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quarta-feira, 22 de julho de 2020

Para conquistar amigos que moram em cidades distantes, você precisa cultivar amizades em cidades que constituem o meio do caminho entre você e o alvo

1) Vamos supor que eu tenha um amigo em São Carlos, interior de São Paulo.

2) Por conta da peste chinesa, que quebrou a aviação civil, eu me vejo obrigado a viajar pelas estradas. Uma viagem direta é possível, mas é muito cansativa - para meu maior conforto, a melhor opção é fazer uma escala em Campinas.

3.1) Se tivesse um amigo nessa cidade, eu poderia comer uma comida de boa qualidade, dormir bem, ter ótimas conversas e ainda prosseguir viagem para São Carlos - e ainda economizaria o dinheiro do hotel. 

3.2) A casa de um amigo, de alguém que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é o melhor caravansarai que tem, pois ela serve de base para você tomar o lugar de passagem como um lar em Cristo e como ponto de partida para se tomar outros lugares como um lar em Cristo.

3.3) Manter a lealdade do seu amigo de Campinas será essencial para você progredir nas suas relações com seu amigo de São Carlos. Esta amizade serve de meio para um nobre fim, em Cristo fundado. Eis um sócio num projeto fundamental: cultivar a amizade de um amigo que mora em São Carlos. 

4.1) Eis uma lição muito importante que aprendi nas redes sociais: quando for viajar, quando for servir de fato a Cristo em terras distantes, eu certamente deveria focar em amizades de pessoas que moram em cidades que sirvam de meio de caminho entre mim e o alvo da ação do encontro. Uma vez conquistada a amizade-meio, a casa dele me dará abrigo, alimento e repouso de modo que eu possa chegar ao meu destino.

4.2) Se em Ourique foi estabelecido um império de cultura salvífico fundado em Cristo, por Cristo e para Cristo, então a base disso é a hospitalidade. E dessa forma, a amizade em Cristo se torna a base da sociedade política, o que é essencial para se tomar o como um lar em Cristo. E o meio mais prático é tomando a casa do amigo como se fosse a sua casa - e por extensão, o país dele também, se ele é estrangeiro.

4.3) Passei muitos anos cultivando amizades na rede social, sem poder ter o meio de ação necessário para converter relação virtual em relação real - e o meio de ação necessário é o dinheiro para comprar a passagem de ônibus que me leva de um lugar para outro. Com o tempo, estou conseguindo o dinheiro necessário e só agora estou antevendo a possibilidade de viajar. Mas, infelizmente, a peste chinesa chegou antes.

4.4.1) Apesar das dificuldades, estou conseguindo as coisas que desejo - e com elas, uma boa história pra contar. É o que posso fazer no momento.

4.4.2) Passei um dia inteiro estudando a distância do Rio de Janeiro até cidades próximas. A idéia é limitar o número de  horas que fico por dia no ônibus, pois vejo que é mais confortável e mais humano fazer escalas para almoçar, descansar e prosseguir viagem. Quando fiz uma viagem direta do Rio de Janeiro para Foz do Iguaçu quando era adolescente, não consegui dormir no ônibus. Não estava acostumado a passar por esse tipo de situação - talvez com o tempo eu me acostume.

4.4.3) Se todas as coisas se reduzissem a dinheiro, não haveria dinheiro suficiente para hotel e alimentação, quando se faz escala entre uma cidade e outra após um dia de viagem. Eis aí a razão pela qual tenho planos de estabelecer amizades com pessoas que moram em cidades que são de caminho entre mim e meu alvo. Trata-se de uma boa estratégia de sobrevivência fundada no amor divino.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 22 de julho de 2020.

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Notas sobre um método que desenvolvi para fugir da preguiça e das conversas inúteis

1) Antigamente, a tradução que o google fazia era ruim. Em alguns aspectos, ela ainda não é boa, mas ela melhorou muito.

2.1) Um critério que adoto para escolher bem meus amigos de fora do Brasil é a boa vontade de usarem o tradutor do google para entenderem o que escrevo. 

