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quarta-feira, 29 de julho de 2020

Notas sobre a íntima relação entre vida santa, capitalização moral e o processo de criação literária (ou santificação através do trabalho e do estudo)

1) Um bom texto começa sempre com um bom aforismo. Por isso, escreva frases carregadas de sabedoria.

2) Quando você já tiver um certo número acumulado de aforismos, classifique-os por temas. Uma vez classificados por temas, você vai definindo uma ordem entre uma postagem e outra, de modo a dar um encadeamento lógico. Eis que nasce a dissertação e o artigo.

3) Quando você já tiver vários artigos acumulados, você vai organizando uma relação entre eles de modo que um corpo de texto maior saia. Eis o capítulo ou um conto.

4) Quando você junta vários capítulos ou contos, aí você tem um livro.

5.1) Escrever um livro é como construir uma casa. Você deve começar pelos alicerces. E os alicerces são as impressões que você acumula ao longo de uma vida no seu diário. 

5.2) Essas impressões vêm a partir da constante presença da sua melhor parte com aquele ouvinte e leitor onisciente, aquele que você não pode enganar. E essa pessoa é o próprio Deus. Afinal, o dom de escrever é um dos desdobramentos do dom de si, coisa que decorre do dom da vida, cujo autor é o próprio Deus. 

5.3.1) Como recebemos esta vida por empréstimo, devemos fazer com que este empréstimo seja pago com juros e correção monetária, a ponto de sermos elevados à santidade, à amizade com Deus. 

5.3.2) Eis o verdadeiro fundamento da capitalização moral - a vida eterna é o objetivo mais importante para se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. E uma boa e sábia vida fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus é a riqueza mais importante.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de julho de 2020 (data da postagem original).

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segunda-feira, 27 de julho de 2020

Do e-mail como base para uma rede social privada e da vida off-line como um projeto de vida alternativa

1) Quando estou na rua e desejo manter contato com alguém importante, a primeira coisa que peço a essa pessoa é o e-mail, não o whatsapp. Sou alguém que gosta mais de escrever do que de falar, sem mencionar que não quero dar a chance de alguém de me adicionar em algum grupo, uma vez que lido com indivíduos, não com coletivos.

2) Esses e-mails serão usados, mais cedo ou mais tarde, como mala direta, de modo que eu possa vender a esta pessoa os artigos e livros que produzo. Assim, poderei conseguir ter algum ganho sobre a incerteza.

3) Se a pessoa estiver interessada em debates ou quiser se encontrar comigo, aí eu dou meu whatsapp. Só após muita conversa é que aceito fazer parte dos grupos dos quais ela faz parte.

4.1) Se a pessoa for muito católica e estiver devidamente preparada para a guerra cultural, eu a adiciono ao facebook.

4.2) Ao contrário de muitos, não adiciono ninguém que conheço da rua por ali, uma vez que aquilo ali constitui verdadeiro cemitério de relacionamentos, verdadeiro vale de lágrimas virtuais, que podem se tornar reais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2020 (data da postagem original).

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domingo, 26 de julho de 2020

Do jogo Normality como prefiguração desse Novo Normal em que nos encontramos

1) Na década de 90, quando era adolescente e lia a revista PC-Gamer, tomei conhecimento de um adventure chamado chamado Normality. O jogo certamente devia ser inspirado em 1984, de George Orwell.

2) Nesse jogo, você era um doido que tinha que derrubar um ditador que havia decretado que tudo devia ser regido pelo normal - pelo normal tal como conhecíamos.

3) Hoje, passadas quase 3 décadas, temos um novo tipo de normal que lembra mais ou menos a situação do jogo.

4.1) Este jogo, por conta de sua temática, esteve bem à frente de seu tempo e foi visionário. Para quem gosta de jogar videogame, recomendo que o joguem.

4.2) No meu entender, este jogo acabou de virar um clássico por conta das circunstâncias e coincidências em que estamos metidos. Se uma situação como esta se repetir, este jogo te dá as ferramentas imaginativas necessárias para você se preparar para este tipo de situação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2020.

Postagem relacionada:

Nota sobre o jogo Normality na Wikipedia: http://raboninco.com/1WfKF

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/06/novo-normal-esse-nada-admiravel-mundo.html

Por que estou chamando o meu futuro tratado de demonologia política de grimório?

1) Estou catalogando todos os demônios políticos que conheci ao longo da minha vida.

2.1) Este catálogo de demonologia política vai se chamar Grimório de Demonologia Política Brasileira.

2.2.1) O nome grimório é em referência aos livros usados para invocar demônios na Idade Média.

