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domingo, 26 de junho de 2022

Notas sobre a natureza corruptora dos presentes - sobre o perigo para a alma ter um sugardaddy ou uma sugarmammy na vida

1) Outro dia no Twoo, eu tentei conversar com uma jovem - ela era oriental e pela minha experiência com esta plataforma, que vai sair de circulação daqui a alguns dias, as minhas melhores conversas foram com moças orientais. Além de serem muito inteligentes, muitas delas me pareceram pessoas muito doces. 

2.1) O grande trade-off de uma relação com uma moça chinesa, pela minha experiência, é o fato de não serem cristãs - muitas se autodeclaram atéias ou agnósticas. 

2.2.1) No caso desta conversa em particular, ela foi, digamos, muito "pé na porta" - não da minha parte, mas da parte dela. Sem que eu pedisse, ela já foi me dando seu contato no Whatsapp e me pediu para eu adicioná-la.

2.2.2) No maior estilo de uma ex-namorada que tive entre 2018 e 2019, que me prometeu mundos e fundos, ela disse que poderia me dar presentes, se eu quisesse. Ela me perguntou o que eu precisava que ela me daria. Como já levei cano nesse tipo de experiência antes, eu simplesmente bloqueei a criatura, pois a abordagem dela me pareceu direta e agressiva demais - senti que estava sendo tratado como se fosse um objeto e eu não quero ser tratado desse forma. 

3.1) O presente, se não for fundado nos méritos do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, é uma ferramenta de corrupção. E pessoas mimadas são pessoas corrompidas por natureza, pois são cheias no amor de si até o desprezo de Deus. Por isso que não quero ser sugardaddy de ninguém, nem quero isso para mim.

3.2) Se essa chinesa quisesse me conhecer de verdade, ela não poderia adotar esta estratégia de pôr o pé na porta e passar dos limites logo no começo: ela deveria conversar comigo, ganhar minha confiança e só então me dar seu telefone. Esta é abordagem que sempre adotei na rede social, sobretudo no facebook - o que me levou a escrever artigos fundados na arte de conhecer alguém. Afinal, eu não sou um pedaço de carne - eu fui criado em valores cristãos. 

3.3.1) Se ela fosse sensata e tivesse boa formação católica, ela se lembraria desta lição de Santo Agostinho: ela deveria olhar para o que eu mais amo, nos méritos de Cristo - e meu perfil naquela plataforma dá uma boa pista do que eu sou, embora esteja escrito em língua portuguesa. Bastava só usar o google para traduzir, já que o Google está traduzindo muito bem.

3.3.2) Se ela visse meu perfil de Facebook, ela encontraria muitas boas dicas sobre quem eu sou nesta plataforma que tanto uso, pois eu sou muito do que escrevo nos meus artigos. 

3.3.3) Se ela percebesse que eu amo a atividade intelectual e que esta é a minha vocação, ela não precisaria me perguntar do que preciso, pois esta pergunta é desnecessária - ela saberia que precisaria ver bons livros de História do Brasil e de Portugal, de modo a que eu melhor sirva aos meus leitores, que são os meus cristos necessitados de conhecimento. Tudo o que precisaria fazer seria ver quais livros que ela me compraria, mais ou menos como um certo relacionamento que eu tive fez acertadamente, há muito tempo atrás. 

3.3.4) Com relação a este presente que ganhei há muitos anos atrás, eu só não levei porque descobri antes que a ofertante era protestante e, até onde sei, eu não posso me relacionar com pessoas não-católicas, conforme orientação da Igreja - o que fez com que eu terminasse com a conversa mais cedo do que o esperado, já que ela não queria ser católica. E isso foi um grande azar para ela, pois ela lidou com um católico bem formado, que soube resistir aos seus avanços - e uma grande sorte para mim nos méritos de Cristo, pois evitei ser corrompido. Foi aí que eu percebi a intenção corruptora do presente, a razão de toda essa reflexão que faço.

4.1) Se essa chinesa agisse com essa postura e fosse católica, ela já teria conquistado os meus favores, visto que não é muito comum as pessoas no Brasil agirem desse modo, pois as pessoas - mesmo quando me são muito amigas - nunca agiram comigo desse modo desde que me entendo por gente - até porque elas não sabem lidar com alguém como eu, vocacionado à vida intelectual. Elas não estão acostumadas a estudar as pessoas, mas a medi-las pelo tamanho de sua estupidez ou daquilo que conservam de conveniente e dissociado da verdade.

4.2) Posso contar nos dedos as vezes em fui agraciado com presentes sinceros que não eram oriundos de minha própria família. Foram muito poucas vezes em que isso aconteceu, ao longo dos meus 41 anos de existência, pois a bondade humana no Brasil é um bem escasso e raro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de junho de 2022 (data da postagem original). 

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