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terça-feira, 2 de agosto de 2016

Como ter um bom saber empírico?

1) Mais importante do que ler é fazer com que o ensinamento fique sempre na própria carne e se articule com outros saberes que você vai internalizando na carne ao longo de uma vida inteira. Se não houver a presença do Jesus eucarístico em você, essa metanóia não ocorre, pois você não converterá conhecimento em sabedoria.

2) Não adianta ler sem meditar. E um dos segredos de uma boa meditação é estar em contemplação - Deus, através do Santo Espírito de Deus, te fará apreciar retamente todas as coisas. E as coisas se dão no tempo dele - e não no nosso.

3) Eu li muito durante a adolescência - tive toda uma vida pré-universitária para aprender o que precisava aprender, pois este foi o tempo para plantar. Adquiri muito conhecimento empírico, aprendendo pelos livros e observando a experiência de outros homens. Passei uma faculdade inteira sem ler - a coisa era tão corrida que mal tinha tempo para estudar direito e a empiria que adquiri me salvou de muita coisa.

4) Com a idade, e com a ajuda do Olavo, eu converti toda a minha experiência em História em experiência filosófica. Faz um tempo que não leio um livro completo, mas nem por isso sou um idiota completo. Graças ao conhecimento empírico e ao Santo Espírito de Deus, eu fui capaz de escrever quase 2400 artigos - artigos esses de qualidade, frutos de uma vida voltada a estudar a realidade e a contemplar a verdade dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus.

5) Tudo o que aprendo vem do que os meus pares falam. Eu aprendo tudo por osmose. Só me aproximo dos melhores e me afasto dos que são ricos em sabedoria humana dissociada da divina. É só isso - eis o meu segredo para se ter uma boa empiria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de agosto de 2016 (data da postagem original).

Notas sobre uma passagem do livro a Riqueza das Nações que é fora da realidade

1) A explicação de Adam Smith de que não é da caridade do padeiro que temos o pão nosso de cada dia, mas do amor próprio que este tem ao seu negócio, à sua economia organizada, constitui um exemplo de algo que precisamos ver o que não se pode ver, tal como nos apontou Bastiat.

2) Cada homem é dotado de um dom - e este dom deve ser desenvolvido de modo a servir a seus semelhantes dentro da comunidade. Se a pessoa serve ao seu semelhante, este tem mais o direito de ser remunerado. E se ele me serve, é porque isso se funda no fato de que toma o consumidor de seus serviços como se fosse um irmão em Cristo.

3) Esta explicação de Adam Smith, que cria a virtude do egoísmo, é uma das mais detestáveis e heréticas que há. E não é à toa que o Papa São Pio X condenou a ordem fundada na "virtude" do egoísmo, pois isso faz com que a vida voltada a servir aos outros se torne uma prisão, uma vida sem sentido. Se eu sirvo aos outros por dinheiro, então sou um escravo do dinheiro - como o Estado é quem tem a autoridade de cunhar a moeda e coordenar os esforços da população em conjunto, no final das contas eu serei prisioneiro de um Estado totalitário, que toma o país como se fosse uma espécie de religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele. E não é à toa que o fascismo é o filho da liberdade voltada para o nada, um dos parentes do comunismo.

4) Eu mesmo, quando penso em dinheiro, eu me sinto uma pessoa atormentada - é algo bem diabólico. E nada é mais diabólico do que servir ao próximo com fins mercenários, pois o serviço a ser prestado tende a ser o pior possível, já que o dinheiro na mente atrapalha a excelência do serviço. E isso é psicológico - e isso é péssimo.

5) Isso que os libertários fazem se chama perversão da linguagem. Egoísmo não é altruísmo, da mesma forma que não posso fazer do meu "não" um "sim "e de meu "sim" um "não". O próprio Cristo já advertia sobre as conseqüências funestas disso, já que isso leva à insinceridade - o que causa a cultura da rescisão dos contratos, da mesma forma como há uma cultura do divórcio, hoje em dia. Esse tipo de cultura só faz com que o Estado tenha de intervir ainda mais na sociedade, pois a não-crença na fraternidade universal está instaurada entre nós, por conta do relativismo moral.

