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terça-feira, 8 de setembro de 2020

Sobre o senso de tomar um país como um lar em Cristo através de uma virtude admirável: casos de multiculturalidade católica

1.1) Por mais insignificante que seja um país, devemos buscar um motivo determinante para tomá-lo como um lar em Cristo. 

1.2) Como bem apontou Ítalo Lorenzon, do Canal Terça Livre, não é a geografia que define uma nação, mas as qualidades de um povo ao longo de sua história, a ponto de manifestar isso na forma de cultura.

2) O Afeganistão pode ser tomado como um lar em Cristo por conta de sua rica história de ser cemitério de impérios de domínio. Esta virtude é nobre e é do tamanho de um grão de mostarda. Essa virtude, por mais pequena que seja, serve muito bem à causa da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) O México deve ser tomado como um lar em Cristo em razão do exemplo dos cristeros, que lutaram contra um império de domínio similar ao nosso. 

4) Em tempos de crise, exemplos admiráveis fazem com que tomemos múltiplos países como um mesmo lar, a ponto de produzir uma multicultura fundada na verdade e observadas as nossas circunstâncias. Se quisermos continuar a bem servir a Cristo, precisamos ser cemitério de impérios de domínio, nem que seja matando e morrendo por Cristo-Rei, que é uma pequena Cruzada fundada na nacionidade.

José Octavio Dettmann

Do brasileiro enquanto afegão médio

1) Fernando Melo, do canal Comunicação e Política costuma designar o homem médio que mora no Brasil como afegão médio.

2) O Afeganistão, historicamente, é chamado de "cemitério de impérios de domínio". De Alexandre, O Grande até a União Soviética, todos os impérios que tentaram conquistar aquele país falharam em seu intento.

3.1) Desde 1822, a maçonaria tem tentado nos desconectar da nossa razão de ser enquanto pátria: servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique - este é o império de domínio que precisa ser combatido. 

3.2) Tempos atrás, o IMUB publicou uma obra chamada "Manifesto ao Grão-Brasil: o Império dos Impérios do Mundo". A República Maçônica Universal que nos domina é a versão definitiva dessa pretensão, posto que ela se funda na igualdade, liberdade e fraternidade (o que leva o homem cheio de si a não-sujeitar-se aos desígnios do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a uma independência nada sagrada, indigna de ser celebrada) ou a morte.

3.3) Se o brasileiro é afegão médio e ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então ele saberá que sua missão civilizadora será colocar este império de domínio no cemitério, tal como todos os outros impérios de domínio do passado. Em Cristo, o que temos aqui é um império de cultura, fundado na verdadeira fé, criado para propagar a fé Cristã. E este é um caso único na história - não existe outro parecido.

4) Enfim, a verdadeira luta pela independência começou. E ela não se dá só no Brasil - ela se dá em todos os territórios do mundo português, além da Lusitânia Dispersa (os países onde o português não é língua oficial, mas que tem uma comunidade de língua portuguesa de porte considerável, como os EUA ou o Japão, por exemplo).

5) Eis algumas coisas que estava aqui a pensar a respeito da expressão afegão médio. E esse afegão médio, se quiser livre, deve matar e morrer por Cristo-Rei, como fizeram lá no México.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 08 de setembro de 2020.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Não me vejam como um novo Olavo

1) Não quero ter razão, mas boa razão fundada na verdadeira fé.

2) Se tivesse razão, eu inflaria meu ego de tal modo que acabaria inviabilizando as pessoas de me fazer uma correção fraterna, nas vezes em que estiver errado.

3.1) Por isso, não quero que façam comigo tal como fazem com o Olavo. Digam que, por conta da verdadeira fé, estou fundado em boa razão, nunca que eu tenho razão. 

3.2) Afinal, através da eucaristia, é Cristo que vive em mim - Ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso, quero que as honras de meu trabalho sejam dadas a Ele - não a mim, que sou um humilde servo da verdade, por conta da missão que nossos ancestrais receberam em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 07 de setembro de 2020.

