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segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Qual é a minha postura, quando quero adicionar alguém?

1) Quando pretendo adicionar alguém, eu não solicito a amizade imediatamente. Eu antes converso com a pessoa, mando minhas postagens, de modo a fazê-la se interessar pelo que faço. Ela me adiciona e eu aceito.

2.1) Se a pessoa gosta do que faço, então ela me permitirá pescar no seu mural, de modo a difundir o meu trabalho - uma postura gentil, uma liberdade que me é concedida para difundir o trabalho que faço. 
 
2.2) Se pescar homens é dar a Deus o que é de Deus sistematicamente, então distribuir implica ser gentil e generoso, a ponto de não exercer arbítrio algum contra alguém que é semelhante a mim, pois apertar o botão pura e simplesmente sem informar as razões pelas quais me adiciona é arbítrio. Eu sou formado em Direito e sei que esta não é uma postura ética.

3.1) Se estivesse trabalhando como advogado, eu antes conversaria com os meus contatos e pegaria causas relacionadas ao bloqueio do avanço da ideologia comunista.

3.2) O problema da advocacia é que a OAB tem o monopólio da profissão, a ponto de estar pagando para trabalhar, o que inviabiliza meu estilo de trabalho. Por isso que estou trabalhando na seara cultural - recebo doações e essas doações são usadas na aquisição de livros, de modo a me aperfeiçoar no meu trabalho. Por enquanto, meu trabalho de escritor não banca meu trabalho de advogado.

3.3) Eu ajo dessa forma porque não sou positivista. Além disso, eu abomino essa doutrina diabólica e não consigo conceber a advocacia como um comércio e uma prostituição, tal como muitos fazem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2018.

Notas sobre rede social e pesca sistemática dos homens (ou notas sobre o processo de continentalização de almas que adoto)

1) Cada pessoa que se interessa pelo trabalho que faço como escritor é um peixe por mim pescado.

2.1) Na rede social, cada peixe pescado tem conexões com o seu cardume.

2.2) Se você pesca um peixe, ele aponta para o lago do qual faz parte, de modo que o cardume inteiro seja também pescado com o tempo. É como se o peixe fosse a semente de um grande lago, onde você fará a piscicultura.

3.1) Quando se tem 99 peixes pescados que te ouvem, então os lagos se transformam num grande oceano.

3.2) Como pesco homens, então o mar liga as terras, continentalizando almas.

3.3) Como escrever é semear almas, é como se estivesse dizendo à oliveira a sair de seu lugar e ir plantar-se no mar, a ir servir em terras distantes de modo que todas as coisas apontem para a Deus.

3.4) A oliveira que foi plantar-se no mar se chama Portugal - e o rebento de oliveira é o Brasil, cujo descobrimento é desdobramento do que houve em Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2018.

Como deve proceder o advogado na rede social, de modo a difundir o seu trabalho? Um caso de capitalização moral, por força da vocação

1) Uma pessoa te adiciona, mas não te diz a razão pela qual te adicionou.

2) O perfil diz que a pessoa é advogada. Quando essa pessoa é perguntada das razões pelas quais me adicionou, ela me diz que está divulgando o seu trabalho de advogada.

3) Esse tipo de divulgação não é correto. Adição forçada, sem licença, é uma forma de usar a pessoa, invadir a casa virtual dela. Se divulgasse meu trabalho para essa pessoa, ela certamente me bloquearia. Por isso, eu a bloqueei, pois a pessoa me usaria e me bloquearia. Falta do senso das proporções.

4.1) Se quisesse divulgar meu trabalho de advogado, eu primeiro trabalharia para os meus amigos, dentro da minha área de atuação. Depois que a causa estivesse resolvida, a gente acertaria as coisas depois, sempre de maneira reservada, fora da internet.

4.2) Esse é o meu jeito de trabalhar, pois parto do pressuposto de que meu amigo e cliente ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - como o Estado está divorciado da lei natural, então o meu trabalho é restaurar o que foi rompido. Por isso que não advogo, pois considero o positivismo jurídico uma heresia. Sou um homem de Estado por vocação - e posso atuar tanto no ramo político e cultural quanto no ramo jurídico. Como as circunstâncias atuais não favorecem o meu trabalho como advogado, então eu me concentro no trabalho cultural.

