Pesquisar este blog

domingo, 5 de julho de 2015

Estudar a realidade indica ir além das aparências

1) Olavo de Carvalho fala que ser culto é mais do que adquirir conhecimento - trata-se de examinar a realidade das coisas, de tal maneira a que se supere as máscaras da aparência e da falsidade - coisas essas que caracterizam o conservantismo, enquanto instrumento da mentalidade revolucionária.

2) Quando se estuda nacionismo, o senso de se tomar o país como um lar, você está superando a falsa realidade desta República e examinando aquilo que foi edificado pelo Cristo Crucificado de Ourique, em 1139. Você está trocando imanência por transcendência - e é da transcendência que vem a excelência. 

3) Conhecer a verdade é lutar por ela é a razão de ser culto. Quando estudo coisas que já foram um dia realidade, isso não quer dizer que estou negando a realidade - estou buscando alguma forma que faça com que aquilo que era virtuoso, bom e real um dia volte a ser um fato social tomado como se fosse coisa, por estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, algo que mereça ser descrito e não justificado.

4) O conservadorismo adota um tipo de sociologia e de antropologia de caráter arqueológico - estuda o que foi realidade no passado e de que modo essa realidade pode ser restaurada, se isso for realmente conforme o Todo que vem de Deus. Pois restaurar o que é bom é conservar o que é bom e conveniente, pois nele podemos ver Jesus. Nada mais científico e conforme o Todo do que estudar a realidade, ainda que ela seja antiga e não esteja mais evidente aos nossos olhos e ouvidos.

5) É preciso ir além do tecido contaminado pela chaga revolucionária. É preciso superar a imanência e a falsidade daquilo que é aparente e não cair do jogo do "contra ou a favor" de uma medida política ou outra de momento, coisa que é fundada no mais puro sensacionalismo. Não devemos ver mais TV, mas ler informações que nos são passadas por gente séria. E o único meio possível agora é esta ágora virtual, a rede social.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de julho de 2015 (data da postagem original).

A coisa está crescendo

1) Eu não preciso ficar alarmado - a informação verdadeira chega e a público aqui. Com os contatos que tenho, para que necessito de TV Globo? Só por conta disso, posso ser prudente e analisar os fatos com muito mais segurança.

2) Com o tempo terei mais doadores, de modo a manter este trabalho que estou fazendo de analisar coisas importantes para o país como um todo. Vou seguir o que Ernest Hemingway disse: "o maior desafio de um escritor, e necessário para a civilização, é viver dignamente do que escreve". Faço um trabalho digno online - muitos já me disseram isso. Só faltam as doações - Deus e a boa vontade dos sensatos proverão isso, que será meu sustento. Agradeço ao Artur Silva​ por postar essa citação importante.

3) O dia que tiver um público fiel, lanço a coletânea para esses meus contatos - pois terei algo para dar, como pede o Kickante. Melhor pequenas tiragens que crescem por força da demanda do que grandes tiragens que encalham - é assim que começa.

Do trabalho de fazer engenharia reversa literária

1) Eu mal leio 1 livro por ano - e já escrevi mais de 1300 artigos em mais ou menos três anos e meio de trabalho. E detalhe: artigos de boa qualidade.

2) Conheço gente que lê 50 ou 60 livros por ano e não escreve um artigo que preste. E quando lê demais, fica ralhando os outros - principalmente por conta de colocar uma vírgula fora do lugar, tal como as normas gramaticais nos apontam.

3) De uma linha ou duas de cada livro, combinadas com as idéias de outros autores, eu produzo muita coisa interessante. Eu não leio - eu faço engenharia reversa e vou vendo onde posso aplicar essa idéia de tal modo a que isso fique em conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4) Como escritor, eu só faço engenharia reversa dos textos que conheço. Nada crio - apenas vou até aonde uma idéia pode chegar. Sou um cavador do infinito de modo a conservar a dor d'Aquele que morreu por todos nós na Cruz - e essa é a mais maneira mais sensata de conservar, pois isso é conveniente e verdadeiro. Não sigo o dinheiro - apenas sigo o que foi exposto até a sua conseqüência. Se a conseqüência for boa, eu a conservo; se a conseqüência for ruim, eu denuncio. Eis o meu trabalho.

sábado, 4 de julho de 2015

Adão, o primeiro proprietário

1) Quando se diz que não herdamos a terra de nossos antepassados, mas que pedimos a terra emprestado junto aos nossos filhos que ainda não nasceram, esse dizer dos indígenas americanos provavelmente deve estar se referindo claramente a Adão e à criação do mundo, tal como foi narrado no Gênesis.

2) Adão é o primeiro ocupador, o primeiro transformador, o primeiro proprietário. Ele recebeu diretamente de Deus. Ele recebeu poderes do Céu para isso.

