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sexta-feira, 24 de julho de 2015

Dos fundamentos da metanacionalidade

1) Como todos nós nascemos de uma família, composta de pai e mãe, ainda que as nacionalidades sejam diversas, é sensato dizer que devemos aprender dos nossos pais todas as experiências possíveis, de modo a que tomemos o país de nosso pai e o país de nossa mãe como coisas que integram o nosso ser, o nosso caráter, coisa que se dá na carne. E é assim que se toma um país como se fosse um lar - e isso deve começar desde o berço.

2) Tomar o país como se fosse um lar é parte da formação do indivíduo. Ela pede compromisso, de tal modo a que você sirva a esses dois países como um lar em Cristo, de modo a restaurar a fraternidade universal. Isso é parte do ser do indivíduo. E como há vários indivíduos assim, um povo inteiro é formado nessa circunstância, pois já uma comunhão de direitos e deveres que recaem sobre eles por conta desse compromisso. 

3) Quando se há uma população que toma esses dois países como se fossem um lar, então pode se dizer que vai existir um direito comum que regerá esses cidadãos. E o governo brasileiro e o governo da Itália, por conta disso, acabam se tornando uma espécie de consulado de fato - e o presidente da Itália e o presidente do Brasil precisam trabalhar em conjunto de tal modo a que esses cidadãos sejam protegidos e amparados nesse direito.

4) Como já falei certa ocasião, as repúblicas são utopias. Então, as únicas repúblicas de fato são as monarquias. E certamente comissões e diretórios representando esses cidadãos que são beneficiados pela comunhão desses direitos precisam ser criadas e representadas. 

5) Eis a estrutura da meta-nacionalidade. Ela não elimina a nacionidade.

Iluminismo e marxismo explicados passo-a-passo

1) Para John Locke, o homem é uma folha de papel. E uma folha de papel aceita qualquer coisa.

2) Uma sociedade é composta de homens. Se o homem é uma folha de papel, uma ordem social é um livro a ser preenchido.

3) A constituição escrita é um livro. E um livro é composto de folhas de papel.

4) Como o país é tomado como se fosse religião e como nacionalismo é algo divorciado da universalidade, acaba-se, então, crendo que o homem é a medida de todas as coisas e que a fraternidade universal não existe. E o logos divino acaba se reduzindo às limitações da língua nacional, o que acaba gerando entropia. E a constituição acaba se tornando uma espécie de Bíblia do Estado, onde nela se faz a Sola Scriptura.

5) Se a constituição é uma folha de papel, como diz Ferdinand Lassalle, então ela pode ser rasgada - e no lugar dela, se faz uma nova constituição.

6) Se o homem é uma folha de papel, então ele pode ser rasgado. Eis o homicídio.

7) Se a sociedade é um livro, então ele pode ser rasgado, temos genocídio e apatria.

8) Eis a lógica iluminista e marxista explicada passo-a-passo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de julho de 2015 (data da postagem original)

Dos critérios para se estabelecer o vínculo entre os que tomam o país como um lar e o governo que regerá essa terra ocupada, de modo a que isso não seja perdido ou pervertido

1) O sistema de vínculo perfeito entre os que tomam o país como um lar e o governo que rege a terra, de modo a que esse senso não seja perdido ou pervertido, atende a dois critérios: o direito decorrente de nascimento em solo e o direito de sangue. Os dois devem ser intimamente ligados e jamais devem ser separados.

2) O direito de nascimento em solo, divorciado do direito de sangue, parte do pressuposto de que o homem é uma folha de papel, tal como aponta John Locke. E caberá ao Estado, e não à família, a formação desse indivíduo. A premissa do chamado direito à educação, que na verdade é pura doutrinação feita pelo MEC, parte da premissa de que o direito de nascimento em solo é divorciado do direito de sangue. Pois se tomou como se fosse religião, como tábula rasa, o fato de que brasileiro é quem nasce no Brasil - e só.

3) O direito de sangue, divorciado do direito de solo, cria a cultura de país fechado: muitos dos filhos dos que imigram para a Europa, de modo a crescer e prosperar, são tomados como se fossem apátridas. E essa gente não possui direito algum. Isso é sintoma de país que não crê na fraternidade universal - e isso é contrário aos valores de Cristo.

4) Se houvesse o direito de sangue aqui no Brasil, os brasileiros nascidos em outras terras poderiam tomar o país como se fosse um lar, ainda que não tenham nascido no Brasil. E como as famílias conhecem, pela experiência, as circunstâncias da pátria, uma vez que a viveram, estas ensinarão aos seus filhos o que deve ser feito e o que não deve ser feito, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião - e de que modo a circunstância de morarem nos EUA ou no Japão, por exemplo, pode ajudá-los, de modo a fazer com que os erros e os vícios inerentes do Brasil sejam convertidos em virtudes, em algo que seja conforme o Todo que vem de Deus.

5) Essa consciência, por enquanto, só pode ser feita de família para a família. Se a Família Imperial estivesse presente no trono, essa consciência se distribuiria pelo país e pelo mundo afora, onde houver brasileiros. 

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Do mito do paraíso perdido


1) Esses canais Globosat são um verdadeiro desserviço à alma.

