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terça-feira, 2 de maio de 2017

Do cinismo enquanto a primeira mentalidade revolucionária

1.1) O cínico é aquele que busca a auto-suficiência, a tal ponto que despreza as convenções sociais, como a higiene, a cortesia, a decência, a honestidade, o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.2) Tal como o protestante, pensa que a vida na virtude já o salva de antemão, o que o torna prepotente, a ponto de fazer o homem ser tomado como se fosse a medida de todas as coisas, o que o faz querer assumir o lugar de Deus ou declarar que Deus morreu, tal como Nietzsche disse. O cínico age como se tivesse side eleito de antemão para a salvação, a ponto de desprezar as convenções sociais, que são próprias dos condenados, visto que o comércio, a base fundamental para os costumes, era visto como algo marginal, por ser concupiscente.

2) Não é à toa que é a primeira corrente filosófica extremamente revolucionária. Abraça tanto a virtude que nega a realidade, a ponto de estar à esquerda do pai. E isso é conservantismo.

3.1) Essa gente preparou o caminho para que Lutero afirmasse isto: quando se peca forte, devemos crer forte.

3.2) Afinal, Lutero foi quem atacou a autoridade da Igreja, a ponto de abolir o confessionário, essencial para se tirar o pecado mais grave dentro do âmbito individual - o que fez com que a má consciência acabasse reinando sistematicamente nos solos outrora católicos.

3.3) E é por conta da liberdade para o nada edificada pela heresia que os islâmicos estão chegando de modo a preencher o vazio, tal como está a ocorrer na Alemanha.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de maio de 2017 (data da postagem original).

segunda-feira, 1 de maio de 2017

Fazer um bem pressupõe uma ação livre e fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus

1) A bondade pressupõe fazer um bem. Portanto ela é pede livre iniciativa, pois liberdade significa servir à verdade, que é uma pessoa: Cristo Jesus.

2.1) Atividade organizada de modo a que missão salvífica se expanda em terras distantes era, na linguagem seiscentista, feito de empresa.

2.2) A empresa não abrangia só atividade econômica: ela também englobava atividade missionária e militar, de modo a proteger as missões e os colonos dos que são hostis à religião verdadeira.

3) Quando os bons são omissos, acomodados, então eles estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, que leva à negação da bondade. É a negação da ação salvífica. E basta que o bem não esteja sendo servido que o mal prospera.

4.1) O pacífico sempre é uma pessoa ativa; o pacifista não passa de um acomodado.

4.2) E causa da acomodação é a vida buscada em prazeres sistemáticos, como se fossem um fim em si mesmo: o hedonismo. Isso causa preguiça, coisa que prepara para pecados ainda mais graves.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de maio de 2017.

Fundamentos da expansão pacífica

1) O pacífico, o que toma o país como um lar em Cristo, sempre buscará ampliar o seu lar, por força de servir a Cristo em terras distantes.

2) Existem duas formas de expansão pacífica: por meio de guerra justa contra os inimigos de Cristo e por meio de trabalho missionário e evangelização para uma terra distante e que desconheça Cristo, por meio da ignorância invencível.

3) O pacifista parte do pressuposto de que todo mundo tem o direito à verdade que quiser. Por semear o relativismo moral, este renuncia ao direito de se expandir e de sobreviver, por conta de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo. Por conta de sua insensatez, acaba edificando liberdade para o nada, o que não passa de suicídio político e civilizatório.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de maio de 2017.

Notas sobre res hostilium e pilhagem nas atuais circunstâncias

1) No Direito Romano, a res hostilium, a coisa do inimigo, é considerada coisa sem dono. Quem saquear os bens do inimigo torna-se dono por força da ocupação.

2.1) No caso dos muçulmanos, que são apátridas e inimigos de Cristo, é considerado servir a Cristo em terras distantes invadir as mesquitas e pilhar tudo o que há lá dentro.

2.2.1) As riquezas dos muçulmanos serão empregadas para o desenvolvimento da civilização cristã.

2.2.2) Afinal, quem começou a agressão foram eles - o norte da África foi descristianizado por força da violência que estes praticaram. Por isso, temos o legítimo direito de reconquistar aquelas terras, uma vez que Cristo é construtor e destruidor de impérios - e a pilhagem é acessório, que segue a sorte do principal: a conquista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de maio de 2017.

domingo, 30 de abril de 2017

Notas sobre relação entre amor conjugal e justiça

1) A questão do amor está relacionada com a justiça.

2) Se a pessoa que me ama me dá uma bronca por um motivo justo, porque falho miseravelmente nos deveres que são próprios da sociedade conjugal, então esta pessoa me ama, pois ela está me corrigindo fraternalmente. Por isso, devo ouvir e suportar o peso de minhas falhas - e pedir perdão por força disso. Isso é amor.

3.1) Se a pessoa que pretensamente me ama me dá uma bronca porque eu fico um bom tempo afastado dela por força disso que faço para o bem do país, aí não é amor. A pessoa é incapaz de compreender que isso se faz tendo em vista o Crucificado de Ourique - a pátria se funda em Deus e é um valor que transcende os valores familiares.

3.2.1) Por essa razão é justo pedir a anulação do casamento, dado que ele não cumpriu suas finalidades: a pessoa é incapaz de perceber que casamento é serviço à pátria - e a atividade intelectual me faz com que eu me afaste da família por um motivo justo.

