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domingo, 21 de julho de 2019

Comunicação social, rede social, nacionidade e política - reflexões sobre isso tendo por base a economia da salvação

1.1) Se a política é caridade organizada de tal maneira a fazer o país ser tomado como um lar em Cristo, de modo a preparar os que nele habitam para a pátria definitiva, que se dá no Céu, então os meios de comunicação social que se destinam ao conhecimento geral de todo o povo devem ser organizados de tal maneira a não buscarem a riqueza como um sinal de salvação ou um fim em si mesmo, pois informar é evangelizar.

1.2) As grandes organizações de comunicação social poderiam ser fundações voltadas à promoção da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Por isso, as redes católicas são redes consideradas públicas, muito embora a Igreja Católica seja considerada uma entidade de Direito Privado no Brasil. Como ela serve à causa de Cristo, que é a verdade em pessoa, então ela é pública.

2.1) Para colaborar com o trabalho salvífico, é conveniente e sensato haver canais organizados pela livre iniciativa dos que tomam o país como um lar em Cristo destinados à análise política, destinados a quem realmente deseja se informar sobre assuntos específicos, mais aprofundados. Eles podem se pautar pela busca do ganho sobre a incerteza, desde que não o façam isso com um fim em si mesmo.

2.2) Esses canais dependem da credibilidade para poder crescer - e para isso, precisam preencher círculos concêntricos. Se um canal serve bem dentro de uma municipalidade, ele terá permissão da autoridade competente para atuar em outro município, se agir com lealdade para com os seus ouvintes. Quando já tiver servido bem dentro de um estado, poderá atuar em outro estado. Se atuar em todos as 27 unidades federativas, aí poderá ser considerado canal nacional.

3) A maneira como foi organizada a comunicação social no Brasil faz com que tudo esteja no Estado e nada esteja fora do Estado. Ela concentra muito poder em poucos mãos, a ponto de fomentar ideologia, guerra cultural, alienação e cultura de massa. Eles ganham dinheiro emburrecendo as pessoas.

4) Se eu fosse dono de uma empresa nos moldes do youtube, somente os católicos teriam liberdade fazer uso dos serviços, para fazer o que deve ser feito. Quem usa os serviços para promover ideologia, para relativizar a verdade, que perca sua conta. A defesa da verdade não terá censura da minha parte - todos somos radicais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2019 (data da postagem original).

Uma conversa privada vale mais que um debate público sobre o nada

1.1) Se tiver de tomar por debate público todas as picuinhas e artimanhas que ficam a fazer em Brasília, isso é falar sobre o nada. O que vejo é que a sirene não pára de tocar, avisando que temos que correr para o bunker para nos abrigar das agressões criminosas vindas desses corruptos. Isso não é vida.

1.2) Foi para isso que separaram o Brasil de Portugal? Se é assim, quero o Brasil volte à casa do pai, servindo a Cristo em terras distantes. Falar em soberania não passa de uma conversa louca, de uma conversa de pródigos, de gente incapaz de lidar com a sua própria miséria, de compreender à própria natureza de perdulários.

2) Os poucos amigos que tenho aqui, em conversas reservadas comigo, fazem mais pelo Brasil do que esses grandes debatedores públicos. Uma conversa privada inteligente vale mais que um noticiário.

3) Houve quem dissesse que mereço ser ouvido por mais gente. Será que essas pessoas vão estudar todos os artigos que escrevi, que já beiram quase 5 mil escritos? Sei que minhas postagens carecem de sistematização, pois poderiam formar excelentes livros. Mas a questão é a seguinte: vale a pena publicar livros, a julgar pelo comportamento das pessoas, movido pelo modismo que é próprio da cultura de massa, que não passa de fogo de palha?

4) Se tivesse que publicar minhas reflexões, eu deveria fazê-lo da forma como faço, ao digitalizar livros: organizo o pdf, mando para a gráfica fazer uma pequena tiragem. Um exemplar será reservado para ser digitalizado: os demais serão vendidos da forma como vendo minhas digitalizações. Tudo será feito de maneira artesanal.

5.1) Prefiro as coisas desse jeito. Prefiro lidar com indivíduos, com gente de carne e osso.

5.2) Prefiro que as coisas se dêem face a face. Uma boa conversa privada pode se tornar pública se não houver guerra cultural ou idolatria - se não houver uma sincera busca pela verdade, você não me encontrará.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2019 (data da postagem original).