2.2) Se a pessoa tem preguiça de usar o google, então ela não está interessada na minha melhor parte, que é a minha capacidade de escrever reflexões de qualidade - e essa pessoa deve ser evitada; se a pessoa usa o google tradutor para entender o que estou escrevendo nos meus artigos em português, se ela fizer perguntas sobre as expressões que uso em português, bem como o contexto do artigo, aí ela foi muito acima da média. E se ela der sugestões e críticas ao meu trabalho, então eu ganhei um amigo de verdade.

3.1) Não conheço melhor critério de medir pessoas do exterior senão pelo grau de estudiosidade, de boa vontade de ler o que escrevo e o que penso em português acerca da minha realidade, uma vez que vivo no Brasil. É dentro do meu melhor que avalio o melhor das outras pessoas em outros idiomas. 

3.2) Quando vou ler um texto em inglês, eu uso o tradutor do google para ler e tiro dúvidas com os nativos, se julgar necessário. Faço isso com polonês e já fiz isso com francês e alemão, línguas onde não tenho conhecimento algum. Se faço isso, o outro lado também deve fazer, se quiser ter meu respeito.

3.3) Este é o melhor método que conheço para fugir da preguiça e das conversas inúteis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2020.

Do potencial de escrever análises de jogos como porta de entrada para a vida intelectual

1) Em 2016, eu escrevi um esboço de análise comparando o The Guild 2 ao The Patrician 2 - jogos esses cuja temática era o renascimento comercial, marcando a transição da Idade Média para o Renascimento. Como o país estava sendo governado pela Dilmanta, eu escrevi uma análise provisória, superficial, visto que minhas energias estavam focadas em livrar o país dessa mulher.

2) O fato de haver tentado escrever uma análise comparativa, ainda que superficial, chamou a atenção de algumas pessoas, que foram visitar o meu blog para ler a análise. Em razão desse novo público que freqüenta meu blog agora, que imagino ser um público jovem, posso introduzir a esse público, além das análises dos jogos, meus artigos históricos e os ebooks que eu mesmo digitalizo. Assim, eu começo a influir decisivamente no pensamento desse pessoal.

4) Fernando Melo, do canal Comunicação e Política, falou uma verdade: o conservadorismo não tem trabalhado o público jovem. Os que assistem ao Felipe Neto serão eleitores nas próximas eleições presidenciais.

5) Em resposta ao chamado, eu vou publicar no meu blog as anotações que faço dos jogos que costumo jogar. E vou relacioná-las a postagens de política e história, de modo que a pessoa saia ainda mais inteligente desse processo, uma vez que ela verá sentido em tudo o que estou dizendo. 

6) Jogar jogos históricos é parte do meu trabalho e neste ponto posso contribuir para a causa. Posso fazer vídeos com demonstrações das modificações que faço para o Civilization 5 - e nessas demonstrações posso falar alguma coisa sobre política e história. Pelo menos, posso fazer a cabeça desse pessoal de modo a não virar gado da esquerda.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de julho de 2020.

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quinta-feira, 16 de julho de 2020

Notas sobre inocência ou sobre a diferença entre matar e assassinar

1) Inocente é toda pessoa que em sua essência não é capaz de praticar atos nocivos àquilo que se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a lei de Deus é perfeita e está acima das leis dos homens.

2.1) Por essa razão, existe uma grande diferença entre matar e assassinar.

2.2) Matar implica sempre eliminar alguém ou alguma coisa que esteja a destruir todas as coisas que remetam à conformidade com o Todo que vem de Deus. Seja um ladrão ou um lobo que esteja a atacar as ovelhas, devemos usar de legítima defesa de modo que seu intento não seja bem-sucedido. Assassinar, por sua vez, implicar matar alguém inocente por conta de motivos fúteis ou torpes, ou para encobrir um outro crime praticado e assim assegurar a sua impunidade. Trata-se do ato de matar fundado em fins vazios, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, fora dos casos de guerra justa.