4.3.1) Jamais faço da advocacia um comércio e jamais uso as pessoas. Não trabalho por dinheiro, mas para servir ao próximo, de modo que tomem o país como um lar em Cristo, uma vez que levarei a causa dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo à justiça, de modo que Cristo seja visto no meu cliente, por estar com a razão.

4.3.2) Se presto um bom serviço, então é justo receber pelo serviço prestado, mas isso deve partir daquele que me chama para o serviço, pois o esforço deve ser remunerado. Como aqui prevalece a cultura da malandragem, então querer esperar que eu trabalhe de graça é escravidão - o que denota má consciência, um dado que revela o caráter de quem age com esta intenção para comigo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro 29 de janeiro de 2018.

Mitologema e Cultura Luso-Brasileira

1.1) Vicente Ferreira da Silva defende a estreita e íntima conexão entre Mitologema e cultura. Não existe Cultura sem Mitologema.

1.2.1) No ocidente, convencionou-se que a filosofia "verdadeira" se opõe ao mito, desembocando no falso argumento de que mito é fábula, invencionice, ficção, literatura imaginária, delírio ou mentira. Um desfile de torpezas e desarranjos foi desferido contra os mitos e os mitologemas de cada cultura.

1.2.2) Essa desconstrução - fruto dos embates internos da filosofia com ela mesma, depois da religião com a filosofia, e de ambas com a ciência - foi crescendo e, junto com ela, todo o sentido de Cultura, de identidade nacional sofreu significativa erosão e desfiguramento, a ponto de contribuir para os discursos globalizantes, proposta esta que é a antítese de toda e qualquer idéia de cultura em particular, nivelando a tudo e a todos em prol de uma "nova ordem mundial", de uma "cidadania global".

2.1) No Brasil, a obra de Vicente Ferreira da Silva (amigo do filósofo português Agostinho da Silva, com o qual fundou o Grupo de São Paulo e partilhava da proposta entre Mitologema e Cultura) está na contramão das convenções históricas e isso merece acurados estudos. Qual a importância dela? Ela trouxe, para a atualidade, um discurso renovado e rigoroso centrado no Mitologema e na Cultura luso-brasileira, numa época em que as identidades nacionais sofrem uma brutal desconstrução, erosão e esvaziamento de sentido e valor. "Amar a pátria, a cultura pátria, a história pátria", nos dias de hoje é um crime quase inafiançável.

2.2.1) Urge alterar tal metodologia ideológica revolucionária, trazendo contrapontos levantados por determinados autores e obras que posicionam o Brasil em estreita e íntima conexão com Portugal até 1822, sem se fechar a nenhum tipo de interpretação. 

2.2.2) A procura das "origens", cifrada no Mitologema absorvido pela Cultura - que ajudou a definir o caráter cristão do povo português (no qual o Brasil se incluía) -, é um passo fundamental para a refundação do Brasil. Neste sentido, a obra de Vicente, bem como a do filósofo português José Eduardo Franco configuram contribuições investigativas significativas e basilares, marcos de reorientação dos estudos historiográficos. 

2.2.3) Sob outra perspectiva, mas em diálogo com os mitos, Alice Lázaro tem incursionado brilhantemente na revisão história de D. Maria I, D. João VI, D. Carlota Joaquina e outros personagens da nobreza portuguesa cuja reconstrução histórica aponta para o Mitologema que perpassa toda a história de Portugal desde o início de sua nacionalidade. Precisamos entender a chamada de atenção que nos fizeram:

Arlindo Veiga dos Santos: "O presente que nega o passado não terá futuro".

Roquette-Pinto: "É preciso conhecer o Brasil com os seus encantos e as suas tristezas, para amá-lo conscientemente"
 
Álvaro Ribeiro: “A históia mostra que a humanidade tem sido até agora incapaz de resolver os seus próprios problemas, mas esconde fatores sobrenaturais da evolucão humana, na medida em que vai desdenhando da tradição, da lenda e do mito para respeitar os métodos positivistas da historiografia”

Mário Ferreira dos Santos: "Com símbolos, expressamos o que não poderíamos fazer de outro modo, porque, com ele, transmitimos o intransmissível."

3) O Mitologema fundante e fecundante da história de Portugal e do Brasil é a visão de CRISTO em Ourique por D. Afonso Henriques. Este marco impulsionou toda a trajetória da Coroa Portuguesa assumindo para si a missão de expandir a FÉ e o IMPÉRIO do Espírito Santo.