Notas sobre o patrulhamento ideológico que fazem, ainda que você tenha boas razões para discordar dos grandes barões da direita

1) De hoje em diante, não comento mais postagem de meus colegas. Quando for comentar, farei isso em reservado, inbox. Teve um que me acusou de desequilibrado, ao dizer que esses figurões da direita faziam a vaidade falar mais alto que a verdade. E a filosofia tomista, nesse ponto, não passa de um grande porrete.

2.1) Processo na justiça não vai adiantar. Tal como barbeiragem no trânsito, essa gente precisa ser proibida de maneira permanente a usar a rede social. Fazem disso uma rede de intrigas.

2.2) A rede é uma arma, um instrumento de trabalho. Você precisa ter preparo psicológico e certa experiência de vida no mundo real antes de usar. O dia em que você tiver maturidade, aí você poderá usar a internet de maneira livre.

2.3) O que vejo aqui é o uso dela para fins vazios. Fazem guerra cultural de tal maneira que controlam o pensamento de todos os que discordam dos grandes barões da direita, ainda que estes tenham boa razão de discordar. Eles são injustamente chamados de "ingratos".

4.1.1) Eu nunca conheci Olavo ou outros pensadores pessoalmente, antes da rede - a julgar pelo que já passei por aqui, nem vale o esforço.

4.1.2) A primeira vez que ouvi falar dele pela primeira vez foi em 2004, através de um amigo meu, que era liberal. Quando passei a me dedicar a rede em 2007, quando já estava praticamente formado, eu não tinha acesso ao Olavo. O grupo de discussões dele era fechado e não permitia a entrada de novos membros. Se o olavismo é hoje uma seita, isso tem relação ao que era feito no orkut. Não houve um que movesse céus e terras por mim para que eu realmente alcançasse o saber.

4.1.3) Quando ele veio para o facebook em 2009, eu o adicionei. Estudava para concurso público e não tinha tempo para fazer o que faço hoje, que é escrever. Quando resolvi acompanhar o pensamento dele aqui na rede, uma legião de loucos dando-lhe razão, por mais que dissesse absurdos, como dizer que D. Afonso Henriques era um assassino e que criou um império da noite pro dia tal como teve a audácia de narrar no seu Jardim das Aflições. Só por isso, já valeu o meu desprezo, agora que estou aprendendo a outra ponta da nossa história que nos foi sonegada.

4.2.1) Pela minha experiência, seria fraqueza da minha parte admirar alguém. O sujeito pode ser muito inteligente, mas se ele não amar e rejeitar as mesmas coisas fundadas no verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então o legado dele será nulo. É como enterrar o talento que lhe foi confiado.

4.2.2) Pouquíssima gente no Brasil gosta de estudar. Esse pessoal parece não ter consciência de classe. Eles se valem de sua condição de jornalistas tarimbados para manipular os outros e para fechar as portas a quem realmente gosta de aprender, a quem busca realmente a verdade de todo o coração. Se eu não tiver espírito de gado, não posso ser iniciado nos mistérios da seita, já que tudo isso se reduziu aos grandes mistérios do universo, a ponto de buscarem a ilusória unidade transcendental das religiões.

4.2.3) Mesmo que discordem disso, as atitudes dos olavetes falam mais do que palavras. São as minhas impressões, depois de muitos anos vendo até onde foi parar essa loucura, à luz do que é a História do Brasil, enquanto comunidade imaginada criada para servir de modelo aos avanços da Nova Ordem Mundial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2019 (data da postagem original).

sábado, 20 de julho de 2019

Se Jesus disse que devemos amar os inimigos, então amemos os que odeiam o que há de pior em nós

1) Eu tenho certeza quase absoluta de que muitas pessoas na falsa direita não fazem o devido exame de consciência. Se sinceridade implica estar diante do Altíssimo, então devemos imitar o exemplo de seu fiel vassalo D. Afonso Henriques.

2) Todos nós que estamos sujeitos à proteção e autoridade do vassalo de Cristo precisamos ser sinceros. Esta é a virtude que deveria ser cultivada ao extremo, pois leva a um império de cultura movido pelo Divino Espírito Santo.

3) A partir do momento em que o Crucificado de Ourique é negado, não sobra nada no lugar, a ponto de o abrasileiramento ser essencialmente não ter caráter algum, um indício claro de conservantismo.

4) Santo Agostinho dizia que devemos olhar para os que as pessoas amam. Se visse nessa classe falante toda uma verdadeira amizade fundada no Crucificado de Ourique, eu certamente não seria inimigo dessa gente toda, a ponto de dizer-lhes a verdade. Eu digo a verdade - e não me importo de perder amizades.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2019.