3.1) Um anticatólico, com base na teoria da aparência, pode ser inocente para a lei dos homens, posto que não praticou conduta alguma enquadrada no Código Penal dos homens, sobretudo desta República anticristã em que vivemos, mas ele não é inocente para a lei de Deus. Só o fato de um Leonardo Pratas, por exemplo, falar mal da Igreja Católica ou tratar Nossa Senhora como uma mulher qualquer já ensejaria o fato de a espada ser levantada contra ele de modo a exercer legítima defesa contra tudo aquilo que atenta o que é de mais sagrado, visto que ele é obstinado em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai, ainda que se diga de direita, nominalmente falando.

3.2.1) A liberdade de expressão não pode ser servida com fins vazios a ponto de ofender Aquele que é a verdade em pessoa e que deu Sua vida pelo perdão de nossos pecados, bem como a mãe de Nosso Senhor. Sendo assim, essa gente deveria sofrer persecução criminal por conta de atentarem contra as razões de ser desta terra. Essa gente é apátrida e não tem direito algum. Por isso, derramar o sangue destes criminosos, destes inimigos de Deus, é justo e necessário. Trata-se de legítima defesa caracterizada.

3.2.2) O verdadeiro católico precisa restaurar a aliança do altar com o trono edificada em Ourique e que foi rompida com a odiosa secessão havida em 1822. Por isso, ele precisa buscar a verdade sobre Portugal - se ele contentar com a falsa história que é aqui ensinada, ele vira um conservantista. É o que acontece com muitos que vejo online.

3.2.3) Esta é a verdadeira guerra santa que precisa ser movida. E essa guerra passa também pelo âmbito da cultura, visto que é preciso destruir toda essa falsa história de modo a mudar a matriz de consciência que promove todo esse odioso conservantismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 2018 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 16 de julho de 2020 (data da republicação).

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Comentários ao dia de ontem

1) Ontem, escrevi cinco artigos em meu blog.

2) O tema de meus artigos foi a menoridade da inteligência em certos meios católicos, que ficam a criticar o presidente Bolsonaro. Eles estão a agir como se fossem judeus, como se fossem o povo eleito de Deus - e por ser eleito, a arrogância os fez pensar que já eram salvos de antemão. Isso gerou indignação em alguns, que permaneceram obstinados em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade - por outro lado, muita gente me ouviu e concordou comigo. Muitos eram de paróquias cujos sacerdotes eram da teologia da libertação ou tinham simpatia pelo PT.

3.1) Digo essas coisas porque eu observei essas coisas, tanto pela conduta das pessoas que via em minha própria paróquia como também pelo que as pessoas comentavam na rede social. Como sou um homem voltado para a escrita, o que se publica acaba servindo de prova de um crime que está sendo cometendo contra a bondade, que é geralmente atribuída ao Santo Espírito de Deus.

3.2.1) No começo, eu tolerei essas coisas, pois tinha preconceitos em relação a Bolsonaro, por conta de seu passado militar - e eu odeio os militares e seu positivismo, por conta do mal que fizeram ao Brasil, ao derrubarem a monarquia. Mas, ao longo de 2020, durante o tempo da pandemia de peste chinesa, Bolsonaro mostrou-se um excelente líder em tempos de crise - o melhor que já tivemos nestes últimos 130 anos de regime republicano, indiscutivelmente falando. E passei a gostar dele.

3.2.2) Como diz o professor Olavo de Carvalho, grandes heróis se fazem desde dentro - e ele é um desses casos. A sinceridade e honestidade dele servem de contraponto a todo a esse conservantismo generalizado, a ponto de sabermos muito bem que devemos distinguir quem é amigo e quem é inimigo do Brasil - e o falso establishment é certamente inimigo do Brasil e de Cristo.

4) Enfim, os cinco artigos que escrevi no dia 12 de julho de 2020 são uma constatação das coisas que venho observando ao longo dos dias. Como meu jornalismo é um jornalismo de análise, então eu não posso me pautar em qualquer notícia, mas só naquilo que é realmente importante. E sobre essa questão, eu não pude me furtar.

