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quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Muito cuidado com as generalizações

1) Eu nunca levei a sério este argumento que é defendido por muita gente que se diz de "direita" no facebook: o caráter do brasileiro é propenso ao crime. Como já falei, isso é generalizante e injusto - além disso, nega a responsabilidade individual. Por isso que não levo a sério esse holismo animalizante - isso cheira a determinismo e é irremediavelmente esquerdista.

2) Eu sou brasileiro e faço de tudo para semear uma boa consciência, neste país. É verdade que uma andorinha só não faz verão, mas pelo menos eu pude despertar a consciência de alguns sensatos neste país - e estes, por sua vez, semearão a consciência de outros tantos, naquilo que não sou capaz de fazer. É um trabalho de formiguinha, mas estou certo de que este país sairá deste estado de apatria em que se encontra. Afinal, é ação de longo prazo - como tenho 35 anos, estou disposto a passar muitos da minha vida fazendo esse trabalho.

3) É verdade conhecida e sabida que nações virtuosas nasceram a partir de um homem só. E isso é só uma boa razão para se crer na responsabilidade individual, fundada no fato de se conservar a dor de Cristo, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida, base para o conservadorismo e para a vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Se vocês querem ver um país livre, então dominem a linguagem a tenham consciência de falar coisas no sentido de edificar uma boa consciência nas pessoas. Falem as coisas de modo edificante, caridoso. Fora disso, o que vocês plantarem será voltado para o nada - e isso é causa de ira divina.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de agosto de 2016.

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Da relação entre ensino público e o senso de se tomar o país como se fosse religião, a ponto de matar a religião verdadeira

1) Há gente que prega que a educação pública é a base para se edificar o senso de nacionalidade.

2) Esta visão de escola casa perfeitamente com o conceito de nacionalidade pregado por Mancini: de que devemos tomar o país como se fosse uma segunda religião.

3) Ora, este conceito é claramente herético, pois tomar o país como se fosse uma segunda religião só vai levar a que a religião verdadeira seja eliminada, pois isso acabará levando ao caminho de que tudo está no Estado e nada pode estar fora ou contra ele.

4) Além disso, a combinação destes conceitos leva ao chamado direito à educação. Se o país é tomado como se fosse religião, então vira doutrinação - e isso é um incentivo à abolição da família.

5) Em países afetados pela chaga libertário-conservantista, como os da Europa, o conceito de jus sanguinis foi pervertido, pois o nacional é aquele que toma o Estado por seu Deus - e quem não prestar culto a este estado vira apátrida. Esse conceito de jus sanguinis moderno esvaziou o tradicional conceito de jus sanguinis decorrente da conformidade com o Todo que vem de Deus.

6) Em países que romperam com a matriz civilizacional européia, de modo a criar uma nova, como a acontece com os países do Novo Mundo, o critério do jus solli decorre do fato de que é preciso se criar um homem novo, já que o homem é uma folha de papel. E acaba criando apátridas, dado que repúblicas são verdadeiras utopias.

7) Por isso que sou contra o ensino público, fundado dentro desta concepção libertário-conservantista, já que isso edifica liberdade fora da liberdade em Cristo, dado que tem fins vazios. O verdadeiro ensino público deve e precisar ser ministrado pela Santa Igreja Católica, dado que educação é prerrogativa de mãe - e a Igreja é a esposa de Cristo, o Rei dos Reis. E foi o Rei dos Reis que fez do nosso primeiro rei, D. Afonso Henriques, seu fiel vassalo - e o povo que ele regeu estará aos cuidados da esposa de Cristo, a mestra da verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Por que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade?

1) Ter um vínculo com a pátria precisa necessariamente do fato de tomá-la como se fosse um lar em Cristo. Você precisa estudar a História do Brasil, dominar a língua do seu povo, estudar suas leis, seus costumes, conhecer a história do seu lugar de modo a que ela seja uma escola para a pátria, já que a província é um microcosmos da pátria tomada como se fosse um lar. Por isso que digo que a nacionidade pré-existe à nacionalidade.

2) Se eu não for plenamente capaz de cumprir meus deveres para com os meus semelhantes, então eu sou incapaz de tomar a terra como se fosse um lar em Cristo. Por isso mesmo, o vínculo nasce com a maioridade, com o homem pronto, disposto a servir a pátria, pois aprendeu a tomá-la como se fosse um lar, tendo por Cristo fundamento.

3) É mais provável que o filho aprenda a ser brasileiro, no sentido verdadeiro do termo, um pai preparado, conhecedor de tudo aquilo que deve ser sabido, dado que verdade conhecida, sabida, é verdade obedecida, posto que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

Defendendo o conceito de apátrida que adoto

1) Houve quem dissesse que a fundação de um Império Cristão de Além-Mar, como o Brasil, foi com o intuito de nos preparar para a pátria no Céu. E neste ponto, eu estou de acordo com o Werner Nabiça Coêlho.

