digitalizar o livro, verter o texto para o português e meditar sobre o que está sendo dito. Estou fazendo isso com uma gramática de língua polonesa - assim, eu posso aprender polonês com mais facilidade.

3.2) O maior desafio será conseguir dinheiro para comprar livros na Europa, mas posso convencer os meus pares que se encontram na Europa a colaborarem comigo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.

Fugindo das conversas inúteis e das ocasiões de pecado

1) Estava eu no gmail checando minha correspondência quando de repente me aparece uma americana querendo falar comigo. Perguntou-me se eu era casado e se tinha filhos. Disse-lhe que não. Ela se disse viúva, que não tinha filhos e que morava em Oklahoma.

2) Um pouco antes de tentar me ligar, eu havia deixado o gmail para poder me dedicar ao Civilization V, já que faz muito tempo que eu não jogo. Ela tentou me ligar e não estava conseguindo falar comigo. Como não conseguiu, acabou me bloqueando.

3.1) É o que dá quando você toma a iniciativa para falar comigo. Geralmente quem toma a iniciativa vai tomar meu precioso tempo com assuntos inúteis - se a pessoa for dos EUA, é certo que vai me pedir dinheiro.

3.2) Por isso que não deixo ninguém tomar a iniciativa para falar comigo, pois sei que vou perder meu tempo precioso, que poderia ser investido jogando ou escrevendo. Sinto-me profundamente incomodado quando a pessoa me chama para uma conversa e fico até de má vontade em responder porque sei que a conversa será improdutiva.

3.3) Eis uma dia que eu dou: se deseja ser por mim respeitado, é mais sensato que marque hora para poder falar comigo. Meus pais podem falar comigo quando quiserem, pois emergência na família tem prioridade. Meu tempo é valioso e não vou perdê-lo com conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2019.

terça-feira, 16 de abril de 2019

Notas sobre a relação entre moeda fiduciária, santificação através do trabalho e a forma pela qual você percorre o caminho das honras numa sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento

1.1) Estava meditando sobre a relação entre moeda fiduciária e a forma como você percorre o caminho das honras.

1.2) Quanto mais alto na hierarquia você chega, mais a sua moeda será valorizada, uma vez que você está servindo em confiança dos que acreditam em você, de a obter financiamento necessário para poder oferecer serviços melhores ou a mais gente ainda.
 
1.3.1) Por isso mesmo, trata-se de sacrifício - você deve morrer para si mesmo de modo que você tenha mais ganho sobre a incerteza. Assim, você poderá trocar seu serviço em prol dos outros por serviço que vise ao atendimento de suas necessidades pessoais ou em prol de sua família.

1.3.2) Este é o fundamento pelo qual você deve se santificar através do trabalho, seja como político, seja em qualquer outro trabalho, por mais básico e humilde que ele seja. Essa moeda fiduciária pode ser virtual, pois ela pode estar simbolizada na forma de um trabalho, como o trabalho escrito por um escritor.

1.3.3) Por isso que é possível pagar com trabalho aquilo que não poder ser pago com moeda - e isso cria fungibilidade a algo que é infungível, o que permite uma possível negociação, o que leva as pessoas a viverem sempre juntas, cooperando umas com as outras, o que é essencial para se tomar o país como um lar em Cristo.

2.1) Isso tem profunda relação com a vocação - o melhor trabalho de uma pessoa torna-se para ser usada para se conseguir o apoio de outras, o que fomenta a integração entre as pessoas.

2.2) Se o melhor trabalho se funda na vocação, onde colaboro para o bem comum com as minhas habilidades, então esse valor é objetivo, porque se funda na verdade, nunca no amor de si até o desprezo de Deus. Afinal, se estou me revestindo de Cristo, então devo me santificar através do trabalho, de tal modo que minhas mãos, e não meus lábios, estejam em constante oração.

2.3.1) A liberdade de emitir moeda, de servir confiança, não pode ser servida com fins vazios, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação.

2.3.2) A emissão de moeda nessa direção deve feita pelas pessoas mais honradas de forma a patrocinar o trabalho dos pequenos e dos que estão sob sua proteção e autoridade, tal como um mecenato.

3.1) Quando uma riqueza se torna o símbolo de excelência de uma determinada localidade, a ponto de ser motivo de orgulho e de honra de uma comunidade inteira, então ela se torna o lastro de toda a comunidade, o ponto de referência para se medir os outros trabalhos.

3.2.1) De todas as riquezas que o país já teve, nenhuma delas foi tão valiosa quanto o pau-brasil.

3.2.2) Ele ajudou a edificar alta cultura, a tal ponto de haver uma marca de excelência entre nós, uma marca de nacionalidade, cuja espécie decorre do gênero português, fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

3.2.3) Isso tem mais valor do que o ouro, pois o pau-brasil é uma árvore. Ele é capaz de se reproduzir, embora precise de muito tempo para se desenvolver e descendentes férteis.

3.2.4) O ouro não vale tanto porque não se reproduz. Por não se reproduzir, a tendência é gerar inflação, sobretudo quando há abundância desse vil metal. Isso leva à retenção sistemática do mesmo, o que fomenta a avareza - e isso leva à quebra sistemática de confiança da sociedade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2019.