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sexta-feira, 13 de julho de 2018

Brasília: cidade-modelo da apeirokalia urbana brasileira

1) Até 1990, o Distrito Federal tinha um governante designado pelo Presidente da República. A idéia era que a capital fosse a cidade-modelo para que as demais cidades seguissem o seu exemplo. Podemos ver isso em Buenos Aires ou Paris, por exemplo.

2.1) Como falei nos outros artigos, a cidade de Brasília foi criada a partir da cultura do amor de si até o desprezo de Deus, do Crucificado de Ourique. Por essa razão que o Rio de Janeiro, cidade historicamente portuguesa, não servia aos propósitos da maçonaria que domina o Brasil desde a secessão.

2.2) Além disso, é preciso somarmos a isso o planejamento estratégico, já que o Rio é uma cidade litorânea e esteve a ponto de ser bombardeada, durante o episódio conhecido como "A Revolta da Armada". Por isso, encontrar um lugar adequado para sua fundação no Planalto Central e viabilizar a integração nacional foi mesmo necessário. E não foi à toa que houve a famosa expedição Cruls, que lançou as bases para a futura fundação de Brasília.

2.3) Brasília nasceu da concepção de dois arquitetos: Oscar Niemeyer, notório comunista, e Lucio Costa, que presidiu o IPHAN e notabilizou-se como um dos maiores assassinos de monumentos da História da República. Como o comunismo decorre do amor de si até o desprezo de Deus, então ele é uma ode à maldade, à falta de beleza interior. É justamente por conta disso que a arte arquitetônica passou a ter um fim nela mesma e passou a servir a finalidades mais funestas, edificando liberdade com fins vazios.

3) Como Brasília é a cidade-modelo da apeirokalia urbana brasileira, isso acabou gerando maus políticos, políticos ineptos, de baixa qualidade moral. E eles têm dominado o cenário político desde que o Distrito Federal ganhou autonomia política, em 1990.

4) Governar Brasília implica remar constantemente contra a maré, dado que é preciso combater até mesmo a maneira pela qual esta cidade foi concebida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de julho de 2018 (data da postagem original).

Paulo Manuel Sendim Alves Pereira: Acho que isso não tem nada a ver. No Rio de Janeiro os políticos são muito piores em todos os aspectos e pontos de vista, e a cidade também em tudo aquilo que teve influência humana, nos últimos anos. Para além disso Brasília, foi uma ideia lusitana do Marquês de Pombal. Atribuir a ideia de Brasília a outros não é mais do que instrumentalização da história. Brasília era para ser a capital do império português, para que este não sucumbisse com qualquer "invasão francesa". Pretendia-se não ficar à mercê de ataques esporádicos bem sucedidos pelo Litoral. Olha a confusão em que estaria metido o Brasil se o Rio fosse a capital. Pensem bem!

 Silas Feitosa:  A escolha de um local distante dos mares, como forma de evitar ataques estrangeiros, saiu da cabeça de José Bonifácio de Andrada - pelo menos, ele foi um deles. Agora, a concepção arquitetônica da cidade foi toda montada a partir de pressupostos socialistas. Isso está amplamente documentado. Lucio Costa e Oscar Niemeyer nunca esconderam isso. A degradação do Rio contém outros componentes, entre eles, a mal planejada abolição da escravatura, que foi uma decisão acertada, mas feita de forma atabalhoada, sem pensar numa solução plausível para milhares de escravos que ficaram perambulando pelo Rio.

 Paulo Manuel Sendim Alves Pereira: Da esquerda à direita, tudo historinhas da carochinha. Incrível!
Marquês de Pombal já tinha a ideia do planalto central, enquanto Bonifácio nem tanto, pois ele planejou a capital mais para Minas.

Silas Feitosa: Em vez de dizer que fomos enganados, apresente suas razões, os fatos históricos que comprovem isso.

 Paulo Manuel Sendim Alves Pereira: 

https://sol.sapo.pt/artigo/6816/marqu-s-de-pombal-e-autor-da-ideia-da-cidade-de-brasilia

https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/brasilia/brasilia.pdf

José Octavio Dettmann: Eu ia morrer sem saber que foi o Marquês de Pombal quem planejou a mudança da capital pra Brasília.

Maurício da Silva. Eu também. Mas, de qualquer forma, Pombal era um liberal e isso por si só não desmonta o argumento.

José Octavio Dettmann: Exato! Isso não desmonta o argumento de que Brasília é um monumento do amor de si até o desprezo de Deus, ainda mas vindo da mão de Pombal. Por conta do amor de si até o desprezo de Deus, Brasília, querendo ou não é, o modelo de apeirokalia urbana por excelência, nestas terras. E pior é chamar essa coisa horrenda de "Terceira Roma". O Loryel aponta isso num vídeo - era para ter uma segunda parte, a qual ainda não foi publicada no youtube.