2) Vi uma pseudo-historiadora detonando toda a obra portuguesa que foi fundada em Ourique: a de servir a Cristo em terras distantes. Se essa analfabeta funcional lesse a Bíblia, principalmente como fonte histórica, saberia que Deus deu ao homem o poder de domesticar a natureza, de tal modo a que ela servisse à causa que se estabeleceu em Ourique.

3) Se a literatura brasileira, fundada no quinhentismo, trata de um "paraíso perdido", então ela cultivou apátridas, de tal maneira a que o país das belezas naturais e tropicais fosse tomado como se fosse religião - e o ambientalismo encontrou terreno fértil nessa cultura totalitária e igualitária, base sob a qual se estabeleceu a República.

4) Se eu morasse sozinho, eu desligava a TV. É o que poderia fazer. Mas, como moro com os meus pais, lá vai minha paciência ser testada com tanta estupidez. Haja paciência!

Parlamentarismo é a síntese da liberdade com a escravidão

1) Presidência vem de presídio. Presidencialismo sistemático é prisão e opressão. 

2) Parlamento é o bastião da liberdade de expressão.

3) Conciliar Presidência com Parlamento é tentar fazer síntese da liberdade com a escravidão. No final, você cria a presidência do primeiro-ministro, sem moderação - algo que se pratica em Cabo Verde e que é tão nefasto quanto o presidencialismo no Brasil. Meu amigo Casimiro Pina​ é testemunha disso.

4) Presidente mente; presidente faz a mentira repetir-se sistematicamente até tornar-se verdade; presidente conserva o que é conveniente e dissociado da verdade; presidente relativiza a verdade, vendendo a ilusão de que todos têm a sua própria verdade; presidente prende e arrebenta. Se você já viu um, você já viu todos. Todos têm mente de esgoto. Chega de gente que prende a mente da gente!

5) É por isso que prefiro monarquia constitucional. No mundo português como um todo, é a única coisa que funciona. E isso nasceu de Nosso Senhor, Jesus Cristo, desde Ourique. E disso não se tem conversa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de julho de 2015 (data da postagem original).

Como o PT reinventou a antropofagia

1) Se pararmos pra pensar, o PT reinventou a antropofagia. A turma dos Direitos Humanos, por exemplo, lança verdadeiros manifestos antropófagos pós-modernos, pervertendo tudo o que é mais sagrado e relativizando todas as fundações lógicas da pátria, fundadas na moral judaico-cristã.

2) A antropofagia que se pratica hoje não é mais aquela clássica, praticada pelo índios, em que eles assimilavam as qualidades dos guerreiros mortos, de maneira honrosa, lutando um bom combate em disputa de território. 

3) A antropofagia moderna está nos presuntos por trás do presunto: nós reabsorvemos nossa indiferença, nossa apatria, ao financiarmos uma empresa que estimula o governo a matar pessoas inocentes, mortas covardemente em uma guerra civil não-declarada, já que o PT fomenta o banditismo. 

4) Se o lugar da sabedoria dos gregos ficava nos estômagos, ao digerir o saber, nossa apatria, nossa sabedoria humana dissociada da divina, também fica nos estômagos e é preciso ter muito estômago para suportar tanta estupidez, tanta ignorância corrosiva, ácida. 

5) Ao contrário do saber, o ciclo da ignorância não se dá de maneira digerida, mas de maneira regurgitada, de modo a repetir-se incessantemente o processo, de modo a formar uma espiral do silêncio.

Um estudo do comportamento apátrida - o caso da roda de amigos

1) Em todo e qualquer país marcado pela mentalidade revolucionária, onde todos têm a sua própria verdade e ninguém tem razão, ninguém sabe ouvir e ninguém sabe a hora de falar. 

2) Em uma roda de amigos, você começa a falar algo e um outro corta te corta o assunto no meio, puxando conversa com um terceiro da outra ponta. 

3) Não dá pra ser educado nestas terras, pois educação não existe - calar-se e esperar pacientemente sua vez é inútil. Quando você retomar a fala, outro certamente fará aquilo que já foi feito antes e o processo se repetirá novamente. No final, você esquece tudo aquilo que tem a dizer, o que mata toda a sabedoria que poderia advir do momento, gerando um grave problema de entropia. É por isso que digo, por experiência própria, que guardo meu momento de dizer para a rede social e o faço por escrito, pois o diálogo pode ser editado, de modo a ficar aquilo que é bom e necessário. Pois a inutilia truncat não pode ser feita oralmente - o próprio tempo leva as palavras, as boas e as ruins, ao vento e tudo é esquecido.

4) Além de não saberem a hora de ouvir, além não saberem a hora de falar, os apátridas também não sabem discordar: discordam não pelo fato de que você falou algo fora da verdade, fora daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus. Eles discordam porque você atenta contra aquilo que é convenientemente conservado e estabelecido, ainda que dissociado da verdade. Por isso que muitos dos supostos "conservadores" não conservam a dor de Cristo, que morreu por todos nós de modo a nos libertar do pecado - na verdade, são todos conservantistas; eles são todos insensatos e estão à esquerda do Pai, no seu grau mais básico.

5) Além de não saberem discordar, eles são peremptórios e arrogantes no seu modo de discordar, já que foram cultivados a crer na falácia de que cada um tem a sua verdade. Eles não discordam de você de modo a te corrigir, por caridade; eles o fazem para intimidar, pois gostam de ser juízes da opinião alheia. Eis a lógica do patrulhamento ideológico.