6) Eis algo sobre o qual deveríamos meditar todos os dias.

Notas sobre a relação entre distributivismo e autonomia trabalhista

1) Um autônomo não tem um chefe definido, pois seu serviço é tomado por várias pessoas diferentes, que são seus eventuais chefes, esses que patrocinam eventualmente sua atividade econômica organizada.

2) A relação trabalhista fundada na autonomia tende a ser a mais liberal possível - tal como falei, o tomador olha para o profissional liberal como se fosse Cristo atuando de carpinteiro e o profissional liberal olha para o seu cliente como um irmão necessitado de seus serviços.

3) Com um profissional liberal não há subordinação - a relação profissional é a mais paritária e horizontal possível, fundada em direitos e deveres contratuais, em igualdade de direitos e deveres fundados no fato de que todos são homens, criaturas muito amadas por Deus, por serem a primazia da Criação. E como cada homem tem um dom neste mundo, então se torna uma relação de desiguais, pois o que indivíduo é capaz de fazer de melhor nenhum outro poderá fazê-lo igual, por ser algo extremamente único, o que força a remuneração a ser a mais alta possível - um sinal de justiça.

4) Se a ordem trabalhista fosse composta só de profissionais liberais, então a pequena empresa seria a pedra angular de toda a economia. E aquele que dirige uma empresa só poderá contratar um profissional se este for muito honesto e muito honrado, gerando o devido respeito aos direitos naturais da classe trabalhadora - tal como era na Idade Média, em que os camponeses tinham uma força incrível, já que a Igreja os protegia e os incentivava a serem empreendedores, coibindo o abuso dos nobres.

5) Não é à toa que o distributivismo é a economia do profissional liberal, cuja empresa é legada à família, que naturalmente o sucede em sua atividade trabalhista. É algo muito mais concreto do que construir uma carreira para pessoas com as quais você não tem laço nenhum, por serem completos desconhecidos.

Notas sobre a situação familiar e trabalhista da sociedade brasileira, nas nossas atuais circunstâncias

1) Quando a CLT foi criada, a base da economia era a grande empresa, pois somente ela é quem poderia fazer grandes investimentos externos de modo a trazer progressos para os outros países, mais atrasados. A teoria jurídica que viabilizava isso era a teoria da instituição - a empresa virava uma espécie de governo paralelo que colabora com os interesses de Estado, tomado como se fosse religião - nele, o progresso era uma política de Estado.

2) Hoje, a realidade mudou. A base econômica não é mais a da grande empresa - a pequena empresa, aquela trabalhada pelo empreendedor e sua família, é quem move a economia da nação, esta tomada como se fosse um lar. As relações sociais são mais pessoais - e dependendo da estrutura econômica da empresa, o empregado é tão empreendedor, em sua circunstância, quanto aquele que dirige uma empresa. Isso cria relações contratuais mais paritárias - e é na paridade que se tem a devida liberdade em Cristo, em que aquele que patrocina a atividade do empregado vê nele o Cristo trabalhando de carpinteiro, ao passo que o empregado vê o empregador como um irmão necessitado de seus serviços, de seus dons, de seus talentos.

3) O problema dos nossos tempos é mentalidade - se aquilo que pensamos decorre do modo como a realidade se entranha na nossa carne, então o grande problema dela é que precisamos mais de Cristo, já que vivemos em tempos de liberdade voltada para o nada, fundada no amor ao dinheiro. E é só em Cristo que teremos todas as mudanças necessárias.

