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sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Notas sobre a troca intertemporal decorrente da passagem de um produto da agricultura para a indústria e da indústria para o comércio

1) Naturalmente, o tempo da indústria é um tempo diferente da agricultura, assim como o tempo do comércio é um tempo diferente da indústria. Por isso mesmo, da passagem de um ciclo para o outro há uma troca entre os tempos, já que é atividade produtiva de decorrente de outra atividade produtiva. Por isso mesmo, juros sobre juros - e neste fundamento, eles são devidos, por força da cadeia causal.

2.1) O maior problema do juro sobre juro se dá por força do anatocismo, por força da cobrança decorrente de atividade não produtiva, dissociada da cadeia causal, da cadeia natural. Aí essa atividade é injusta, pois se funda no amor de si - e o amor ao dinheiro é exteriorização desse comportamento.

2.2) É por força desse comportamento que temos a impressão de que essas atividades estão em constante descompasso, a ponto de pensarmos que são independentes, quando na verdade são interdependentes. Além disso, essa falsa sensação de independência é alimentada por força da impessoalidade, como se cada um vivesse tivesse a liberdade de ser o que quiser, o que cria a atomização dos indivíduos, a ponto de serem verdadeiros apátridas sistemáticos, sem amor a Deus e pela verdade que d'Ele decorre.

3) Eis aí porque condeno a usura, mas não condeno os juros sobre juros decorrentes do ciclo natural de investimento, pautado no ciclo agrícola.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

Os verdadeiros ciclos econômicos devem ser ditados pela agricultura

1) Na vida, há tempo para tudo: tempo para semear, tempo para germinar, tempo para crescer e tempo para colher. E para cada tipo de planta, há uma época certa para o plantio e uma época certa para a colheita.

2) Os juros são devidos em duas circunstâncias: em primeiro lugar, eu investi na atividade do meu semelhante, de modo a que ele fizesse o melhor em prol de outros semelhantes; em segundo lugar, eu esperei o ciclo natural da colheita, já que o investimento era com caráter produtivo - por isso mesmo, os juros foram devidos.

3) O ciclo industrial, para ser realmente devido, deve ser pautado pelo ciclo agrícola, já que a industrialização é a continuidade do ciclo econômico, de modo que se atenda as diferentes necessidades humanas. Por isso mesmo, a família que tem uma fazenda deve também ter uma indústria, de modo a que o caráter produtivo tenha continuidade.

4) Se a agricultura, a indústria e o comércio forem vistas como se cada uma tivesse sua própria verdade, como se a natureza de cada atividade tivesse um fim nela mesma, tal como há nas máquinas, então tudo o que é feito será destituído de sentido, o que descaracterizaria a continuidade produtiva do ciclo econômico, o que caracteriza maquinismo, ou liberdade servida para o nada.

5.1) Não é à toa que as sociedades cristãs eram sociedades essencialmente agrárias - se a agricultura é a fonte das riquezas, já que lida com a terra, então as indústrias e o comércio devem se pautar pelo ciclo natural das coisas, ditado pela agricultura. Além disso, o ciclo natural das coisas também leva a um poderoso ciclo de capitalização moral, fundada no fato de se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deis. 

5.2) Se agíssemos dessa forma, o ciclo natural das coisas terá continuidade, mesmo em períodos de entressafra, o que gera juros continuados, juros sobre juros, criando um poderoso processo de capitalização natural, dado que é produção continuada, qualificada por força do fato de que indústria e comércio são desdobramentos da agricultura. É dentro deste fundamento que a riqueza cresce exponencialmente e acaba servindo de base para a caridade sistemática, própria do distributivismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de setembro de 2016 (data da postagem original).

Comentários complementares:

Arthur Rizzi: O texto quanto ao ciclo das coisas é bem interessante, pois de fato uma das causas da inflação no Brasil na década de 60 foi o crescimento acelerado da indústria, que pôs muita pressão sobre a agricultura, fazendo com que a demanda por alimentos crescesse mais rápido que a oferta. O PAEG teve em parte a correção disso como meta.

Notas sobre direitos autorais num contexto de distributivismo

1) Se eu morrer sem deixar herdeiros, os filhos do meu irmão, meus sobrinhos que ainda não nasceram, serão os administradores do meu legado, que é o legado da família Dettmann à comunidade dos que tomam o Brasil como se fosse um lar em Cristo com base na pátria do Céu, coisa essa que decorre de Ourique.

2) Para que eles não fiquem censurando criação alheia decorrente do meu trabalho, por força dos direitos autorais, eu deixarei minha obra livre de direitos autorais. A única condição que faço é que mantenham minha família em memória de tudo aquilo que fiz - por isso que as doações devem direcionadas a eles, em função da honra que me será devida a tudo o que fiz de bom pelo Brasil.

3) O verdadeiro direito autoral deve se fundar na democracia dos mortos. Todos os que foram beneficiados pelo meu trabalho devem, por gratidão e por dever moral, fazer doações de modo a manter minha família, caso eu parta desta pra melhor. Se eu fiz algo de bom, então eu tenho o direito ao pão nosso de cada dia - como eles honrarão a nobreza deste legado, eles merecem o mesmo, se viverem a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Assim, não haveria o que ocorre nas outras famílias - estas se valem do fato de que houve um gênio da família e ficam parasitando o trabalho dele de modo a querer lucrar mais - e isso edifica liberdade para o nada. Não é à toa que sou contra este modelo de direitos autorais, pois mercantiliza o produto cultural, fora que destrói a cultura de democracia dos mortos, base de toda tradição e de todo distributivismo.