2.2.2) Os idiotas, quando lerem este livro, ficarão a falar bem de Lula ou Brizola - e isso é invocar um demônio. Os mais inteligentes, no entanto, farão deste grimório um tratado, a ponto de estudar quem são os demônios da política brasileira do meu tempo e como agiram, a ponto de eu chamá-los dessa forma, pois o que foi feito foi nefasto.

2.2.3) Afinal, como diz Heródoto, é preciso conhecer os erros do passado de que modo que não sejam repetidos no futuro.

3) Esta obra tem cunho antropológico trata do estudo do homem enquanto animal que mente - e este é um catálogo dos mais notáveis homens na nefasta arte de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. O caminho a que isso leva não é bom e estou documentando o porquê.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2020.

sábado, 25 de julho de 2020

Da democracia dos mortos e da democracia dos sobreviventes

1) A tradição é transcendente, pois devemos levar em conta os que estavam nesta terra antes de nós. Se eles foram santos, eles têm a garantia de Cristo de que voltarão a viver.

2) A tradição leva em conta não só a Igreja que já está no Céu, mas a que está no purgatório, a Igreja padecente, uma vez que as chamas do purgatório são chamas de amor, são chamas de correção decorrentes de pecados leves e que não levam ao inferno. São chamas que purificam a alma da pessoa, por conta dos conservantismos veniais, uma vez que o homem é um animal que erra e que merece ser perdoado pelo seu criador.

3) A imanência é a democracia dos sobreviventes. Para eles, a morte é o fim de tudo, a ponto de a vida na Terra não ter o menor sentido. O olho que tudo vê dentro da aparência, na verdade, só enxerga borrões, imperfeições - é como a suástica nazista, que não é necessariamente a suástica budista. 

4) O olho que tudo vê da maçonaria não é o mesmo olho que tudo vê do cristianismo, enquanto símbolo original da santíssima trindade, que leva em tudo em conta, a ponto de ver o que não se vê, uma vez que o observador está claramente instruído pela luz do Divino Espírito Santo, a ponto de apreciar retamente todas as coisas.

5) O seqüestro, a migração dos símbolos, leva à perversão da mensagem original, a ponto de ser servida com fins vazios. Isso destruirá a própria cultura, por conta da perda, da falta de sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2020.

Anticrese e a luta contra o clichê, enquanto desejo mimético de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade

1) A anticrese de algo legítimo pressupõe um caminho idiossincrático, não convencional, fundado nas circunstâncias particulares de alguém que viveu tal situação, uma vez que o homem é definido pelo que ele é em suas circunstâncias.

2) Ceder sua posição de senhorio para o seu credor de modo a satisfazer o que lhe é devido é uma solução jurídica nada convencional e não é ilegal, muito menos antinatural. Se houver um mundo pautado no idem velle idem nolle, isso ensejará uma cultura de pessoas se pondo no lugar das outras de modo a compreenderem melhor a situação da pessoa do senhorio, enquanto empresário civil.

3) O fato de você ter assumido o lugar dos outros em diferentes circunstâncias e profissões fará de você um polímata, a ponto de você ter um conhecimento muito grande sobre todas as situações da vida humana. Como conhecimento é poder, então este poder gera uma enorme responsabilidade, pois a quem muito foi dado muito lhe será cobrado, por conta de você ter participado de várias situações sociais nos termos e limites propostos por seus autores.

4) A anticrese é como uma porta estreita, enquanto o desejo mimético da catacrese, do conservantismo fundado no individualismo desenfreado, leva à porta larga do inferno, fazendo com que a liberdade seja servida com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2020.

Para imitarmos melhor a Cristo, busquemos fomentar relações sociais de segunda pessoa como sendo a base de nossa cultura

1) Muito se fala que devemos imitar a Cristo, mas os meios de ação para se fazer isso não são dados.

2.1) A solução prática está em construirmos uma cultura de relações sociais de segunda pessoa. 

2.2) A primeira pessoa está no criador (Deus) e a terceira na criatura (homem). A segunda pessoa está quando o criador assume o papel da criatura de modo a ensiná-la a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus (Jesus Cristo) - e o exemplo mais típico disso são as tradições que são passadas de pai para filho.

3) Se pararmos para pensar, as pessoas de fato já fazem isso, mas elas não têm a imaginação moral ou cultural suficiente para entender a dimensão do que realmente significa por-se no lugar do outro,a ponto de fazer do RPG uma porta de entrada para se aprender a viver a vida em sociedade.

4.1) É das relações sociais de segunda pessoa que se tem toda uma literatura de anticrese, onde você é o personagem da história e vive essa experiência imaginativa dentro dos limites traçados pelo autor. 

4.2) Isso se dá quando o autor dialoga com você, como se fosse personagem da história, uma vez que ninguém entra em universo alheio sem o consentimento do criador, da primeira pessoa, uma vez que ninguém vai ao Pai senão por Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de julho de 2020.