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quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Da caridade para com a verdade - da importância de compilar as melhores postagens de seus pares de modo a formar um livro

1) Faz uns dias que não escrevo nada novo, mas em compensação estou coletando as postagens mais importantes do Marcelo Dantas, do Haroldo Monteiro, do Loryel Rocha, do Roberto Santos e de outros contatos importantes e jogando para o meu blog, visto que recuperar informação no facebook anda complicado.

2.1) Essas reflexões não só enriquecem o que escrevi em meu blog como também ajudam a dar mais clareza ao trabalho que faço, criando uma espécie de diálogo.

2.2) Enfim o que eles produzem tinha que virar livro, mais ou menos nos moldes que o Felipe Moura Brasil fez com as postagens do Olavo para o livro O mínimo que você precisa saber para não ser um idiota.

3) Que privilégio estar em tão boa companhia!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 2017.

terça-feira, 14 de novembro de 2017

Como a democracia partidária faz o país ser tomado como se fosse religião?

As democracias de partido são uma "beleza", uma verdadeira "conquista" da humanidade.

"(...) o partido único é o 'aboutissement' natural do regime de partidos, segundo o percebeu com muita agudeza Simone Weil. Com efeito, cada partido se considera senhor da verdade política, vendo no seu programa a salvação social. As tintas ideológicas de tais programas acentuam uma coloração messiânica nos mesmos, especialmente quando se trata de ideologias radicais. Nestes casos os antagonismos partidários representam a oposição amigo-inimigo -- critério fundamental de Carl Schmitt para caracterização do 'político' -- não apenas por ver-se no adversário um inimigo do próprio partido, mas porque se passa a considerá-lo um inimigo da comunidade nacional, que deve ser proscrito para que seja assegurado o destino histórico da comunidade. O partido tende a ser intolerante, e nas democracias de partido há como que uma institucionalização da guerra civil. Isto para não se falar dos partidos quando são meros ajuntamentos de interesses pessoais dos políticos, na luta pela conquista do poder."

José Pedro Galvão de Sousa, Da Representação Política

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214217317010308)

Facebook, 24 de agosto de 2017.

Notas sobre algumas lições contidas na obra Robinson Crusoé

1) Quando Robinson Crusoé resolve partir da Inglaterra para fazer fortuna no mundo, seu pai, muito prudentemente, lhe diz que seria totalmente desnecessária tal aventura,  uma vez que ele - sendo filho de um homem de classe média alta - poderia viver tranquilo para o resto de sua vida, sem as mazelas de um pobre, nem as preocupações de um nobre. Em outras palavras, seu pai lhe faz uma apologia da vida burguesa. Robinson Crusoé, contudo, não quer saber de conselhos, e parte para a sua aventura rumo à conquista da sonhada nobreza e de uma imensa riqueza.

2) "Deus não vai te abençoar nesse teu empreendimento", disse-lhe o pai. De fato, Deus não abençoa os seus planos e, ao jogá-lo numa ilha deserta, faz com que ele passe a considerar a Sua existência, coisa na qual ele nunca pensara antes, mas também ensina-lhe duas coisas muito importantes: 

A) que a sua verdadeira vocação é a do produtor 

2) que a vida daqueles que trabalham para um Landlord, no qual ele queria se tornar, é muito dura e difícil. pois ali, ele era ao mesmo tempo um landlord e um vassalo de si mesmo.

3.1) Daniel Defoe conseguiu criar um personagem que, ao contrário do que dizia Adam Smith dos landlords, não fazia o seu sustento 'in their sleeps'. 

3.2) Ele era, tal como os landlords, dono de todas as terras sobre as quais pisava, mas, ao contrário destes, tinha que labutar para conseguir o seu sustento.

3.3.1) Robinson Crusoé é uma apologia ao mercado produtivo,e uma crítica feroz ao mercado financeiro e especulativo que surgia em sua época no meio da nobreza. 

3.3.2) Ao contrário do que pensam os libertários-conservantistas de hoje - principalmente os Brasil, que são um verdadeiro lixo tóxico, intelectualmente falando -, Adam Smith, ao falar de livre mercado, estava se referindo à liberdade em relação ao monopólio das terras ou recursos naturais que estavam nas mãos dos landlords, e não do Estado. 