4) Pelo menos, é como venho pensando acerca dessa questão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

O charlatanismo começa quando se promete exclusivismo sistemático

1) Quando ficam fazendo publicidade por aí dizendo que o sujeito tem um método exclusivo, patenteado, para se aprender latim, grego ou diabo a quatro, pode ter certeza que o sujeito é um charlatão.

2) O aluno deve ser tratado como um sujeito - e cada sujeito têm necessidades especiais de aprendizado. Alguns querem aprender inglês para efeito de tradução, ao passo que outros querem aprender inglês para poder tomar os países de língua inglesa como se fossem seu lar mais facilmente. Por isso mesmo, turmas heterogêneas nunca dão certo, pois a tendência é o rebaixamento da qualidade do ensino - por isso que larguei o curso de inglês do São Bento, aqui no Rio de Janeiro.

3) Eu sou pelo método que funciona. Se funcionou comigo, é provável que este possa funcionar com outro, cujo perfil é semelhante ao meu. Por isso que prefiro lidar com indivíduos e não com turmas inteiras.

4) Quando escrevo sobre nacionismo, sobre o senso de tomar o país como se fosse um lar em Cristo, eu vou mandando artigos escritos por mim em função daquilo que é do interesse da pessoa, pois abordo a mesma questão por diferentes ângulos - e há ângulos em que não sou capaz de abordar, seja por falta de tempo, seja porque não tive a inspiração necessária para explicar isso a fundo, de maneira clara, objetiva. Enfim, vai chegar um dia em que outros abordarão o que escrevi por outras veredas - e nem por isso vou vê-los como competidores, mas como colaboradores do meu trabalho.

5) Não tenho site exclusivo, embora eu tenha um blog (que é onde fica o repertório do meu trabalho). Todo o meu trabalho é feito na rede social de maneira aberta e sou mantido por doações. Os mais generosos costumam agendar 12 pagamentos automáticos no valor que acharem justo na minha conta bancária - se todos fizessem isso, eu iria ficar muito, mas muito satisfeito.

6) Se as pessoas vissem essas coisas, não seriam enganadas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

Novas notas sobre minhas experiências de facebook

1) Pela minha experiência, os melhores me vêm a partir da indicação do meu trabalho para eles. Não aquelas sugestões de facebook, sem critérios, mas indicações reais, decorrentes desta situação: em determinada conversa, meus pares indicam meu trabalho para os seus pares e estes me adicionam, por força da indicação. Isso eu aceito numa boa.

2) Quando alguém me adiciona sem me dizer a razão por que está me adicionando, normalmente eu tendo a rejeitar. E ela se torna ainda mais certa quando vejo que não há nada de relevante no perfil da pessoa ou quando esta é parte de uma religião anticatólica, como o calvinismo, por exemplo.

3) Quando vejo postagens relevantes de outras pessoas, eu não adiciono imediatamente. Eu a sigo primeiro e compartilho suas postagens - e tão logo eu possa, eu dialogo com elas sobre essas questões importantes. Eu prefiro dialogar inbox - pela minha experiência, há sempre uns intrometidos nos comentários que têm o péssimo hábito de cagar regra. Por isso que eu os bloqueio.

4) Por razões éticas, diálogos edificantes são mais fáceis de serem construídos inbox, uma vez que levam em conta o princípio da pessoalidade. Não é à toa que defendo que as pessoas, antes de virem para a rede social, aprendam ética primeiro, pois é preciso ser gente, antes de agir na rede.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2016.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

A verdade sobre os desfiles de independência, nas nossas atuais circunstâncias

1) Há quem diga que o desfile de independência é para despertar o civismo.

2) Ora, o verdadeiro civismo está na Aliança do Altar com o Trono, edificada em Ourique. Fora disso, o 7 de setembro não passa de um "carnaval em versão fardada". Afinal, esse bundalelê chamado República não foi obra dos milicos?

3) Isso sem contar que há historiadores que estão comprovando que o 7 de setembro foi data fabricada - alguns estão mostrando que a verdadeira independência se deu no ato de aclamação do então Príncipe-Regente D. Pedro a Imperador do Brasil, coisa que se deu a 12 de outubro de 1822, que é também o dia de Nossa Senhora de Aparecida. E isso tem muito mais fundamento para se tomar o país como se fosse um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus, do que a presente data.

4) Certa ocasião eu falei que secessões, juridicamente falando, não se fazem com gritos do Ipiranga. A maior prova de secessão está na aclamação de uma autoridade legítima a Rei ou Imperador - e é isso o que realmente conta.

5) Enquanto comemorarem ufanismos, feriados fakes que são verdadeiros bezerros de ouro, este país será tomado como se fosse religião - e quem é conforme o Todo disso não será nada na vida, a não ser um apátrida, já que estamos desligados do Céu, por força de observarmos aquilo que decorreu de Ourique - e por conta disso, nada de bom florescerá, enquanto isto não for restaurado. E o Inferno está reservado a quem se mantém neutro em tempos de crise - no caso da República, em tempos de crise permanente, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

6) É por isso que trabalho feito louco para conscientizar as pessoas a respeito do que está em jogo - se eu não o fizer, as pedras falarão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.

Análise comparada de The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

The Guild 2 x Patrician 2: Quest for Power

1) Embora tratem do mesmo tema, o renascimento comercial das cidades ao longo dos anos de 1400 a 1600, há também diferenças entre estes dois jogos: o The Guild 2 foca mais as relações sociais - e neste ponto, lembra o The Sims; já o Patrician 2: Quest for Power lembra mais o Sim City e o Capitalism Plus.

2) Os dois jogos são bons. Para quem queira fazer uma análise comparada das coisas, este é um bom exercício a se fazer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de setembro de 2016.