Do liberalismo como causa e conseqüência da Independência do Brasil, uma verdade histórica

1) Muitos que acusam, e com razão, o "liberalismo" do Imperador D. Pedro I esquecem-se (propositadamente ou por ignorância?), que, quando da independência do Brasil, Portugal era, de facto, governado pelos ultra-liberais, representados nas famosas "cortes de Lisboa". Eles haviam cassado a cidadania da Rainha D. Carlota Joaquina, que se encontrava praticamente em prisão domiciliar em sua Quinta do Ramalhão, e o Rei D. João VI estava em uma posição muito próxima à de Luís XVI, quando este ainda vivia no Palácio das Tulherias, meses antes de ser guilhotinado.

2) Os liberais, na verdade, nunca foram realmente liberais, mas inimigos da Santa Igreja e das verdadeiras tradições da Europa. Eles procuraram retirar ao Brasil sua condição de reino unido ao de Portugal, reduzindo-o a uma condição de subserviência que jamais havia possuído. O Municipalismo que vigorava no território luso-americano é o grande exemplo do quanto aqueles povos detinham as verdadeiras rédeas do governo e a história está farta de exemplos que o comprovam (vide o conflito entre os descendentes dos desbravadores da Paraíba do Sul- Campos dos Goytacazes- e os Assecas).

3) Portanto o Brasil, com uma elite muito rica, não aceitaria tais desacatos. Os liberais, quando falam de independência, eles acusam uma verdade - a que sintetizei acima e a famosa carta de José Bonifácio é um outro exemplo. A maior prova disso é que os homens-bons das câmaras das principais Vilas do Rio e de São Paulo dão o seu apoio ao grito do Ipiranga, em muitas das atas constava a frase : "Fidelidade ao nosso rei D. João VI e abaixo às Cortes de Lisboa".

Heitor Buchaul

Do jornalismo como pirataria ética

1) George Orwell dizia, se não estou enganado, que jornalismo é publicar o que está escondido, enquanto todo o resto é publicidade, onde divulgar as coisas se funda no que é conveniente e dissociado da verdade - no caso, a riqueza tomada como sinal de salvação.

2.1) Há alguns anos, quando tomei conhecimento do livro O Brasil não foi colônia, eu fui ao site do IMUB e comprei o livro. 

2.2.1) Se eu tivsse tomado esta decisão para fazer a compra hoje, não conseguiria encontrar o livro no site do IMUB - nem o livro físico, nem o e-book. 

2.2.2) Se somarmos o fato de que o Brasil está sendo governado por Bolsonaro, eu vejo que Loryel Rocha está sonegando conhecimento, informação vital para se tomar o país como um lar em Cristo. A maior prova disso é que seus vídeos mais recentes são privados, reservados a um público seleto - sinal de que ele está conservando alguma coisa conveniente e dissociada da verdade.

3.1) Eis uma nova vertente para a digitalização: publicar o que se sonega de conveniente e dissociado da verdade, ainda que chamem isso de "pirataria". 

3.2) Certas publicações, por sua natureza, poderiam atingir um público mais amplo, mas são propositalmente postas em circulação num regime de porteira fechada, numa tentativa de se conspirar contra o público. Por isso, se uma cópia for adquirida, devemos digitalizá-la e levá-la a um público mais amplo, uma vez que a verdade pede isso, já que ela se impõe por si mesma. 

3.3) O sujeito que se vale da própria torpeza, pedindo indenização por pirataria, tem mais é que ser punido em razão disso. Como a justiça de nossos tempos está de costas para a verdade, não cabe aqui exercício arbitrário das próprias razões, se eu quiser fazer justiça com as próprias mãos. Afinal, estamos num tempo onde ou eliminamos os inimigos de Cristo ou somos eliminados - não há terceira via.

3.4) Dentro desse contexto, o verdadeiro jornalismo é pirataria ética - e a digitalização, neste aspecto, tem um quê de jornalismo. Como as digitalizações são feitas a base de fotos, trata-se de um ramo especial do fotojornalismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 07 de setembro de 2020 (data da postagem original).