3.3.3) O Estado, segundo ele, devia taxar os nobres, que eram uma raça de parasitas, e livrar os produtores e os consumidores de tais impostos para que a indústria pudesse crescer. Enfim, Adam Smith defendia o livre 'MERCADO", não a livre 'ESPECULAÇÃO'.

4) Robinson Crusoé consegue sobreviver, mas consegue fazer isso porque aprende essa lição.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214864808277185)

Facebook, 8 de novembro de 2017.

Como a salvação pela riqueza fez com que o mecanismo de perdão das dívidas fosse esquecido?

1) Como já disse em outro post, o mecanismo de perdão da dívida foi criado para estabilizar a economia produtiva e fortalecer o vínculo do povo com o novo rei.

2) À medida que esse mecanismo governamental e financeiro vai sendo esquecido, nem por isso ele deixa de estar na memória coletiva - e é por essa razão que o establishment vai mudando o polo de atenção, em que trocamos os aspecto financeiro da dívida pelo aspecto moral.

3.1) É por isso que o establishment hoje aparece como um suposto "libertador" moral - aquele que luta contra as dívidas que contraímos por séculos com os malditos conservadores. É isso que se grupo alega

3.2) E, quanto mais o conservador for intransigente na sua defesa dos valores tradicionais, mais a atenção dele se voltará para o aspecto puramente moral da coisa, camuflando - para si e para o revolucionário - o problema essencial que das finanças, por meio das quais os globalistas dominam a tudo e a todos. 

3.3) Libertar as pessoas da dívida moral de gratidão contraída com os que conservam a dor de Cristo torna todos escravos da elite globalista. E ao enganar a todos, a elite globalista foi transformada num "deus", uma vez que a riqueza passa a ser vista como um sinal de salvação. E todos se tornam livres para o nada - só para se tornarem escravos das dívidas contraídas com essa corja parasitária.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214908654933324)

Facebook, 13 de novembro de 2017 (data da postagem original).

Quem será o Moisés de nossos tempos?

Trabalhar para o mercado financeiro é imoral?

1) Depende. A maioria fará lobby para eles depois que vir a grana grossa e imerecida entrando no bolso; a minoria - ou ninguém mesmo - fará como Moisés ao sair do Egito: roubar o mercado financeiro para com o dinheiro ganho fomentar uma poderosa indústria cultural contra o próprio mercado financeiro.

2) Quem será santo o bastante para fazer isso em nossos dias? Quem fizer isso será o Moisés de nossa era.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214909140065452)

Facebook, 13 de novembro de 2017.

Notas sobre o establishment globalista

1) O establishment globalista é uma espécie de Cristo ao contrário, ou anticristo. 

2) Cristo veio para morrer e pagar as nossas dívidas, que se tornaram impossíveis de serem pagas. 

3.1) O Establishment aparece ao povo como um ser poderoso que se arrependeu dos séculos de opressão moral e que agora se imola para liberar geral. 

3.2) Só que morre aos olhos do povo aparentemente, tal como num gesto de prestidigitação - ao contrário de Cristo, não só não perdoa a sua dívida como o afunda na maior onda de endividamente jamais vista na história. Detalhe: dívida moral e financeira.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214909951965749)

Facebook, 13 de novembro de 2017.

A esquerda está ligada ao establishment globalista

1.1) Por que a esquerda é pró-establishment?

1.2) Porque ele a financia.

2.1) Quem é o establishment?

2.2) É o FIRE (Financial, insurance and Real State) de que falavam os economistas clássicos. Ele não tem nada a ver com a classe industrial e comercial. Esta paga àquele e é por ele explorada, o que faz a economia ir para os quiabos.

3.1) Por que o establishment financia políticas identitárias e pró-lumpemproletariado? O que eles ganham com isso?

3.2) Diretamente nada. Mas indiretamente ele sabe que os conservadores prestarão mais atenção à desordem moral que essas políticas geram do que a financeira, fazendo com que eles se esqueçam de lutar contra eles no ponto essencial, e botem toda a sua atenção em questões morais, às vezes até se tornando francamente seus defensores.

Isso é tudo.

Roberto Santos (https://www.facebook.com/roberto.santos.3114/posts/10214890731605252)

Facebook, 11 de novembro de 2017 (data da postagem original).