José Octavio Dettmann

domingo, 12 de julho de 2020

Sobre a diminuição do tamanho da Igreja no Brasil

1) Estão confundindo a arca de Noé, a Igreja Católica, com um clube social. Isso é um indício de que alguém está interpretando o dogma erroneamente a partir de dentro. 

2.1) Muitos estão confundindo o fato de que fora da Igreja não há salvação com presunção de salvação de antemão, a ponto de muitos negligenciarem dos cuidados que devem ser dados à alma de modo que esta não perca o caminho da virtude. 

2.2) Esta presunção leva à menoridade da inteligência. Isso levará a Igreja a diminuir de tamanho, a ponto de esta encontrar o seu tamanho real naqueles poucos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, ainda que sejam meros 12.

3) A diminuição de tamanho da Igreja de modo a contemplar esses poucos - que amam o Brasil como um lar em Cristo, a ponto de servir a Ele em terras distantes- é que levará o restabelecimento de sentido que foi perdido por conta do conservantismo de muitos, que preferiram a porta larga da vida fácil à porta estreita da santidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2020.

A filosofia da crise brasileira é a filosofia da crise do ser

1) Na ontologia, nós estudamos o ser enquanto ser.  Este ser pode ser eterno - capaz de vencer a morte, tal como é o nosso Deus - ou não ser capaz de vencer a morte, a ponto de sua vivência estar condicionada às circunstâncias e vicissitudes de seu tempo, como bem definiu Ortega y Gasset.

2) O ser humano tem uma personalidade, que é a maneira que um indivíduo em particular tem de se adaptar à realidade que o circunda, de modo a servir a seus semelhantes.

3.1) A adaptação é uma maneira que ele encontrou de modo a sobreviver na sociedade, nesse ethos humano. 

3.2) Da adaptação vem a criação, toda uma cultura. Toda produção cultural pessoal é feita de modo a se compreender a realidade que o cerca, uma vez que o desejo pelo saber é inato. Adão mesmo, antes de ter uma esposa, nomeou todas as criaturas conhecidas.

3.3.1) Assim como o pecado entrou por um homem, a virtude entrará por outro, através de Cristo. Se alguém faz do conhecimento algo revolucionário, edificando toda uma ordem legal e cultural voltada para o nada, por outro lado surgirá uma outra pessoa capaz de tapar o buraco gerado na sociedade em razão da falta de sentido que o liberalismo produz. 

3.3.2) D. Pedro e José Bonifácio criaram um buraco na sociedade com a falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal. Isso gerou uma paralaxe cognitiva histórica muito grande, a ponto de nos fechar para esta grave verdade: de que o Brasil foi fundado para servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. Quanto mais odiamos Portugal, mais passaremos a odiar o verdadeiro conhecimento, nossa razão de ser, a ponto de conservarmos o que é conveniente e dissociado da verdade. 

3.3.3) A filosofia da crise brasileira é uma filosofia da crise do ser, já que houve um golpe de tal maneira a nos desconectar do sobrenatural, gerando uma crise permanente de vocações, fazendo com que nada tenha real sentido, nem mesmo o regime republicano, que é derivado desse golpe.

3.3.4) Trata-se de uma crise de ordem política, social, cultural e espiritual - ela é de cunho cósmico e civilizatório. Ela não só afeta o indivíduo, mas a sociedade inteira, que está à beira da anomia.

4) Como tratar a sociedade? Tratando o indivíduo e a família do indivíduo. Ali está a base - sem indivíduos virtuosos, você não tem sociedade virtuosa.

5.1) E como se dá o tratamento? Ensinando História do Brasil a partir do milagre de Ourique, a ponto de ele ver Cristo em tudo e em todos. É ali que se começa o sentido de nossa pátria, a ser tomada como um lar em Cristo. 

5.2) Ourique é nosso mitologema, pois é a partir da Cruz que venceremos qualquer crise. E na logoterapia que deve ser direcionada à sociedade, a verdadeira história fundacional deve ser ensinada, a ponto de amar a Deus sobre todas as coisas e assim ter alguma esperança neste vale de lágrimas, nesta ordem de coisas cada vez mais sem sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2020 (data da postagem original).

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