2) Apenas discordo de um fundamento: o conceito de que brasileiro é quem nasce no Brasil, pois o fato de nascer, no sentido vegetativo do termo, não nos prepara necessariamente para a responsabilidade de servirmos a Cristo. Até porque o conceito objetivo de nascer na terra pede necessariamente uma confiança cega nas instituições, a ponto de tirar dos pais a responsabilidade de preparar seus descendentes para esta missão tão nobre - como nós lidamos com homens ricos em sabedoria humana dissociada da divina, é bem provável que esta gente traia a Aliança edificada em Ourique e estabeleça todo um Estado que deva ser tomado como se fosse religião, a ponto de competir e exterminar a religião verdadeira. E foi o que aconteceu com a República, ao romper com a aliança.

3) Tal como houve em Israel, Deus consagrou um povo, consagrou um direito de sangue e um dever de sangue. A mesma coisa aconteceu com os portugueses e com todos os seus herdeiros, em especial os brasileiros. A partir do momento em que o sentido de pátria foi perdido, caímos na apatria. Hoje, o brasileiro, o que nasce no Brasil, tem uma visão errada de seu país, o que gera um vínculo voltado para o nada, pois está adorando um espectro de Brasil, um espectro de verde-amarelo fora de seu verdadeiro significado, coisa que não passa de um verdadeiro bezerro de ouro. Olhando por essa via, é apátrida - e isso é um dado sociológico. E é também um dado político, pois governo do país é revolucionário e está comprometido até a medula em fomentar a apatria em todo o povo.

5) Quando digo que são poucos os que têm consciência da missão herdada e do que deve ser feito, isso não é brincadeira, pois é a mais pura verdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

Procedimentos para se adicionar alguém e notas sobre as adições arbitrárias, dentro do ambiente da rede social

1) Quando vou adicionar alguém, eu adoto o seguinte procedimento: primeiro eu sigo a pessoa e trago para o meu mural algumas de suas postagens mais relevantes. Na medida do possível, eu vou analisando suas postagens e mando a resposta inbox, para a pessoa.

2) Ainda inbox tento debater com a pessoa - se a conversa for agradável, aí irei adicioná-la.

3) Nas poucas vezes que adiciono alguém, eu não faço o que todos fazem: adicionar-me arbitrariamente. Se eu concordar em ser adicionado arbitrariamente, então estarei sujeito a ser desamigado arbitrariamente, ainda que eu diga as coisas do modo mais racional possível.

4) É preciso que esteja na carne o seguinte preceito: ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei, contrato ou compromisso moral. O simples fato de adicionarem a mim arbitrariamente, sem me dizerem uma boa razão pela qual eu deva adicionar você, já é constrangimento ilegal. Pelo menos, eu digo isso em tese, pois em si mesmo isso pode gerar conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida e a questão desaguará num tribunal, por conta de tentativa de constrangimento ilegal.

5) Enfim, eis a realidade das adições arbitrárias. Vocês estão lidando com seres humanos - ainda que estejam na vida virtual, são seres humanos e não podem ser usados e descartados, como se fossem coisas. Ou você os trata com consideração e respeito já que são também filhos de Deus, ou simplesmente desista da rede social, pois você não sabe nada sobre a vida e o que deve ser feito. Afinal, a vida virtual não é muito diferente a vida real - e as questões éticas online são extremamente importantes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

O homem sensato integra as realidades virtual e real num único ser, de modo a melhor servir seus semelhantes

1) O homem virtual é também um homem real - a diferença é que ele trabalha na Internet, tal como eu faço.

2) O que a Internet - a rede social no sentido mais estrito - faz por mim é ampliar meu horizonte de consciência, já que posso lidar com pessoas importantes e interferir de modo a fazer a diferença, coisa essa que em circunstância real não poderia fazer, seja por morar em lugar diverso, seja por falta de oportunidade, pois na internet não existe a cultura da patota, da panelinha, pois qualquer pessoa é alcançável.

3) O homem virtual que se desligar do homem real é um ser irreal - o que a internet faz é reduzir o seu horizonte de consciência, da mesma forma que um narcótico. Se a pessoa não souber abraçar as duas realidades e integrá-las num ser só - de modo a inventar uma profissão, uma vocação -, terminará sendo uma verdadeira barafunda ambulante - e precisará passar por uma terapia espiritual de modo a ter sua consciência desperta desse torpor, causado pelo fato de moramos num mundo onde os indivíduos estão atomizados, onde cada um tem a verdade que quiser; como isso edifica liberdade para o nada, a pessoa terminará presa, refém de si mesma, e porá termo à própria vida, já que não conhece a Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.

A vocação do homem virtual não pode estar afastada da realidade, coisa que se funda na eternidade

1) Quando parto para o bom combate - coisa que faço online, nas minhas atuais circunstâncias -, eu faço tudo o que deve ser feito. E após a luta, volto pra casa - fecho a janela do facebook e acompanho o baseball. De tempos em tempos, o combate é interrompido para almoço, jantar, ajudar meus pais com as compras, ir à missa, ao médico, ao dentista e outras coisas.

2) Mesmo quando estou na luta, há sempre tempo para quem precisa de mim, dentro daquilo que sou capaz de fazer. Tiro todas as dúvidas relevantes.

3) Só não há tempo para conversas inúteis. Aquilo que não edifica não é digno da minha atenção - não é à toa que sigo o conselho do Santo Padre Pio de Petrelcina de que é preciso fugir da preguiça e das conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de agosto de 2016.