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segunda-feira, 13 de junho de 2022

O Brasil de Bolsonaro e o Chile histórico - considerações sobre as capitanias-gerais

1) O Brasil sob Bolsonaro lembra o Chile, quando era parte da Espanha. Ambos foram capitanias-gerais.

2.1) As capitanias são Estados corporativos - elas são repúblicas onde se  vigora o princípio mais básico da Rerum Novarum: a concórdia entre as classes. Nelas, as classes produtivas devem viver em concórdia e harmonia uma vez que a amizade no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é a base da sociedade política, a ponto de haver justiça na sociedade, sobretudo no âmbito do trabalho, estudo, ou mesmo nas relações de família.  

2.2) No ambiente de trabalho, em particular, empregador e empregado devem amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento a ponto de primarizarem suas relações econômicas e sociais de tal maneira a proteger a economia de suas famílias da ganância dos globalistas, dos megacapitalistas que vivem a concentrar o poder de usar, gozar e dispor dos bens da vida de tal maneira de modo a relativizar o que é mais sagrado - e neste ponto, o socialismo é um poderoso instrumento de corrupção e lobby, um método para se conseguir poder absoluto, na forma de monopólios ou mesmo de tratamentos privilegiados tendo por base a odiosa política dos campeões nacionais dos petistas. 

2.2.2) Ao mesmo tempo em que buscam mútua proteção, mútua assistência e mútua santificação através do trabalho e do estudo, empregado e empregador buscam servir ao Cristo necessitado na forma dos consumidores, a ponto de fazer a empresa crescer e servir a cada vez mais Cristos necessitados em terras cada vez mais distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

3.1) O cabeça desse Estado corporativo é o capitão-mor. Ele defende a terra que é tomada como um lar em Cristo de seus inimigos internos e externos. E o ataque pode vir por terra, por mar, pelo ar ou mesmo pelo ciberespaço, já que estamos vivendo em tempos de guerra cibernética, de guerra híbrida.

3.2) O capitão-mor é auxiliado por um provedor-mor e por um ouvidor-mor. O trabalho dos assistentes deve ser coordenado, uma vez que a economia e a justiça estão sempre ligados aos ditames da Criação, já que a verdade é o fundamento da liberdade, a ponto de o desenvolvimento econômico ser a expressão dessa verdade nos méritos de Cristo.  

3.3.1) Não se tratam de compartimentos estanques, como querem os liberais. O capitão-mor, por ser autoridade, deve aperfeiçoar a liberdade de muitos. E para isso ele deve se revestir de Cristo e possuir virtudes heróicas, coisas que podem ser aprendidas no Exército, nas Forças Armadas em geral.

3.3.2) Se ele for um excelente capitão-mor, ele move o espírito de corpo da pátria inteira de tal maneira a fazer cumprir o que foi estabelecido em Ourique: servir a Cristo em terras distantes. E a nação se move numa forma de messianismo que vai restaurando e renovando o senso de conformidade com o Todo que vem de Deus em tempos de crise, a ponto de reunir o que já estava disperso pelo mundo afora, o que traz novas experiências para a pátria, para a economia da salvação nos méritos de Cristo, o que renova todo o processo. salvífico.

3.3.3) O erro do Chile foi ter posto a fé católica de lado em tempos de abundância. O liberalismo é a porta de entrada para mais comunismo. Agora que eles têm Boric no poder, haverá choro e ranger de dentes por lá, pois Deus foi posto de lado. Que o Brasil nunca cometa esse erro do Chile!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de junho de 2022 (data da postagem original).

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