1) O sistema de vínculo perfeito entre os que tomam o país como um lar e o governo que rege a terra, de modo a que esse senso não seja perdido ou pervertido, atende a dois critérios: o direito decorrente de nascimento em solo e o direito de sangue. Os dois devem ser intimamente ligados e jamais devem ser separados.
2) O direito de nascimento em solo, divorciado do direito de sangue, parte do pressuposto de que o homem é uma folha de papel, tal como aponta John Locke. E caberá ao Estado, e não à família, a formação desse indivíduo. A premissa do chamado direito à educação, que na verdade é pura doutrinação feita pelo MEC, parte da premissa de que o direito de nascimento em solo é divorciado do direito de sangue. Pois se tomou como se fosse religião, como tábula rasa, o fato de que brasileiro é quem nasce no Brasil - e só.
3) O direito de sangue, divorciado do direito de solo, cria a cultura de país fechado: muitos dos filhos dos que imigram para a Europa, de modo a crescer e prosperar, são tomados como se fossem apátridas. E essa gente não possui direito algum. Isso é sintoma de país que não crê na fraternidade universal - e isso é contrário aos valores de Cristo.
4) Se houvesse o direito de sangue aqui no Brasil, os brasileiros nascidos em outras terras poderiam tomar o país como se fosse um lar, ainda que não tenham nascido no Brasil. E como as famílias conhecem, pela experiência, as circunstâncias da pátria, uma vez que a viveram, estas ensinarão aos seus filhos o que deve ser feito e o que não deve ser feito, de modo a que o país seja tomado como se fosse um lar e não como se fosse religião - e de que modo a circunstância de morarem nos EUA ou no Japão, por exemplo, pode ajudá-los, de modo a fazer com que os erros e os vícios inerentes do Brasil sejam convertidos em virtudes, em algo que seja conforme o Todo que vem de Deus.
5) Essa consciência, por enquanto, só pode ser feita de família para a família. Se a Família Imperial estivesse presente no trono, essa consciência se distribuiria pelo país e pelo mundo afora, onde houver brasileiros.