Somente os inimigos dizem a verdade

1) Stephen King dizia que os inimigos dizem a verdade. Os que são amigos uns outros, fundados em qualquer coisa menos o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, se prendem pela delicada teia do respeito, que faz a liberdade ser servida com fins vazios e a verdade ser relativizada.

2) Os liberais tratam os comunistas com afável cortesia. Só por isso eles precisam ser odiados, pois conservam tudo o que é conveniente e fora da verdade.

3) Os conservadores anglo-saxões são frutos de um ambiente infectado pela heresia do Henrique VIII. Conservam as coisas fundadas em critérios puramente humanos, jamais imaginam o espírito cristão que moveu a construção da catedral de Notre Dame. O fato de tratarem seus adversários com afável cortesia, a ponto de tomarem um vinho do porto e fumarem charuto amigável com seus adversários, já denota o teatro.

4.1) Eu odeio todo esse teatro. O Brasil nunca foi colônia e sua fundação se deu por ordem do Filho do Altíssimo, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

4.2) O conservantismo, o comunismo, o liberalismo precisam ser odiados, pois são uma grave ofensa a Cristo. Eles não passam de emulação. Através desse asfixiante ambiente criado com a independência do Brasil, nós só imitamos animais que mentem. Se fossem animais que erram, estariam no confessionário todos os dias pedindo perdão a Deus por falar mal de Portugal todos os dias. A graça de Deus os perdoaria, pois Deus é grande.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2019.

Da necessidade de ler biografias como a de Lacerda

1) Quando não há santos entre nós, qual é o primeiro passo a fazer? Ler as biografias de santos. Dentre vários modelos de comportamento que foram alçados ao brilho dos altares, você escolhe o mais adequado a você ou você pega o melhor de um com o que há de melhor de outro santo.

2) O conservadorismo no Brasil foi extinto quando acabaram com a carreira política de Lacerda. Se você quer ser conservador de verdade, estude a biografia de Carlos Lacerda. Tente trazê-lo para a nossa realidade: o que ele faria nas circunstâncias em que se deram as eleições de 2018? Ele faria o que fez Bolsonaro? Ele faria o oposto?

3) O fato de o Brasil não ter biografias políticas de homens públicos sérios revela a falta de imaginação moral para esses assuntos tão importantes.

4) Lacerda é o maior nome do conservadorismo brasileiro, fruto de toda uma ação católica que se pode datar desde 1916, quando a República permitiu aos hereges pregarem as suas heresias, sem necessidade de censura ou licença. Muitos padres e bispos se mantiveram fiéis à figura da Rendentora: a tal ponto que isso ensejou a fundação da PUC em 1930. Foi a partir da PUC-RIO que surgiu uma intelectualidade católica muito forte.

5) Com a eliminação desse movimento pelos militares, com a entrega das universidades aos comunistas, com a ação nefasta Teologia da Libertação, nunca mais houve o surgimento de uma geração como aquela.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2019.

Por que a capital tem que ir para São Paulo?

1) O professor Loryel dizia que Brasília foi concebida para ser uma Nova Roma. O discurso de fundação de JK deixa transparecer isso.

2) Se a independência foi fundada na mentira, então fundar aquela ilha da fantasia foi o cúmulo da soberba. Não basta tirar a capital de lá - seu simbolismo pérfido precisa ser destruído.

3) Qual seria a cidade ideal capaz de abrigar a capital? Essa capital precisa ser a capital geográfica do Brasil, voltada para o senso de servir a Cristo em terras distantes. Como bem disse Jaime Cortesão, essa capital é São Paulo.

4) É de São Paulo que vêm os bandeirantes, os maiores servidores da Coroa Portuguesa. Eles expandiram o Brasil. Eles têm todo o histórico ideal para abrigar a capital. São Paulo resume muito bem o Brasil verdadeiro: o Brasil que trabalha e que faz os imigrantes tomarem o país como um lar em Cristo. É a síntese do espírito português nesta terra, negado pela independência.

5.1) Ao contrário do Rio e de Brasília, São Paulo se fez pela iniciativa particular sistemática de seus cidadãos. Se você quer um novo Brasil, é este valor que precisa ser promovido.

5.2) O Rio de Janeiro não pode abrigar a capital por enquanto: ele está favelizado e necessita de uma economia fundada na iniciativa privada de seus cidadãos. Os funcionários públicos que têm aqui precisam ser aposentados.

5.3) Quando o Rio tiver uma economia privada forte, com histórico de bons serviços à nação, só aí ela pode voltar a ser capital. Ela precisa de símbolos históricos claros, como são os de São Paulo. Isso pede gerações.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2019.