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domingo, 6 de setembro de 2020

Do que é feita a politéia?

1) A filosofia da crise tem seu sentido completo na Ciência da Cruz, tal como exposta em São João da Cruz.

2)  Nela ocorre uma crase, a junção de três coisas: crese, crise, e cruz. As três coisas formam uma só coisa que é distribuída a todo o povo, de modo a formar o kratos. Eis o fator democrático, enquanto aristocracia distribuída.

3) É quase um a, e i, o, u - ela nos aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus no seu grau mais básico. 

4) Para entendermos a politéia enquanto governo dos muitos virtuosos, membros da Igreja Militante que serve a Cristo em terras distantes, precisamos entender a filosofia da crise e a Ciência da Cruz, de modo a compreendermos a política enquanto continuação da trindade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 06 de setembro de 2020.

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Outras coisas que li no O Brasil não foi colônia

1.1) Segundo José Pedro Galvão de Sousa, não vigorou entre nós nenhum estatuto colonial, no sentido de nos colocar numa situação inferior a dos que nasceram em Portugal. Sempre tivemos os mesmos direitos que portugueses, pois sempre fomos considerados portugueses. 

1.2) Some-se a isso o fato de que o Estado do Brasil tinha símbolos próprios - se o Brasil fosse colônia, não poderia ter um símbolo que marcasse sua identidade local; as câmaras republicanas tinham autonomia para cuidar dos assuntos locais e podiam ter um exército local, verdadeiras milícias constituídas por gente local feitas de modo a proteger a localidade em caso de invasão de território. Isto explica porque o Brasil é grande. 

2.1) A coisa só foi mudar de figura quando D. Pedro I nos outorgou a carta de 1824 e começou a desmontar todo o sistema administrativo português sob a mentirosa a alegação de que o Brasil foi colônia, inspirados nas mentiras de seu mentor, José Bonifácio. 

2;2) O centralismo asfixiante nasceu nesta circunstância. E o Exército Brasileiro é o maior ícone do centralismo - ele foi responsável pelo desarmamento do povo ao longo da História, fora que toda sua tradição foi inventada, o que confirma a tese que o Brasil de 1822 é uma comunidade imaginada pela maçonaria, feita na contramão do que decorre de Ourique (basta vermos como Góes Monteiro e Dutra organizaram o processo de invenção de tradições durante a Era Vargas - há um trabalho que trata sobre isso: o Inventando tradições no Exército brasileiro: José Pessoa e a reforma da Escola Militar)

3) Toda uma idéia de identidade nacional começou a ser construída no Império de modo a esquecermos nossa herança portuguesa e a missão da qual somos herdeiros: a de servirmos a Cristo em terras distantes. Isso faz com que esqueçamos o heroísmo que foi feito de modo a povoar esta terra de modo a se servir a Cristo em terras distantes. O povo é realmente heróico, mas a história não está contada de maneira correta, pois nega o passado português. Há um quê de ideologia nessas homenagens (o positivismo dos militares é tão revolucionário quanto o comunismo). E precisamos ver o que não é visto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2020.

Comentários adicionais:

Fernando Braz: Como licenciado em História, sempre defendi Tito Lívio Ferreira e suas argumentações excepcionais. O Brasil nunca foi colônia, não nos termos como foram implementados por José Bonifácio e, tempos depois, seguido por Caio Prado e companhia.

Lilia Carvalho: Tito Lívio é lúcido e muito sagaz em toda sua narrativa. 1822 foi um jogo de interesses e até hoje o cidadão paga as consequências. Fomos, sim, a capital de um país europeu e nem naquela época tínhamos a cidadania portuguesa. Essa história precisa e deve ser repassada a limpo inclusive o papel do Exército em toda a dinâmica da formação do Estado brasileiro. Falo também como licenciada em História. Roberta Bukowski, leia esse texto.

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