4) A crise na Igreja se resolve formando padres mais comprometidos com a sua vocação. família estruturada, de uma Igreja doméstica.E é este o problema - a liberdade para o nada faz da sociedade familiar uma sociedade empresária como outra qualquer. E o amor se esvai, posto que é falso

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Notas sobre a confiança como base para se entender o governo de representação e a seguridade social

1) Se você faz um trabalho digno de nota, confiável, naturalmente as pessoas contribuirão para manter você funcionando, dentro daquilo que é da sua competência - no meu caso, escrever de modo a semear consciência nesta terra.

2) Algumas delas, por conta de sua generosidade, farão uma assinatura não escrita de seu trabalho, pois chegarão a ponto de agendar 12 pagamentos por ano - um a cada mês - de modo a acompanhar toda a produção que você terá daqui pra frente. Trata-se de um verdadeiro cheque em branco, algo cada vez mais raro hoje em dia.

3) Servir a quem confia em você só reforça a tese da responsabilidade de escrever bem e de modo a reforçar a consciência das pessoas. O lado bom da confiança é que você tem algo certo e você poderá planejar a vida - o que cria uma tremenda segurança, fundada numa sólida sensação de liberdade real, de poder fazer aquilo que você deseja por força do investimento que fazem no seu trabalho. Essa liberdade é limitada aos limites da força do investimento que fazem em você, por conta daquilo que você faz de melhor - tanto é verdade que se trata de um verdadeiro governo de representação. Para quem empreende, isso é uma espécie de seguridade social.

domingo, 31 de julho de 2016

Como reagir a uma agressão injusta dentro do face

1) Se alguém te lança um ad hominem e faz da palavra escrita uma arma pérfida de injúria, de difamação, então a solução para estes casos é o processo. Mas o processo só se tornará algo juridicamente relevante se você for uma pessoa honrada, notória por seu conhecimento, sabedoria.

2) Enquanto você não for alguém famoso por conta disso, a solução é converter ofensa em resposta sensata, em sabedoria divina, estendendo o seu alcance ao maior número de pessoas possível, pois o proceder caridoso na verdade distribui o fato a quem deve conhecer a verdade, de modo a viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Mate o ofensor particular, que já está morto por dentro, num ser genérico, num exemplo de modo a mostrar que a conduta deste é a igual a todos os outros imbecis universais que há na face da terra - e se te perguntarem quem foi que agiu assim, então diga o nome da pessoa. O homem, dentro deste exemplo elencado numa tese, se sai diminuído, pois será universalmente humilhado. E quem for a testemunha universal desta conduta odiará a conduta do ofensor particular, pois é um pecador como outro qualquer. Se esse pecador, ao invés de pedir perdão, insistir em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então é um mau caráter - e a reputação de um conservantista, de um ser que vive à esquerda do Pai no seu grau mais básico, tem mais é que ser assassinada.

A verdade se impõe por si mesma ou das razões por que prego em mural alheio

1) Há quem diga que eu "parasito" mural alheio - é assim como os insensatos me dizem. Essa gente que fala isso está mais preocupada em ver cara do que em ver o coração, o conteúdo do que falo. Não é à toa que são os grandes operadores da cultura de fingimento que mata este país todos os dias.

2) Olhem para o conteúdo do que digo e não para minha foto. Faço exame de consciência antes e depois de cada escrito que produzo. O que é bom e verdadeiro se impõe por si mesmo e entra sem pedir licença. Eu sou apenas um instrumento da ação de Deus na luta contra o mal. Eu não parasito perfil de ninguém - até porque sou uma planta epífita.

3) Se você acha que "parasito" mural alheio, é porque você ainda não removeu a trave dos seus olhos, pois você só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade - como você julga os outros com base na sua sabedoria humana dissociada da divina, você não passa de um idiota, de um soberbo da pior espécie.

4) Se você segue alguém por suas idéias e pela defesa inabalável que este faz pela verdade, então você deveria seguir todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento. Até porque não estou contra ninguém que faz o bem. Se você me chama de "parasita", então você faz do que você segue um ídolo -  e isso ofende ao Deus verdadeiro. E isso é esvaziar a liberdade servida de quem é um bom servo da palavra de Deus.