Notas sobre o ritmo na fotografia de livros

1) Dizem que os melhores trabalhos tomam mais tempo para ficarem prontos. Isso é verdade, já que eu sou perfeccionista por natureza. Sempre estou de olho no céu de modo a ver se o tempo vai ser favorável para se tirar uma boa foto ou não. Por hábito, sempre fotografo uma página por dia, uma vez que tenho de deixar o peso atuando sobre o papel de modo a tirar o curvado da página que vou fotografar no dia seguinte - e esse trabalho leva um dia inteiro. Se um livro tem 300 páginas, certamente levarei 300 dias de bom tempo fotografando. Quando há tempo ruim, o trabalho fica suspenso até o próximo dia com tempo bom. Trabalho todas as manhãs, de segunda a segunda fotografando.

2.1) Como falei no meu artigo anterior, eu não tenho pressa; afinal, esta é a maneira mais rápida que encontrei de envelhecer com saúde e sabedoria, pois faço isso até ficar perfeito.

2.2) Como tudo na vida, este trabalho tem um ritmo, tem uma cadência. Não adianta forçar - a beleza vem de dentro pra fora, já que digitalizar é um serviço dedicado aos outros, um ato de bondade - e isso precisa ser feito tal como um ferreiro que forja o ferro até atingir o formato desejado.

2.3) Trata-se de uma verdadeira arte, pois esta é a melhor pedagogia que conheço para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Se você busca eficiência, você busca a si mesmo até o desprezo de Deus e isso só será válido se o homem for a medida de todas as coisas; nesse ponto, o que mais vale é a sobrevivência - nela vale a lei do mais forte, não a justiça.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de julho de 2018.

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Reflexões com base nas minhas memórias de infância

1) Quando a mãe adotiva do meu pai era viva, ela tinha um pé de café.

2) Aqui onde moro, volta e meia eu costumo ver revoadas de jacu.

3) Se tivesse o poder de Cristo de mandar uma oliveira sair de onde está e ir plantar-se no mar, eu mandaria o pé de café que vi na minha época de criança no Murundu ir plantar-se no sítio aqui do lado do meu condomínio no Pechincha, aos meus 37 anos de idade.

4) Os jacus iriam se alimentar dos frutos do pé de café e iriam soltar suas fezes, que mais parecem pé-de-moleque.

5) Se tivesse poder divino, eu iria tirar a máquina que inventaram para processar o cocô do jacu do seu lugar, no Espírito Santo, e traria aqui pra casa. No final, iria ter café jacu à vontade, sem pagar uma fortuna na Confeitaria Colombo.

6.1.1) O problema é que riqueza não se cria a partir de milagre - se fosse assim, a riqueza seria sinal de salvação. 

6.1) Como isso não é possível, já que não sou divino, a solução seria ter um lugarzinho pra plantar café, um viveiro de jacus - com direito à licença do IBAMA para criar a espécie - e comprar a máquina que inventaram no Espírito Santo para processar o cocô do jacu de modo a ter o café beneficiado. Outra saída possível seria comprar a patente da máquina, de modo a fabricá-la eu mesmo, assim que o privilégio temporário passar, contados 20 anos do registro no INPI.

6.2.1) Por essa razão, o jeito é me organizar, pois isso é humanamente possível. Todas estas coisas pedem muito investimento e seriam implementadas não na minha época, mas na época dos meus filhos ou dos meus netos - isso se tiverem um parafuso a menos tanto quanto eu.

6.2.2) No dizer dos nativos norte-americanos, nós não herdamos a terra dos nossos antepassados - o que fazemos é pedi-la emprestada aos nossos filhos de modo a torná-la produtiva. E os juros disso não vêm só em forma de capital financeiro, já que a riqueza não é sinal de salvação - os diários e as memórias escritas que decorrerem das nossas experiências podem ser contados como juros que pagamos aos nossos filhos, quando se tornarem nossos sucessores de tudo aquilo que fizemos.

6.2.3) E é com base nesse legado que eles renovam o empréstimo e aprimoram a estrada criada. Eis a tradição, ligando o passado, o presente e o futuro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2018.

Para mim, a empiria tem mais valor do que a ciência contaminada pelo positivismo histórico

Empiria: conjunto de dados ou acontecimentos conhecidos através da experiência, por intermédio das faculdades sensitivas e não por meio de qualquer necessidade lógica ou racional.
1) Enquanto alguns trabalham com obras, com dados documentados, eu trabalho com coisas decorrentes das minhas experiências de leitura, de minha vivência pessoal, bem como de conversas que tive com os contatos no Facebook. Além disso, tendo a aprender por osmose: muitas das postagens que compartilho de meus contatos contêm sabedoria, o que aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus - e isso é mais importante do que a ciência.