3) Adão não tinha antepassados, por isso ele trabalhou em prol dos filhos. Para fazer isso, para cumprir a missão de crescer e multiplicar a espécie, ele precisou ocupar permanentemente as coisas e a legar o fruto do seu trabalho aos filhos.

4) Conjugar o passado com o presente e o futuro é o maior desafio que se pode ter nesta vida, em relação ao plano salvífico. Servir a Cristo de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar pede que ocupemos e transformemos as coisas - e ao fazer isso, estamos arriscando a herança que legaremos aos nosso filhos de tal maneira a que possam herdar algo melhor do que aquilo que recebemos. E esse processo vai se repetindo constantemente. E é esse o segredo da capitalização moral.

Do ciclo do nacionismo

1) Se existe um discurso poético sobre o processo de colonização, ele se dá na seguinte forma: honrar a missão que recebemos de servir a Cristo em terras distantes com o ensinamento de que não herdamos a terra dos nossos antepassados, mas que apenas a tomamos de empréstimo junto aos nossos filhos, que ainda não nasceram. Pois a terra é a maior riqueza há - e Deus é a base para a capitalização moral.

2) Quando assumimos nossa missão, nós ocupamos as coisas de tal maneira a tomar o país como um lar em Cristo - e a propriedade é o direito consagrado por Deus por conta de ocuparmos e transformarmos as coisas, de tal maneira a nos mantermos por conta do suor de nosso rosto - é trabalho realizado e acumulado por conta do tempo. E durante o processo de ocupação, nós constituímos família e trazemos ao mundo aqueles que herdarão a missão de servir a cristo em terras distantes - e para fazer isso em via prática, nós pedimos emprestado a terra que um dia vai pertencer aos nossos filhos, quando estes nascerem. E essa terra servirá de ponto de partida para o trabalho dos filhos, de modo a que o façam na geração seguinte.

3) Essa repetição é própria do ciclo da vida. Afaste Deus de nossas vidas, e todas propriedades são abolidas, junto com a instituição familiar.

Da importância da arqueologia tecnológica

1) Canais de História sérios têm promovido verdadeiras aulas sobre educação tecnológica, quando chamam historiadores dos tempos antigos para recriar alguns engenhos que eram usados na época e que já não são usados mais porque ficaram "inúteis", por força de sabedoria humana dissociada da divina.

2) Quando estes descobrem coisas interessantes, essas coisas são aplicadas em tecnologias futuras. O maior exemplo disso são as catapultas romanas - elas usavam um tipo de tendão de algum animal específico, coisa que pode ser complicada de se conseguir, tanto nesse tempo quanto no nosso. Para reproduzir o mesmo poder de elasticidade e de resistência, eles é possível criar um tendão sintético, com as mesmas características.

O protecionismo é fruto do exibicionismo

1) Todo país tomado como se fosse religião tende a praticar uma espécie de protecionismo burro, ao restringir as importações só porque o referido produto foi feito fora do Brasil.

2) O protecionismo, enquanto subproduto do nacionalismo econômico, ignora a noção mais básica de que o comércio é uma espécie de aproximação - e é na aproximação, própria da amizade, que você ensina aos povos mais atrasados todo o conhecimento acumulado das civilizações mais avançadas. Não só se aprende o que se sabe, mas também o que não se sabe e o que não se deve fazer, que são o erros decorrentes do processo tecnológico, já que a busca do saber é um processo constante de tentativa e erro.

3) Quando se importa um maquinário, novos conhecimentos são gerados, por conta das diferentes circunstâncias que devem ser levadas em conta, de tal maneira a que esta tecnologia possa trazer o máximo de rendimento possivel ao país que importa. Para isso, duas coisas são feitas: engenharia reversa e adaptações, de modo a atender a realidade local.

4) O conhecimento prático disso leva não só ao conhecimento teórico, como também ao desenvolvimento de novas tecnologias que podem ser levadas para outros lugares no futuro. 

5) A rigor, a colonização tecnológica, feita pelo comércio, não é ruim. O que é ruim  é o uso dela de tal maneira a que seja tomada como se fosse uma religião, de tal modo a gerar uma entropia, inviabilizando qualquer novo tipo de conhecimento que se possa ter quando do uso de uma tecnologia mais tradicional, mais antiga. A conjugação do novo com o antigo deve ser feita, de tal maneira a que não gere entropia alguma.

6) A civilização do modismo, da aquisição de coisas voltada para o nada, para o exibicionismo, é a coisa mais fora da conformidade com o Todo que há. Ela gera entropia, ao abolir as coisas só porque são fora de moda, antiquadas. Eis aí o lado perverso do amor ao dinheiro.