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sábado, 10 de setembro de 2016

O senso de tomar o país como se fosse um lar nasce do vínculo com a terra, coisa que é criada a partir da agricultura

1) Para se tomar o país como se fosse um lar, a pessoa precisa ter um vínculo com a terra onde nasceu. E esses laços com a terra se dão a partir da agricultura.

2) Se a vida comunitária nasce da amizade, do fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então os laços da terra tomada como se fosse um lar são distribuídos a toda a comunidade, uma vez que minha casa é também a casa dos meus amigos.

3) Quando são pelo menos 4 gerações agindo assim, então temos o senso de nacionidade, pois tomar a terra onde nasceu como se fosse um lar em Cristo pede toda uma tradição virtuosa. Afinal, todas as nações que crêem no Cristo são também herdeiras daquilo que decorreu do povo eleito. Houve, dentro dessa dimensão distributivismo dessa tradição, dado que Cristo quis salvar a toda criatura marcada pelo pecado original.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

Fundamentos bíblicos deste raciocínio que adoto

1) Se é verdade sabida que uma nação virtuosa nasce a partir de uma pessoa virtuosa, então uma tradição virtuosa, fundada no fato de se tomar a terra prometida como se fosse um lar em Cristo, se dá a partir de 4 gerações virtuosas.

2) A primeira geração foi a de Abrahão. A segunda, a de Isaac. A terceira, a de Jacob. A quarta, a dos 12 filhos dele. que fundaram as 12 tribos de Israel.

3) A gênese do povo eleito é a prova mais contundente de uma tradição virtuosa necessita de quatro gerações virtuosas, vivendo a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2016.

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Notas sobre o mundo português pensado em tese, antítese e síntese

1) Se um ciclo sólido abrange o espaço de 4 gerações, então algo fundado na democracia dos mortos, tal como foi estabelecido em Ourique, precisou de 4 ciclos sólidos para ser construído ou 16 gerações - mais precisamente, 480 anos. E é isto que caracteriza a lusitânia clássica - a tal ponto que isso virou uma epopéia, tal como foi descrita n'Os Lusíadas de Camões.

2) 480 está próximo de 500. Então, a futura geração que herdará isto, com seus 20 e poucos anos, estará encaminhada na missão de servir a Cristo em terras distantes. E foi neste ponto que se começou a História do Brasil enquanto desdobramento da tradição antiga, dando espaço à tradição da lusitânia nova, cuja missão é a de servir a Cristo em terras distantes, vivendo dispersa pelo mundo.

3) Acontece que esta lusitânia nova rompeu com o seu passado, a tal ponto que desaguou numa mentalidade revolucionária, a ponto de gerar o famigerado quinhentismo. E o efeito desta amostragem são os mais 127 anos de república. Por essa razão, o quinhentismo é o Brasil pensado dentro dos termos da mentalidade revolucionária, coisa que leva o Brasil a ser pensado de modo a justificar a manutenção deste odioso de estado de coisas, fundada no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. Trata-se de um mito fundador da república, a antítese de Ourique.

4) Como a Republica é utópica, então ela compromete a quinta geração, tornando-a uma geração de quinta categoria, ao criar um futuro do pretérito, hipótese essa que não tem lugar no campo da realidade, por estar dissociada da verdadeira fundação edificada em Ourique. Não é que 500 é mais grave do que 480, uma vez que compromete o futuro, uma vez que os membros desta geração estão em torno de seus 20 e poucos anos e não saberão o que fazer, visto que nada faz sentido, uma vez que as coisas estão voltadas para o nada.

5) Se a lusitânia clássica é a tese e a nova é a antítese, então a lusitânia novíssima, que se encontra dispersa no mundo inteiro será a síntese necessária, a tal ponto que resgatará aquilo que se perdeu por conta dessa mentalidade revolucionária. Como ela está dispersa, ela tomará esta missão como seu destino mais facilmente, uma vez que estará universalizada - e ao retornar ao Brasil, ela destruirá as fundações da mentalidade revolucionária que se encontram nesta terra, restaurando o desdobramento original. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2016.

Notas sobre os estados do ciclo econômico, tendo por fundamento os ciclos da tradição

1) Uma tradição sólida observa o espaço de 4 gerações trabalhando em conjunto. Torna-se algo consolidado, estável

2) O estado intermediário do sólido é o pastoso. Analisa o espaço de 3 gerações trabalhando em conjunto. Está a um passo de se tornar algo sólido, consolidado.

3) Tradição líqüida, ou modernidade, aborda o espaço de duas gerações: a dos pais e a dos filhos. Geralmente esta é tomada como se fosse coisa, pois é mais fácil coletar provas nestas circunstâncias para se prever o futuro.

4) Tempo presente ou estado gasoso, observa: o indivíduo atomizado, sem vínculo com o passado e sem vínculos com o futuro, visto que só quer curtir a vida, a tal ponto que adia a paternidade de modo a que possa aproveitar esta falsa ordem fundada no hedonismo, dado que só quer saber do aqui e agora - este ser está muito preso a uma liberdade voltada para. Este tempo é antieconômico e improdutivo, dado que as pessoas não estão construindo um legado de modo a passar para os descendentes. É o tempo favorito dos comunistas, pois nele a família está abolida - e com isso, o senso de se tomar o país como se fosse um lar. É neste ponto que a civilização sucumbe.