3.2.2) Se a pessoa tivesse fé verdadeira e me conhecesse bem, saberia que voltaria pra casa, uma vez cumprido o meu dever.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2017.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

Sobre a necessidade de fazer engenharia reversa na escola austríaca, de modo a retirar os nefastos elementos kantianos da doutrina

1) Quando aprendi a diferença entre nacionidade e nacionalidade em Borneman, eu tive todo o cuidado de cristianizar o conceito de modo a eliminar todas as influências marxistas que gravitavam em torno dessa distinção.

2.1) Se fiz um trabalho de qualidade nessa direção, esse trabalho pode ser feito também na escola austríaca.

2.2.1) O que torna a doutrina dos austríacos nefasta é a sua carga neokantiana.

2.2.2) Se o kantismo e o neokantismo forem sucessivamente eliminados, por serem revolucionários - e temperados com elementos do distributivismo, da encíclica Rerum Novarum -, uma nova doutrina econômica pode surgir, por força desse diálogo.

2.2.3) Até porque ele pede um conceito de liberalismo que se conjugue com a verdade, com aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus, o que mata o projeto kantiano, que afirma que o homem é o animal que mente.

3.1) Alguns insensatos, por não terem domínio da linguagem, ainda confundem tomar o país como um lar com país tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.2) É por conta de não serem pessoas cultivadas, é por não terem a menor sensibilidade para com a realidade, que ficam a defender doutrinas nefastas como o keynesianismo.

3.3) O melhor instrumento para se combater a doutrina de Keynes é a doutrina de Hayek. Suas observações a respeito do uso do conhecimento na sociedade devem ser temperadas com a doutrina da Igreja, pois tudo o que há nos austríacos tem marca kantiana - que deve ser podada, tal qual se faz com um bonsai.

4) Se as pessoas se preocupassem em fazer o que faço - que é estudar a realidade - e evitassem o doutrinarismo e a discussão puramente abstrata, um caminho do meio poderia ser estabelecido, de modo a haver justiça na sociedade e a propagação dos valores que se fundam na verdade, coisa que leva o país a ser tomado como se fosse um lar em Cristo, por ser Ele a verdade.

5.1) O distributivismo não é apenas um desses caminhos do meio.

5.2) Há também um outro chamado solidarismo (doutrina essa que levou à fundação da economia da comunhão, um distributivismo à brasileira).

5.3) O nacionismo, da forma como estou tentando descrever da melhor maneira possível, é também um desses caminhos.

5.4) Até onde pude saber da Rerum Novarum, o caminho do meio, a terceira via, é o caminho da virtude. E esse caminho não é único - há vários caminhos que devem ser estudados e examinados com cuidado. O sensato deve estudar tudo com cuidado - e deve se reunir com todos aqueles que agem da mesma forma, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.

Continuação da história que estava contando

1) Com o dinheiro acumulado da atividade intelectual, a importadora antes fundada para a economia pessoal passaria a ser voltada para a economia familiar, atuando nas duas pontas do Atlântico. É como estivesse preenchendo um círculo concêntrico, de modo a servir a Cristo em terras distantes.

2) Se meus parentes tivessem atividade econômica organizada em Portugal e amassem mais a Deus do que o dinheiro, eu estudaria o mercado do meu lugar, o Rio de Janeiro, de modo a angariar clientes para a economia da família, que está em Portugal.

2.1) Se na família houvesse verdadeira amizade, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, eu pegaria alguns produtos da família em consignação e os venderia no Brasil, quando terminasse o período de loucura da cidade. Abriria uma poupança em reais [1], por força dessa relação familiar, uma vez que isso é uma verdadeira sociedade de fato - e o dinheiro ficaria depositado na poupança, rendendo juros durante um longo prazo, uma vez que na Europa os juros estão no momento negativos.

2.2) Quando voltasse a Portugal, quando chegasse o tempo de ficar lá, eu entregava esses reais pessoalmente aos meus familiares. E esse dinheiro poderia ser usado para fazer compras no Brasil, quando viessem aqui, ou convertido em euros, quando houver um câmbio mais vantajoso. Ou, para ser mais sensato, eu deixaria na poupança - e comprava as coisas de que minha família necessita no Brasil e traria para Portugal, como bem pessoal. E quando estivesse com eles, eu dava essas coisas de presente, como forma de pagamento.

2.3) Assim, nas relações familiares, não haveria a presença de intermediários. Numa relação em que uma e outra ponta são controladas pela mesma família, os acordos tendem a ser mais pautados numa dação em pagamento e não em câmbio, uma vez que em ambiente familiar a confiança é a regra que norteia todas coisas.

[1] Por que pretendo abrir uma poupança por força dessa sociedade de fato?

1) Embora a renda da poupança não esteja boa, no momento em que escrevo este artigo, nela eu não pago imposto de renda.

2.1) Além disso, se eu quiser investir em ações, eu preciso fazer negócios com alguém que ame e rejeite as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que ame a Deus mais do que o dinheiro e que tenha um plano de negócios que faça com que eu invista na atividade dele de modo a beneficiar uma nação inteira - no momento, não conheço alguém com tal mentalidade.

2.2) Jamais colocarei dinheiro na bolsa - além de ser um ambiente impessoal, o sobe-e-desce das bolsas pode matar uma pessoa do coração, quando esta ama mais o dinheiro do que a Deus, por força da angústia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de abril de 2017.