2.1) Quando dizem que eu invento o que escrevo, eu confesso que fico bastante ofendido, uma vez que não crio a partir do nada.

2.2) Eu não inventei o termo "nacionidade", assim como não inventei o termo "conservantismo" - esses termos eu peguei de livros que tenho e meditei sobre isso. No caso do termo "nacionidade", eu tirei do artigo Para onde vão as nações e o nacionalismo?, de Katherine Verdery, constante no livro Um Mapa da Questão Nacional, publicado pela Editora Contraponto, em 2000; o termo "consevantismo", por sua vez, eu retirei do prefácio que Pedro Calmon escreveu para a obra Da natureza e dos limites do Poder Moderador, publicado pelo Senado Federal, em 1978, por ocasião do centenário de falecimento de Zacharias de Góes e Vasconcellos.

3.1) Se tivesse condições e preparo para ler os documentos, eu certamente faria um trabalho melhor.

3.2) Como moro num país onde é preciso beijar a mão de comunistas de modo a se conseguir uma bolsa, então faço investigação de maneira improvisada, da melhor maneira que posso. Deus me deu uma boa cabeça sobre os ombros - com ela vou fazendo empiria, anotando e coletando experiência. Isso tem mais valor do que essa ciência materialista e positivista que atualmente vigora nas universidades, que castra a literatura e a imaginação das pessoas, impedindo-as de tomarem o país como um lar em Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de junho de 2018.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Por uma história cristocêntrica

1) Depois de muito estudar sobre Ourique, senti que eu precisava mesmo lançar um olhar sobre o Reinado Social de Cristo-Rei à luz desse. Eis aí uma cristologia que precisaria ser estudada, por conta desses sucessivos milagres ao longo da História. Algo que sempre foi negligenciado pela tal "ciência" da História, materialista e imanente

2) Se há Historia Social, é porque há um juiz dos vivos e dos mortos - e é com base n'Ele que devemos contar essa história.

3) Eis a base da verdadeira História Universal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2018.

Comentários:

Augusto Mendes: É um estudo da maior importância. É claro que é possível tentar fazer um vasto panorama, mas acredito que estudos bem circunscritos deveriam ser priorizados.

José Octavio Dettmann: Você tem razão. 

Notas sobre Ourique e o Reinado Social de Cristo-Rei (seguida de uma pequena advertência aos leitores)

1) Em Ourique, Cristo quis um império para Si e por isso mandou os portugueses servirem a Ele em terras distantes. Eis o começo da expansão do Reinado Social de Cristo-Rei, cujas origens remontam à queda do Império Romano e o conseqüente florescimento da civilização européia, quando a Igreja converteu os bárbaros ao Cristianismo.

2.1) Todos os artigos que escrevi acerca de Ourique e da necessidade de restaurar o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - bem como sobre ética católica e o espírito do distributivismo - visam à Glória do Santo Nome de Jesus, pois preciosíssimo é o Seu sangue.

2.2) Quem se escandaliza com o que escrevo preza mais o amor de si até o desprezo de Deus. Tanto é verdade que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a tal ponto que servirá liberdade com fins vazios, relativizando essa verdade - o verbo que se fez carne e que fez em nós, por meio da Santa Eucaristia, santa habitação, a ponto de conservarmos a memória de Sua dor e agirmos de modo a promover Seu reinado social, ligando a Terra ao Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2018.

Comentários:

Ricardo Roveran: Esta informação é importante. Qual é a fonte?

José Octavio Dettmann: Eu meditei sobre isso tendo por base postagens do Carlos Nougué a respeito do Reinado Social de Cristo-Rei, somado ao que já meditei a respeito do Milagre de Ourique.

terça-feira, 10 de julho de 2018

A Bondade, A Beleza e O Bem

Há uma perfeição interior e uma exterior. Chamamos Bondade a interior, Beleza a exterior. Por isso, o que é inteiramente Belo e Bom, perfeito, é felicíssimo. Há essa diferença em todas as coisas – nas pedras preciosas, nas plantas, nas árvores, nos animais. A virtude da alma também parece transluzir-se no decoro das palavras, nos gestos, nos atos honestos. A substância sublime dos céus projeta neles uma luz claríssima. Em tudo isso, a perfeição interior produz a exterior. Chamamos a uma, Bondade, a outra, Beleza. Por isso, a Beleza é como uma flor da Bondade, seu alimento, oculta no interior, para atrair os que a admiram.
MARSÍLIO FICINO (1433-1499), “De amore”, quinto discurso, cap. I (trad. minha, concisa).

Ricardo da Costa

Facebook, 9 de julho de 2018.

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