Loryel Rocha (https://www.facebook.com/loryel.rocha.1/posts/1463054493803026?pnref=story)

Facebook, 26 de janeiro de 2018.

Por que o partido português se funda na realidade e não na ideologia, como o partido brasileiro?

1.1) Se a base do poder está distribuída na sociedade, então o verdadeiro poder está no fato de se tomar o país como um lar em Cristo, por força da missão que recebemos em Ourique.

1.2) Como sinceridade implica estar presente diante de um ouvinte onisciente, que sabe tudo e pode tudo, então um partido é formado a partir da organização de pessoas que tomam o pais como um lar em Cristo, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, por força da missão que d'Ele recebemos, o que nos leva à conformidade com o Todo que vem de Deus e que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. É por meio desse amor à verdade que organizamos o bem comum e servimos aos nossos semelhantes, o que é caridade sistemática.

1.2.2) E é neste ponto que tomar partido sistemático daquilo que recebemos como missão é um movimento do ser de uma nação tomada como um lar e não uma ideologia - nela o Estado está acima da sociedade e tudo estará no Estado e nada poderá estar fora dele. E o movimento do ser fundado na verdade é uma projeção de poder, uma projeção de poder real. E esse poder não poderá ser manipulado por todos aqueles que conservam o que é conveniente e dissociado, pois as pedras não se calam, ante a injustiça sistemática.

1.3.1) É neste ponto que o partido português se difere do partido brasileiro, fundado na mentira e na ideologia.

1.3.2) E Ideologia, segundo Destutt de Tracy, é o conjunto de coisas pensadas pelo homem de modo a se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de nos afastar daquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

1.3.3) Dentro da ideologia cabem as falsificações históricas de modo a justificar a odiosa secessão de 1822 como se fosse uma independência, a ponto de criar uma cultura falsa, fora do verdadeiro mitologema fundado em Ourique.

2.1) Neste sentido, a reação messiânica é um claro movimento, ainda que consciente, de que o povo quer a sua verdade de volta, pois somos desdobramento do que houve em Ourique. O povo quer um partido que represente o seu jeito de ser, pois somos portugueses nascidos na América, e não uma ideologia, uma agenda.

2.2) E neste ponto, o partido português só se funda semeando-se a verdade a respeito daquilo que realmente somos. É assim que se quebra a ideologia do partido brasileiro, fundado na mentira.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro, 2018.

Notas sobre nacionismo, nacionalismo e sobre os messianismos associados a cada um deles

1.1) Para se tomar o país como um lar, é preciso que Deus venha até nós, assuma a forma humana e faça com que a lei mosaica atinja seu pleno cumprimento em Cristo Jesus.

1.2.1) Se o verbo não se fizer carne de modo a fazer santa habitação em nós, então não haverá senso de tomar o país como um lar em Cristo, de modo que todos os povos gentios sejam também tomados como filhos de Deus e façam parte da herança divina.

1.2.2) Dentro desta lógica, por conta do distributivismo, todos os povos tidos por condenados também passaram a eleitos por adoção divina, já que a evangelização semeou a verdade onde antes não havia, fazendo um deserto tonar-se um verdadeiro jardim. Eis aí a razão pela qual a antiga lei deu lugar à nova lei. Não é à toa que judaizar implica retirar a lei nova para dar lugar à antiga, o que implica conservar o coração de pedra e fechado para Deus como uma conveniência, embora isso seja dissociado da verdade.

2.1) O messianismo nacionalista pede que o Estado seja tomado como se fosse religião e que o Deus verdadeiro decorrente do Deus verdadeiro, que criou o universo  por amor, esteja morto, como disse Nietzsche.

2.2) Se Deus está morto, então a antiga lei foi restaurada a ponto de o mundo ser dividido entre eleitos e condenados, o que é essencialmente gnóstico, pois Deus, dentro desta lógica, é essencialmente mau, quando na verdade o mau existe por conta da ausência de bem - e o conservantismo, por natureza, semeia o relativismo moral.

2.3) Se o Brasil renegou Ourique, por força da nefasta secessão ocorrida no dia 7 de setembro de 1822, então todas as desgraças são justificadas pelo fato de que Portugal foi aos mares por si mesmo, fazendo das grandes navegações uma vanglória, uma busca sem sentido, o que é extremamente desonesto. E, nesse sentido, a historiografia fraudulenta criou uma cultura de eleitos e condenados, o que não só destrói o catolicismo como também permite a profusão de toda sorte de heresias políticas e religiosas.