5) Se Marx diz que o sólido se desmancha no ar, então ele está fazendo com que o horizonte das pessoas se reduza. Em vez de observarmos o trabalho acumulado de quatro gerações integradas, nós observamos o de uma geração: a que vive agora, sem levar em conta o passado, que foi rompido, nem o futuro, que pode ser adiado indefinidamente, até o ponto de esta morrer de velhice. Não é à toa que isso é utópico, dado que leva à extinção da humanidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

O ciclo econômico deve se pautar pelo ciclo da tradição: o espaço de 4 gerações (120 anos ou dois ciclos de Kondratiov)

1) Ciclo de Kondratiov observa um período de 60 anos ou o espaço de duas gerações: a dos pais e dos filhos. Mais especificamente, gerações X e Y.

2) Como só analisa o espaço de duas gerações, ela só analisa o presente e o pretérito imperfeito.

3) O ciclo econômico de longo prazo deve abraçar o espaço de quatro gerações: a do presente (filhos), a do pretérito imperfeito (pais), a do pretérito perfeito (avós) e a do pretérito mais-que-perfeito (bisavós). Ou seja: um período de 120 anos, o tempo necessário para se estabelecer uma tradição.

4) Se economia virtuosa se funda em algo sólido como uma rocha, fundada na democracia dos mortos, então ela dever medida pelo espaço de quatro gerações, pois quatro vão os tempos do indicativo, quando as coisas são analisadas do modo mais concreto possível: presente, pretérito imperfeito, pretérito perfeito e pretérito mais que perfeito. A quinta geração está na incerteza, no campo da hipótese (futuro do pretérito), que pode ser algo certo, se estiver na conformidade com o Todo que vem de Deus (futuro do presente), tanto é que é um desdobramento do presente, se isso se funda na verdade. Afinal, o que é conhecido deve ser observado, obedecido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

A indústria não pode ditar os ritmos da agricultura

1) A vida cristã é uma vida essencialmente comunitária, fundada em vínculos e ciclos - vínculos e ciclos esses em que a vida se renova sem romper com as suas raízes, fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus. A atividade que permite este tipo de vida é essencialmente agrícola.

2) Quando a indústria e o comércio são pautados pelo ciclo natural da agricultura, ocorre tanto a capitalização moral quanto econômica, uma vez que a riqueza é usada não só para o aperfeiçoamento das capacidades produtivas da comunidade mas também para o enriquecimento espiritual da comunidade, coisa que se faz através da caridade. E neste ponto, há distributivismo.

3) Nos tempos de hoje, os tempos são ditados pela indústria - nela o tempo, e não a regularidade dos ciclos naturais - coisa essa própria da eternidade -, mede a velocidade das coisas. Dizem que o tempo chama o dinheiro - a tal ponto que as coisas são feitas de maneira frenética e da pior qualidade possível.

4) Essa vida frenética das indústrias está a ditar o ritmo da agricultura, a tal ponto que está a se organizar como se fosse uma fábrica, a ponto de atender aos planos de uma economia massificada, impessoal, fundada no amor. A tal ponto que o alimento passou a ser visto como se fosse uma commodity. Como o alimento é vida, não seria justo especular com a vida, dado que isso determinaria quem seria digno de viver e quem seria destinado a morte, coisa que entraria num simples frio cálculo matemático, coisa que é própria do governo totalitário.

5) Pode parecer absurdo, mas esse sistema de agronegócio, organizado tal qual uma fábrica, vai preparar os caminhos para uma nova ordem totalitária - até porque o produtor rural de hoje não tem a alma de um caboclo, mas a de um empresário, tal como há na cidade. E a cidade se tornou refém do campo, já que este é um ecossistema dependente daquele. Se houver especulação com comida, ocorrerá um verdadeiro genocídio por força da fome - e é isso o que a elite globalista mais quer: dominar pela fome. Afinal, eles querem reduzir o tamanho da população mundial - e o campo, organizado tal qual uma fábrica, favorece isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

Novas notas sobre capitalização moral

1) Platão dizia: verdade conhecida é verdade obedecida.

2) O que é verdade no meu tempo é verdade no tempo dos meus pais - e o que era verdade no tempo dos meus pais também foi verdade no tempo dos meus avós. E o que foi verdade no tempo dos meu avós, já havia sido verdade no tempo dos meus bisavós. E isso se chama tradição.

3) Se há algo que foi descoberto no meu tempo, coisa que não se conhecia no tempo dos que me antecederam, mas que decorre dessa reta tradição, então é desdobramento dessa verdade, a ponto de reforçar ainda mais a necessidade de se obedecer aquilo que é conhecido. Essa santa descoberta, esse santo desdobramento leva a renovação das coisas, o que gera um poderoso senso de capitalização moral.

4) Se há que foi descoberto no meu tempo de modo a romper com aquilo que era conhecido por quem me antecedeu, então isso é revolucionário - e por essa razão não deve ser obedecido, pois viola o princípio da não-traição à verdade revelada, pois o que é conhecido deve ser observado, dado que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Progresso por progresso, feito de modo a romper as cadeias causais da lógica, da conformidade com o Todo que vem de Deus, isso não deve ser obedecido, pois salta à lógica - e agir assim não é nem um pouco caridoso, pois se funda no fato de não se crer na fraternidade universal, coisa essa que vem de Deus e quem por Cristo fundamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

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