1) Uma pessoa sensata, quando julga um fato - no caso, as obras feitas por um governo sério e responsável - sempre vai motivar sua decisão, já que ela está na condição de juiz, ainda que não seja obrigada a fazê-lo. A sinceridade dos propósitos com a qual julga as coisas nos méritos de Cristo leva a pessoa a agir bem perante o dever, enquanto chamado para se votar bem - e se juntarmos o voto dessa pessoa aos votos motivados de um colégio de eleitores sensatos agindo da mesma forma, talvez o maior desafio seja achar o voto médio de um determinado colégio eleitoral, pois cada voto conta e cada fundamentação relevante conta. Como a verdade é o fundamento da liberdade, os motivos determinantes mais importantes - cuja medida se dá onde Cristo se faz mais presente, observadas as circunstâncias locais - determinarão a formação de um ato administrativo complexo, o qual constituirá os termos e limites do mandato parlamentar que será conferido ao agente político de modo que este nos represente junto ao parlamento ou para gerenciar a coisa comum em nosso nome, por nossa conta e risco, uma vez que o direito eleitoral é a operacionalização do direito constitucional, o qual, por sua vez, é um programa metajurídico de Direito Administrativo cuja finalidade é cuidar do bem comum, o qual pertence aos administrados, já que a soberania pertence ao povo, que é a voz de Deus. Para criamos pessoas sensatas, precisamos de famílias cultivadas no espírito da verdade, que é o fundamento da liberdade, a qual aponta para Deus, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.1) Mas como vivemos num tempo onde as pessoas são incapazes, muitas vezes estimulas por governos tomados como se estes fossem religião, de buscarem sua própria voz, a ponto de de serem incapazes de criarem uma consciência pessoal de que estão diante do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e de que são livres em Cristo, por Cristo e para Cristo e que são nos méritos de Cristo responsáveis pelos seus próprios atos que praticam perante o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem e que Este não pode ser enganado, então vivemos tempos onde muitas delas, contaminadas pelas idéias revolucionárias - próprias de um mundo sem Deus - se acham putativamente capazes de decidir o futuro da nação de antemão, partindo do pressuposto de que a lei geral e abstrata considera que eles têm capacidade eleitoral, sem se realmente apurar perante um juízo competente estes têm capacidade de fato, tanto etárias quanto psicológicas, para o bom exercício desse direito, o que é uma grande tolice. E isso cria uma verdadeira fábrica de manipulações, um mar de oligofrênicos, de incapazes absolutos de fato entre nós que estão munidos de um título eleitoral, mas que são incapazes de gerir a própria vida.
2.2) A prova cabal disso é que um insensato age como um pródigo, não como um juiz, quando na condição de eleitor - ele vota com o estômago ou com o bolso e conta sempre com a chancela de outros asnos como ele para que sua vontade seja manifestada, uma vez que o seu voto é fruto de sua vida desenfreada, pois o biedny vive segundo a concupiscência da carne e em constante desesperação. Eis o império da quantidade, cuja ordem é servida com fins vazios - e esse império cedo ou tarde perecerá.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2022 (data da postagem original).