2.4.1) A fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus, que deu ao povo aqui nascido tomar o país em que mora como se fosse um lar em Cristo por força do que houve em Ourique, é como uma pedra que fala, ainda que haja toda uma falsificação sistemática. E essa pedra que fala, que se tornou  a pedra angular, costuma agir na forma de reações messiânicas, pois é o Cristo Crucificado, o verbo que se fez carne, quem está falando por meio do povo oprimido pelas mentiras sistemáticas da República e de seu predecessor, o Império Maçônico - e nós podemos ver isso em momentos como o da Guerra de Canudos. É como se o povo estivesse vagando no deserto em busca da verdade, da sua conexão de sentido ante a este cenário de total falta de sentido em que os maçons nos colocaram. É como se o dom da profecia estivesse sendo distribuído a toda a população - e certamente um grande profeta surgirá no meio dela.

2.4.2) Como os nossos políticos são espertalhões e se acham descendentes do Faraó do Antigo Egito, então eles querem converter esse messianismo que vai e volta em uma era de nacionalismo, a ponto de renovar a República mais uma vez e assim reescrever a constituição mais uma vez de modo radicalizar ainda mais esse conservantismo odioso. Essa radicalização coincide com a sexta fase da revolução gramsciana.

3.1) O que estamos a ver hoje é uma guerra de um Messias fabricado (Lula) contra seu Antimessias, também fabricado (Jair Messias Bolsonaro). Basta olharmos o Caderno de Teses do PT.

3.2) Se o Lula é a tese e o Bolsonaro é a antítese, então a síntese será o fortalecimento, o recrudescimento da experiência revolucionária brasileira, a ponto de nos afastar ainda mais daquilo que se fundou em Ourique.

3.3) Como o partido único, o Partido Brasileiro, foi fundado na mentira, então a única desobediência possível é fundando um Partido Português, com base na cultura verdadeira, fundada em Ourique e que constitui o mitologema português. E isso não se dá na forma de um partido, no sentido jurídico e formal do termo, mas de uma cultura - e essa contracultura é que gerará o partido português, restaurando aquilo que se perdeu com a secessão de 1822, uma vez que somos portugueses nascidos na América e não brasileiros.

3.4.1) Como a política é uma expressão da cultura, então não é fundando um partido, no sentido jurídico e formal do termo, que se funda o partido português. O partido pede um jeito de ser que renegue o falso, o jeitinho brasileiro clássico - e neste ponto, você precisa se universalizar primeiro de modo a ser um português nascido e criado na América, como diria Kujawski no livro A Pátria Descoberta.

3.4.2) Portugal é parte da Cristandade e da Europa Ocidental. E esta civilização é o que é por defender a fé Cristã, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. E é isso que precisa ser restaurado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2018.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Das utopias órficas e prometeicas em Lewis Mumford

1.1) Em seu livro sobre as utopias, Lewis Mumford afirma a existência de basicamente dois tipos de utopias: a órfica e a prometeica. 

1.2) A utopia órfica é aquela que pretende transmutar a natureza humana de dentro para fora, e a utopia prometeica é aquela que pretende transmutá-la de fora para dentro. Um poema, um romance, uma filosofia são, neste esquema, uma tecnologia órfica; um automóvel, um avião, um computador, uma anestesia são, também no esquema mumfordiano, uma utopia prometeica. Para Mumford, aquela é preferível a esta, sendo que é desta que proviria a maior parte das desgraças humanas.

2.1) Gosto muito de Mumford, mas essa distinção não existe. Hoje sabemos que, tal como o Anel de Tolkien, a simples presença humana é suficiente para alterar os resultados de um experimento científico. 

2.2) Tanto a utopia prometeica como a utopia órfica são a expressão de uma antiqüíssima ciência chamada alquimia, a ciência dos anjos caídos. Portanto, queira-se ou não, qualquer conhecimento empreendido pelo homem é uma espécie de alquimia, um Anel de Tolkien; quem o usa, ou dele se aproxima, adquire os atributos prometeicos, ou órficos, daquele que o criou.

Volto ao assunto outro dia.

Roberto Santos (https://web.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10215526794506427)

Facebook, 24 de Janeiro de 2018.